
Balanço e Fúria (Rodrigo Corrêa)
Explore every episode of Balanço e Fúria
Pub. Date | Title | Duration | |
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25 Sep 2020 | Música Jamaicana contra o império com Jurássico (Y&M on a Jamboree) | 01:23:07 | |
Das montanhas ocupadas pelos rastafaris aos showmícios em defesa da candidatura de Michael Manley. A música jamaicana já disse: a babilônia cairá. | |||
13 Mar 2021 | A pedagogia do cartaz - entre o papel, a forma e a palavra com Camila Rosa | 01:21:46 | |
O cartaz é parte essencial das produções oriundas da contracultura. É o espaço em que a arte e a mensagem se realizam, em que há a possibilidade do experimento e de tradução de recortes complexos da história com texto e imagem, ou menos que isso. Camila Rosa é ilustradora e nessa conversa atravessamos um caminho que visita brevemente suas referências e sua trajetória, dos flyers de shows punks que denunciavam o movimento do mundo às ilustrações de Emory Douglas nas ações dos Panteras Negras. Escutem! | |||
07 Mar 2021 | Como um sintoma do mundo – a comunidade hardcore/punk nos anos 90 sob a chegada do novo milênio com Frederico Freitas | 01:19:54 | |
Se nos anos 80 o punk europeu evidenciava a derrocada do liberalismo, que deixava toda uma juventude sob a condição do desemprego, do tédio, da falta de perspectiva e o punk brasileiro evidenciava o resultado de 21 anos de ditadura militar e vivia uma recessão econômica, a miséria e a violência, nos anos 90, outro horizonte se abre para jovens que descobriam o hardcore/punk como uma plataforma para acessar e difundir algumas pautas que até então eram pouco elaboradas pela geração punk anterior, como os direitos dos animais, direitos humanos, reforma agrária, globalização, a oposição ao projeto neoliberal e outras formas de se pensar a prática política à esquerda, através dos coletivos, da Ação Global dos Povos, Comitê Pró-Zapatista, do Centro de Mídia Independente, dentre outras várias questões que permearam o imaginário de uma geração que atravessa os anos 90 até meados da primeira década dos anos 2000. | |||
12 Dec 2020 | Queercore – a esquina onde a comunidade LGBT e o punk se encontram com Cauê Xopô e Bruna Provazi | 01:04:48 | |
Stonewall Inn, repressão policial, Marsha P. Johnson, Sylvia Rivera, solidariedade da comunidade LGBT com os movimentos de libertação nacional, oposição à guerra no Vietnã, Homocore, J.D's, Bruce LaBruce, MDC, Big Boys, Team Dresch, Outpunk, jornal O Lampião, os anarcopunks e a contribuição para a primeira Parada Gay de São Paulo, Espaço Impróprio, LadyFest... Cauê Xopô e Bruna Provazi nos apresentam alguns elementos ajudam a vislumbrar a historia do queerpunk. | |||
28 Feb 2021 | We've got the jazz – o hip hop e a assimilação do jazz como forma e conteúdo com Tiago Frúgoli | 01:19:26 | |
Uma conversa que visita o Harlem dos anos 20 e vê as poesias de rua sendo elaboradas a partir da estrutura do jazz, passa pelas aproximações da linguagem musical de Miles Davis e Herbie Hancock de algo que se volta aquilo que poderíamos chamar de rap, se afunda nas produções dos anos 90 onde esse casamento é celebrado com nomes como A Tribe Called Quest, Digable Planets, The Roots, J Dilla, Guru, Pete Rock... chegando até os anos 2000, em que os músicos de jazz tem em seu repertório uma história marcada pela audição de rap. | |||
12 Sep 2021 | Do atlântico ao spiritual jazz – corpo, barulho e espiritualidade com Nathália Grilo | 01:12:12 | |
Ao cruzar o atlântico rumo às Américas, a diáspora africana levou consigo tantas coisas quanto deixou. A espiritualidade, as formas de sociabilidade e a linguagem desaguavam em suas expressões sagradas e musicais. Do blues ao free jazz, de Amiri Baraka à Kamasi Washington, da relação de John Coltrane com o islã à formação musical dentro da igreja católica de Billie Holiday, a espiritualidade rebelde estava lá. | |||
12 Aug 2021 | Keep the faith – o northern soul e o swing das margens com Lovesteady | 00:58:55 | |
Depois de uma semana inteira trancafiados por quase 10 horas diárias em uma fábrica qualquer de alguma cidade ao norte da Inglaterra, jovens entediados ansiavam pelos finais de semana e pelo encontro nos clubes que celebravam os singles mais raros de soul estadunidense dos anos 60. A camisa de botão mais bem passada, o sapato mais bem lustrado, anfetamina no bolso e acrobacias na pista de dança. Os clássicos da Motown e da Stax não eram o suficiente para eles.
KEEP THE FAITH
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30 May 2021 | Autodidatismo e as artes plásticas – a música, a imagem e a experimentação material com Alexandre Cruz Sesper | 01:33:09 | |
Das capas dos discos do Subhumans e Black Flag as semelhanças com o trabalho de Laurie Rosemberg, do encontro com o Discharge ao encontro com John Heartfield, dos flyers de shows a exposições em galerias, de trabalhos na sala de amigos ao acervo da MAC-USP... | |||
25 Nov 2021 | Dos Racionais MC's aos Paiter Suruí – canções e lutas por terra e liberdade com Txai Suruí | 00:42:04 | |
No começo desse mês de novembro, em Glasgow, na Escócia, aconteceu a COP 26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, e a representante do Brasil nessa conferência foi a ativista indígena Txai Suruí, que além apresentar as demandas de seu povo, denunciar as iniciativas de um governo devastador e alertar o mundo sobre o massacre de indígenas que acontece em solo brasileiro, trouxe em seu discurso referências que iam dos zapatistas aos Racionais MC's. Uma conversa sobre luta, terra, território e também sobre rap. | |||
16 Nov 2020 | Escrita à flor da pele – quando o punk encontra o anarquismo e o feminismo com Elaine Campos | 01:17:01 | |
Qual a relevância do movimento das ex-presas políticas da ditadura militar no Brasil para a formação do primeiro coletivo das feministas anarcopunks em São Paulo? Qual o intercâmbio estabelecido com o movimento Hip-Hop? Como a produção de fanzines e a criação de espaços para formação intelectual permitiu a produção de uma literatura que documentasse a própria história? | |||
20 Feb 2021 | A China, o punk e o declínio da civilização ocidental com Alê Amazonia | 01:16:17 | |
Alê Amazonia viveu na China por 8 anos e no processo de se estabilizar no país, se desloca de sua zona de conforto relativamente ocidentalizada em Shangai e parte para a periferia, submergindo em uma realidade chinesa muito diferente da que era vivenciada nos centros econômicos e pólos de trabalho repletos de estrangeiros. Esse movimento para o interior da cultura e das relações chinesa o coloca em contato com a cena punk local, montando sua banda e participando de movimentações onde muitas vezes se vê como o único estrangeiro. Contradições, tensões, prisões, o milenar e o moderno cruzam nossa conversa. | |||
06 May 2022 | Black dada nihilismus – a imaginação radical de Amiri Baraka com Nathália Grilo | 01:25:35 | |
Amiri Baraka enquanto vivo buscou ser livre até que finalmente fosse. Caminhou junto de Allen Ginsberg, Jack Kerouac e Ted Joans nos inferninhos de Greenwich Village, em Nova York. Conheceu a Cuba em seu processo inicial pós-revolução e volta para casa transformado. Radicaliza sua forma política e estética a partir do nacionalismo negro durante mobilizações pelos direitos civis nos anos 60. Assume o marxismo-leninismo sob o contexto dos movimentos de libertação do terceiro mundo nos anos 70. Fundou editoras, construiu periódicos, lançou discos e levou um tapa na cara do Charles Mingus que não gostou de algum escrito seu sobre Jazz de vanguarda. | |||
19 Apr 2021 | Por entre os rasgos da modernidade – da collage surrealista à colagem punk com Fabiana Gibim e Mário de Alencar | 01:47:06 | |
Por entre os rasgos da modernidade revelam-se expressões que no juntar dos cacos do mundo mostram sua potência. O ato de colar papel sobre uma superfície vem desde a antiguidade e atravessa o mundo em desencanto, a realidade da guerra e a crise da vida no capitalismo. Uma técnica apropriada por artistas de vanguarda, de não-vanguarda, pela contracultura, pelos intelectuais, pelo punk e por quem quis. Uma conversa sobre pappier colé, assemblagem, collage, colagem com Fabiana Gibim e Mário de Alencar. | |||
24 Oct 2023 | O jazz afropindorâmico do Maranhão com Tonny Araújo Jr. e Isaías Alves | 01:59:29 | |
Mais do que a capital do reggae no Brasil, a história do Maranhão é marcada também pela produção jazzística que desde os anos 1920 não só se demonstra a partir da aparição de exímios músicos, como também é instrumento para leitura das contradições e lutas presentes entre as classes subalternizadas no Brasil de ontem e hoje. De Adhemar Corrêa à Tânia Maria, de New Orleans a São Luís, nessa conversa tratamos da potência que transcende e combate qualquer noção de regionalismo, tendo todo sotaque da produção legitimamente maranhense. Acompanhe Tonny Araújo Jr. (@tonnyaraujojr) e Isaías Alves (@isaiasalvesmusic): Os negros na história do jazz do Maranhão: https://agenciatambor.net.br/opiniao/os-negros-na-historia-do-jazz-do-maranhao/ Cultura, música, literatura e jazz no Maranhão: https://www.youtube.com/live/zKfGRYBwNdA?si=1642xMXvYEJFpP3u De St. Louis a São Luís: os primeiros vestígios do jazz no Maranhão: https://www.sobreotatame.com/de-saint-louis-a-sao-luis-os-primeiros-vestigios-do-jazz-no-maranhao/ Escute Isaías Alves: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/1KqNJYcYfLtszc3g1aoCVN | |||
11 Oct 2021 | Do cinza ao sol – o desembarque do grime londrino em solo brasileiro com Antconstantino | 01:00:25 | |
O cruzamento do dancehall, drum & bass, jungle, ragga e rap nas ruas de Londres no começo dos anos 2000 fez com que uma nova expressão musical à margem, impulsionada pelas rádios piratas e sound systems, se desenvolvesse. O Grime é a síntese dessa mistura no som e da crueza da vida vivida na lírica. Este episódio com Antconstantino percorre o caminho que rememora a trajetória do gênero em seu início até respingar no Drill quando inspira os estadunidenses e no funk, quando chega ao Brasil. | |||
13 Sep 2024 | Pega fogo cabaré – o agronegócio e o sertanejo como trilha sonora de um mundo em chamas com Douglas Rodrigues Barros | 01:15:42 | |
Quando a nossa noção de uma elite capitalista brasileira, antes industrial e urbana, se desloca para a ideia de uma elite do interior do país dada a produção de commodities, a difusão ainda mais marcante do sertanejo (ou "agronejo") opera como expressão que corrobora com o desejo de representação dessa elite no imaginário cultural. Agora, o sujeito que trabalha com a terra é representado como proprietário, que ocupa lugar de poder e é politicamente articulado. Essa conversa surge a partir do texto "O agro realmente é pop: sobre a hegemonia do sertanejo na era da pós-música", de Douglas Rodrigues Barros, publicado em 2023 na Revista Rosa. Hoje, novas camadas podem ser acrescentadas sobre a reflexão do monopólio que tornou o sertanejo uma expressão inescapável nos últimos 15 anos, e cada vez mais aliada das representações neoliberais, reacionárias e conservadoras. Para ler o texto mencionado, acesse https://revistarosa.com/7/agro-realmente-pop | |||
06 Sep 2021 | Hip Hop Rio – as características do desenvolvimento do rap carioca com Marcelo D2 | 01:22:45 | |
A singularidade do rap carioca sempre foi notável, da lírica às batidas, das influências à personalidade daqueles que o fizeram, são muitos os elementos que marcaram a forma de se fazer rap no Rio de Janeiro nos anos 90 e 2000. Uma conversa com Marcelo D2 que atravessa os bailes funk dos anos 80, a influência do skate e do punk para o rap e um caminho único que consegue cruzar Sonic Youth e Public Enemy e The Cure e Jovelina Pérola Negra numa mesma ideia de composição. | |||
08 Jan 2023 | Desafiar a tristeza/reativar o desejo – música e potencial político no Brasil pós-Bolsonaro com Rodrigo Lima | 01:24:14 | |
Se a virada do milênio prometia a possibilidade de outro mundo à uma juventude que, para além da prática política, experimentava outras formas que questionavam a estrutura do poder, da cultura e da comunicação tendo a música como vetor, nos anos 2010 esse horizonte começa a nublar e as mobilizações políticas e estéticas à esquerda sofrem um revés que culmina na ascensão da extrema-direita no Brasil. Nessa conversa com Rodrigo Lima visitamos algumas obras de sua banda, o Dead Fish, e como os atravessamentos políticos refletiram na sua escrita e na organização das cenas, coletivos, selos, artistas e da indústria fonográfica. Arte de Flávio Grão | |||
16 Feb 2023 | A palavra como jogo – entre a crônica, o pixo e o rap com Rodrigo Ogi | 00:52:06 | |
A palavra é trânsito, e nessa conversa com Rodrigo Ogi somos apresentados ao percurso que compõe sua expressão como alguém da escrita em constante interlocução com a rua. | |||
15 Jun 2022 | Remetente/destinatário – discos, zines e amizades nas correspondências dos anos 90 com Douglas Utescher (Ugra Press) | 01:04:30 | |
As correspondências via carta nos anos 80 e 90 foram talvez a única forma dessa geração se corresponder, a mais barata e acessível, mas ao mesmo tempo, foi a principal plataforma para o exercício da escrita e da leitura, do esforço de entender e se fazer entendido, de responder a uma outra temporalidade que está longe de pertencer a lógica do imediato e do simultâneo. | |||
21 Nov 2020 | The Five Percenters – Islamismo e hip hop nos EUA dos anos 90 com Marcola | 01:25:41 | |
Como o islamismo se estabelece em território norte-americano como religião e se desenvolve para uma expressão que carrega consigo valores que dialogam com a necessidade de sobrevivência no gueto? quais interlocuções essas práticas estabelecem com política, auto-defesa e o hip hop? Como praticamente todos os maiores nomes do rap dos anos 90, de Wu Tang-Clan a Erykah Badu, foram atravessados por essa influência?
Marco Aurélio, a.k.a. Marcola nos fala sobre importância desses cruzamentos para a formação da maior manifestação cultural de nosso tempo.
KEEP IT REAL, Y'ALL!
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26 Oct 2021 | 1 por amor, 2 por dinheiro – pelo direito de viver do que se faz com Sistah Chilli | 01:07:52 | |
Formação de comunidade, redes de compartilhamento e meios de distribuição alternativos, microfone aberto e shows gratuitos, apoio mútuo e solidariedade, essas são algumas das maneiras possíveis para se acessar e criar música sem dinheiro, mas longe de romantizar qualquer modo de existência próximo da precariedade, é necessário reconhecer o direito de artistas que estão longe do centro econômico de viverem daquilo que fazem.
1 por amor, 2 por dinheiro é sobre descobrir, pesquisar e fazer som com e sem grana.
Uma conversa com Sistah Chilli.
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27 Jun 2023 | Antes que junho acabe – as reverberações político-estéticas das revoltas de 2013 com Mayara Vivian e Ordinária Hit | 01:29:11 | |
Em junho de 2023, as revoltas de junho de 2013 completam 10 anos, e se debruçar sobre este momento sem considerar pelo menos 10 anos antes e as composições artísticas e contraculturais que se somaram aos movimentos sociais e autônomos em diversas lutas anticapitalistas, que iam de manifestações contra o G8 até mobilizações pela tarifa zero, é um erro. Nessa conversa não relembramos apenas dos grupos, coletivos, bandas, festivais e canções que se associaram no começo dessas lutas e da formação do Movimento Passe Livre, mas também especulamos sobre os desdobramentos dessas lutas protagonizadas pela juventude que tinha no exercício das novas linguagens, da música, da tecnologia e da prática autônoma, formas de se fazer política e de se infiltrar nas brechas do poder. | |||
01 Oct 2020 | As veias abertas da América do Sul com Daniel Villaverde (Sonidos Latinos) | 01:20:58 | |
O episódio da música argentina, chilena, uruguaia, peruana e colombiana. Uma passagem pela Nueva Canción Chilena, Nuevo Cancioneiro, Cumbia, rock sessentista, proto-punk e causos diversos sobre o engajamento e as roubadas dos artistas habitantes dessa terra chagada que é a América do sul. Escute Sonidos Latinos: https://mixlr.com/viruscomun/showreel/sonidos-latinos-venezuela-70 | |||
28 Jan 2025 | Contrapolíticas da noite – entre a festa, a crítica e a produção de memória com Laboratório Noturno | 01:20:07 | |
A noite nessa conversa não é só uma metáfora. Falamos, sim, de uma política rastejante, que se dá nas sombras, no descuido dos que descansam, capaz de revelar uma outra cidade sobre a cidade, mas que, no seu sentido literal, não tem como momento de reverberação a luz do dia. O Laboratório Noturno é um coletivo/grupo/laboratório que reúne pessoas que fazem, vivem e pensam a noite em espaços para articulações multidisciplinares que usam da crítica, da performance, da arquitetura e das artes visuais para amplificar a potência e preservar a memória dessas produções. Saiba mais sobre o Laboratório Noturno: instagram.com/labnoturno | |||
11 Jan 2021 | Ruptura da fórmula – experimentos da música de improviso brasileira com Maurício Takara e Rodrigo Brandão | 01:14:55 | |
O que a música de improviso diz sobre o mundo? Para onde o experimentalismo aponta?
Sobre as tensões dos limites propostos pelas fórmulas musicais pré-estabelecidas e sobre o regimento da indústria fonográfica, Mauricio Takara e Rodrigo Brandão resgatam as memórias de Pedro Santos, Naná Vasconcelos, Airto Moreira, Hermeto Pascoal, Uakti, Dom Salvador, Jocy de Oliveira... para apontar as direções percorridas por esses músicos no Brasil de horizonte nublado, entre os anos 50 e 80.
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31 Aug 2023 | Jazz is dead – o encontro entre a música brasileira e a estadunidense [DISCOTECAGEM COMENTADA] | 01:56:02 | |
Enquanto o Balanço e Fúria segue matutando formas de existir para além do podcast e novos episódios não surgem, trazemos aqui um material precioso.
No dia 5 de abril, na @intercommunalmusic, a Discotecagem Comentada teve o músico e produtor Adrian Younge (EUA) como convidado, em uma celebração mediada por @marialuizabr que atravessou sua formação enquanto pesquisador musical e suas produções, de Ghostface Killah à Marcos Valle.
Adrian é um dos fundadores da gravadora Jazz Is Dead, na qual, junto com Ali Shaheed Muhammad (A Tribe Called Quest), produz álbuns com músicos consagrados do jazz. Entre nomes como Roy Ayers, Lonnie Liston Smith, Jean Carne, Doug Carn, Gary Bartz, os brasileiros Marcos Valle e a banda Azymuth estão no catálogo.
Em breve o @jazzisdead chegará ao Brasil com um evento histórico, reunindo alguns dos principais nomes de nossa música em uma experiência de festa e formação.
Fiquem atentos!
Sigam @jazzisdead/@adrianyounge, acompanhem as pesquisas de @marialuizabr e visite a @intercommunalmusic, responsável pelas pontes e abrigando essas atividades valiosas.
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06 Nov 2024 | EXTRA! – Punk reggae party, Restos de nada, Sistah Chilli e Cisma com Felix Barreira e Ariel Invasor | 00:41:55 | |
Um episódio – ou uma convocação – para a próxima @punkreggaeparty, que acontece domingo, 10 de novembro, de graça! Em conversa com @felixbarreira e @arielinvasor, comentamos a edição da festa que terá a reunião da primeira banda punk do Brasil, Restos de Nada, lançamento do novo álbum em vinil da @sistahchilli e o segundo show do @cismacisma_. Na discotecagem em vinil, a seleção conhecida do residente @felixbarreira , acompanhado de @thiagor.osa na frente reggae e @ja1.jao & @allangcieri na frente punk. Basta retirar o ingresso e colar: https://www.sympla.com.br/evento/punk-reggae-party-com-restos-de-nada-sistah-chilli-cisma-na-tarantino-cervejaria/2682596 Nos vemos lá! | |||
14 Apr 2021 | Nazi hippies fuck off – da contracultura à direita alternativa com Amauri Gonzo | 02:06:01 | |
Quando foi que a direita passou a evocar pautas historicamente defendidas pela esquerda ou oriundas de meios contraculturais? Como se dá esse movimento que esvazia termos e conceitos, subvertendo o sentido para benefício próprio? Seria capaz a direita prosperar produzindo cultura da pior qualidade, como vem fazendo? Haverá futuro? Haverá futuro? | |||
28 Apr 2022 | Interiorano e ambicioso – entre a vontade de dominar o mundo e a vida sem herança com Diego Max | 00:58:32 | |
Diego Max é produtor musical e artista gráfico de Assis, velho oeste paulistano, e desde o começo dos anos 2000 orienta seus afetos criativos a partir da necessidade da descoberta das brechas para se criar um lugar, seja em um apartamento apertado no centro de São Paulo ou na COHAB em sua cidade natal. Um episódio dedicado aos interioranos e ambiciosos, sem herança, muitas vezes precarizados e cansados por esse mundo que ainda não nos venceu. | |||
09 Jul 2021 | A arte de não vender – entre a música experimental e a política radical com J.P. Caron e Bruno Trochmann | 01:42:49 | |
Um episódio sobre os artistas do fracasso e a constituição de comunidades no subsolo da indústria cultural. Fugazi, Henry Flynt, John Cage, Ben Davis, Adorno, Marx, a cena japonesa e a realização política a partir da organização coletiva se misturam nessa conversa sobre música experimental, noise, free-jazz, punk, arte conceitual e derivados. Link do texto que baseia o episódio: https://lavrapalavra.com/2020/06/04/gato-tosco-contra-tigres-de-papel/ | |||
04 Mar 2024 | Stranger fruit – a imaginação das mulheres negras no jazz com Nathalia Grilo | 01:04:33 | |
Essa conversa que retoma à contrapelo a história do jazz, se desenvolve não só na intenção de demonstrar a presença das mulheres na construção do som e do pensamento, mas também no exercício de trazer à vista o que há de belo e estranho nessas elaborações sonoras e intelectuais, combatendo a ideia de "diva" e "musa" e celebrando o potencial no que há de experimental, no controle das formas de produção, na genialidade e na maneira diversa que essas mulheres criaram sobre o jazz. Do continente Africano às Américas. De Mary Lou Williams, de Atlanta à Tânia Maria, de São Luís do Maranhão. De Jeane Lee, de Nova York à Emahoy Tsegué-Maryam Guèbrou, de Adis Abeba. Elas estiveram lá e permanecem aqui. | |||
14 Jun 2021 | Música de assistir – celebrar documentários com In-Edit Brasil com Maurício Gaia e Andrea Pasquini | 01:00:46 | |
O In-Edit é um evento cinematográfico que tem como objetivo fomentar a produção e a difusão de filmes documentários que tenham a música como elemento integrador. Começou em 2002 em Barcelona e desde 2009 acontece no Brasil. Em 2021, a 13ª edição será realizada online, para todo o Brasil, entre os dias 16 e 27 de junho. | |||
02 Nov 2020 | Radicalizar a arte/cotidianizar a revolução: o situacionismo e o punk com Paulo Rocha | 01:21:09 | |
A ruptura da separação entre arte/revolução e vida cotidiana | |||
17 Dec 2020 | Guerrilha simbólica – o pixo e a disputa pela cidade com Djan Ivson (Cripta) | 01:16:36 | |
A potência do pixo é capaz de transformar a cidade-mercadoria em cidade-jogo, a arte segura e cômoda em arte de risco, de vida e morte. | |||
10 Aug 2022 | Clubber de quebrada – raça, classe e território na música eletrônica de São Paulo com Felinto e Mafalda | 01:35:18 | |
Depois de mais de um mês sem episódios, voltamos! | |||
06 Nov 2020 | Cidades invisíveis – os flanantes e a invenção e descoberta do meio urbano com Murilo Romão | 01:24:43 | |
Pode o skate tensionar os limites que existem entre o público e o privado, contribuir para uma outra definição de cidade, juntar Tony Alva, João do Rio e Foucault? Escutem! | |||
02 Jul 2024 | Abalar a cidade – música e capitalismo, espaço e tempo | 01:08:08 | |
Pode a música ser um elemento catalisador de mobilizações coletivas, ocupações, revoltas e criação de outras formas de vida?
Em "Abalar a cidade – música e capitalismo, espaço e tempo", livro lançado pela @sobinfluencia mês passado, Alexander Billet examina as interações entre música e movimentos de libertação, retomadas de espaços públicos e criação de coletividades que podem escapar aos monopólios da indústria cultural e das iniciativas políticas hegemônicas.
Esse episódio é uma conversa com Malu de Barros e Caio Silva, tradutores da obra, sobre os encontros e articulações possíveis entre "Abalar a cidade" e nossa realidade ao sul global.
Link na bio.
@marialuizabr
@_fantsmao
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20 Sep 2020 | Jazz e política? com Juninho Sangiorgio | 01:17:31 | |
Das worksongs cantadas nas plantações de algodão ao Guru Jazzmatazz. Uma conversa sobre cultura, arte, política e diversão. | |||
23 Sep 2024 | Radical Records – música independente e lutas por libertação com Marcelo Viegas e André Maleronka | 01:24:43 | |
A popularização do disco de vinil como forma dominante de distribuição musical em meados do século XX foi importante não apenas para que artistas conseguissem difundir sua música de forma independente, mas também para que movimentos de libertação, campanhas de solidariedade, organizações comunitárias e iniciativas de conscientização ampliasssem o alcance de suas mensagens. Radical Records – Uma enciclopédia da música independente e lutas por libertação, de Josh MacPhee, é um livro que reúne informações sobre música política e produção cultural radical. Ele articula selos que atuaram em conjunto nas lutas sociais, utilizando a cultura como uma plataforma ativa em processos revolucionários e experimentando na prática novas relações de trabalho, distribuição, linguagem e estética. Das lutas anticoloniais na África e Palestina, passando pelas campanhas de solidariedade com os países sob ditadura da América Latina, chegando aos selos de jazz, punk, cumbia, merengue, dub e seu compromisso com as lutas locais, essa conversa visita experiências pessoais e históricas que apresentam outras formas de se consumir, distribuir e fazer cultura e política. Radical Records está em uma campanha de financiamento coletivo e você pode contribuir com a publicação em: benfeitoria.com/radicalrecords | |||
17 Oct 2020 | Do Capão para o mundo: reconhecendo paralelos entre Cólera e Racionais com Arthur Dantas | 01:21:46 | |
Só quem é de lá sabe o que acontece. O que o Cólera e o Racionais Mc's nos falam sobre o Capão Redondo e o Brasil dos anos 80 e 90? Escutem! | |||
20 May 2021 | Haverá futuro? – como o punk e a ficção científica especulam o fim do mundo com Acácio Augusto e Wander Wilson | 01:22:31 | |
O Começo do Fim do Mundo, No Future, guerra fria, bomba nuclear, ascensão do neoliberalismo, desemprego, alta tecnologia e baixa qualidade de vida, William Burroughs, Blade Runner, anos 80... seriam os punks os maiores anunciadores do apocalipse ou do fim do futuro da segunda metade do séc. XX? | |||
04 Oct 2020 | Movimentos antiglobalização e o hardcore em São Paulo com Ruy F. e André Mesquita | 01:40:49 | |
Qual a relação entre a comunidade hardcore/punk e os comitês pró-ezln, manifestações contra a ALCA e o G-8, contra a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e a composição da "nova esquerda" no Brasil dos anos 2000? Escute o programa do Rua F. na viruscomun rádio comunitária aqui: https://mixlr.com/viruscomun/showreel/xruydox | |||
20 Jan 2023 | O caos como princípio – os cruzamentos entre a ética punk e a cosmovisão Baniwa com Denilson Baniwa | 00:59:55 | |
No fim dos anos 90, uma fita K7 com algumas músicas de bandas punks sem identificação chega às mãos de jovens do interior do Amazonas, mais especificamente no território do povo Baniwa. Denilson é um desses jovens arrebatado pelo conteúdo da fita que imediatamente criava uma identificação entre a visão de seu povo e a lírica apresentada por aquelas bandas. | |||
21 May 2024 | Hip-hop hackers - a internet e a estética do rap underground nos anos 2000 com De Leve | 01:04:57 | |
A popularização da internet no começo dos anos 2000 foi responsável não só por revolucionar a forma e a velocidade com que as pessoas se comunicavam e compartilhavam informação, como também influenciou linguagens, modos de produção e distribuição do que era produzido.
No Brasil, o coletivo de rap carioca Quinto Andar foi a representação máxima desse espírito do tempo, que refletia a ruptura estética com o que havia de estabelecido no rap nacional; que incorporava a internet como um elemento fundamental na sua forma de produzir e distribuir música e que era absolutamente associada às iniciativas que buscavam usar essa nova tecnologia contra os monopólios da indústria cultural e política.
Uma conversa que vai do mirC ao Napster, do hiphopunderground.com à lista de visitas do site do Quinto Andar, passando pelo Centro de Mídia Independente e pelo revés plataformizado a partir dos streamings.
@mcdeleve
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Em junho, De Leve se apresenta em São Paulo no @solysobrabar. Siga para saber mais informações.
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06 May 2021 | Ame o boxe, odeie o fascismo – centros autônomos e formação de comunidade através da luta com Breno Macedo e Raphael Piva | 01:16:37 | |
Existe um caminho que cruza o boxe com a tradição política socialista das ocupações italianas, com os interesses de Julio Cortázar, Miles Davis e Prince Buster, com a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, com a discussão do jovem anarquista inglês Albert Meltzer com a grande Emma Goldman, com a composição da Frente de Choque do Partido Comunista Brasileiro nos anos 30 contra os fascistas e algumas coisas mais. | |||
13 Dec 2022 | Vivos na cidade – o punk e as mobilizações pelo passe livre no começo dos anos 2000 com Rodrigo Lopes de Barros | 01:07:23 | |
Como aproximar o punk das mobilizações que historicamente lutaram e lutam pelo direito à cidade? Podemos especular a influência das produções dos anos 60 próximas aos situacionistas e a crítica ao urbanismo moderno, podemos especular a influência dos happenings do Provos, grupo holandês que tinha a cidade como palco para ações de desvio e ocupação tensionando a relação entre o público, o privado e as autoridades, e de forma mais crua, até pensar em como o ganguismo redesenhou a geografia da cidade partindo de uma outra configuração de fronteira. | |||
30 Mar 2021 | As skateparts e a formação musical – a trilha sonora em primeiro plano com Kamau | 01:23:31 | |
Muito antes dos algoritmos ditarem o que você deve ouvir primeiro, os vídeos de skate faziam o serviço de curadoria musical para composição de cada parte, fazendo com que em uma hora de vídeo você passasse por John Coltrane, King Diamond, Nas, Jeru the Damaja, Patife Band, Jackson 5 e Gang of Four. Kamau no mic. | |||
27 Jun 2022 | Punky reggae party - quando a comunidade jamaicana encontra a juventude britânica com Bruno Lancelotti e Felix Barreira | 01:45:46 | |
Ao fim da segunda guerra mundial, a Inglaterra, apesar de vitoriosa, se vê na necessidade de reerguer suas estruturas estremecidas pelos quase 20 anos de conflito entre os países Aliados e os do Eixo. Para sua reconstrução, mão de obra indiana, paquistanesa e caribenha foi incorporada a partir de facilitações nos processos de integração dos imigrantes à sociedade britânica. Com esses imigrantes, veio a cultura, e dessa integração entre os imigrantes e os ingleses, revelam-se novos dilemas nas relações entre a juventude. | |||
14 Jan 2022 | O pós-punk paulistano nos anos 80 – entre a vanguarda estética e a vanguarda política com Miguel Barella e Alex Antunes | 01:05:04 | |
Os últimos anos da ditadura no Brasil foram permeados por um espírito do tempo que soprava um vento que trazia como novidade política e artística movimentações que iam do trotskismo da LIBELU ao som do Gang of Four, das intervenções do grupo Viajou Sem Passaporte aos encontros no Madame Satã, da necessidade de romper com a complexificação proposta pelo rock progressivo a vontade expandir com o minimalismo que compõe o pós-punk. Esse é um passeio de 77 a 85 com Miguel Barella e Alex Antunes. | |||
14 Oct 2022 | Sistas grrrl’s riot – narrativa de mulheres negras no punk rock com Daisy Serena | 00:55:32 | |
O que há no percurso que conecta percepções de mulheres negras envolvidas com o punk, com suas diferenças de espaço e tempo, geografia e geração, entre o centro e a periferia da economia, da produção cultural e intelectual? | |||
03 Mar 2022 | Cumbia madre del pueblo – latinoamerica em festa e luta com Pablo Fidel (La Delio Valdez), Pensanuvem (Macumbia) e Gui Miranda (Boxe Vila Anglo) | 00:52:31 | |
Do norte do México ao sul da Argentina, a cumbia mobiliza os corpos para se movimentar em sua direção. Cumbia é sobre amores perdidos, ganhados, festas, ódio à polícia, mas também sobre identidade latinoamericana, auto organização e mobilização coletiva. Aqui conversamos com Pablo Fidel, membro da importantíssima banda de cumbia argentina La Delio Valdez, que não é só grande pela qualidade musical, mas também pela forma cooperativa de funcionamento baseada nas experiências das fábricas argentinas recuperadas pelos operários no começo dos anos 2000, Pensanuvem, que há 10 anos nos aproxima da linguagem cumbiera e de nossos vizinhos latinoamericanos e Guilherme Miranda, que tem sua vida cruzada pela paisagem argentina, do boxe ao futebol, do punk a cumbia. | |||
25 Apr 2021 | Space is the place – espaço, cidade e a cosmologia de Sun Ra com Malu de Barros | 01:13:07 | |
Sun Ra foi sem dúvida uma das figuras mais radicais da história da música. Ao romper com sua identidade construída a partir de uma relação histórica racista do ocidente, assumindo outro nome e outra forma de existir, rompe também com o que é convencionado dentro do jazz, da poesia, do cinema e da política afrocentrada.
Sun Ra é uma potência capaz de redirecionar nosso olhar ao ler o mundo, sua arte nos diz sobre ciência, filosofia, espiritualidade e também pode nos instrumentalizar para realizar uma crítica ao urbanismo, à cidade e ao território, e é sobre isso que Malu de Barros nos fala.
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08 May 2023 | Beat pro Rick Bonadio chorar – a música eletrônica entre o funk e o forrózin com Gg Albuquerque | 01:06:21 | |
A música eletrônica legitimamente brasileira é aquela que radicaliza sua forma em espaços próprios, dispensando os centros, as grandes gravadoras e produtores tradicionais, para se dar em experimentos diversos que são desdobramentos do funk, do forró e de uma linguagem absolutamente sintonizada com o que interessa aos seus criadores e público. | |||
26 Oct 2020 | Malandragem de verdade é viver – samba, raça e classe em São Paulo com Viny Rodrigues | 01:17:36 | |
Como o samba se relacionou com a cidade, com a lei, com o trabalho, com o racismo, com a polícia e com a indústria musical? Qual a importância histórica do samba para o imaginário de um Brasil que cambaleou entre a ideia de progresso, desenvolvimento, modernidade e violência, exclusão e miséria? Viny Rodrigues, cria da Casa Verde, nos apresenta caminhos para compreender o samba com o olho na religião, na geografia, no desvio, na resistência, no balanço e na fúria de viver. Quem nunca viu vem ver caldeirão sem fundo ferver. | |||
30 Aug 2021 | Jamericans – a razão jamaicana do hip hop estadunidense com SonoTWS | 01:11:58 | |
Se não fosse a cultura e a comunidade jamaicana estabelecida no Bronx dos anos 70, o hip hop seria composto por pela figura do DJ e Mc como conhecemos? Qual a relevância dos toasters e dos sound systems pra isso tudo?
Uma conversa com SonoTWS que atravessa figuras como Count Machuki, U Roy, Kool Herc, Born Jamericans, Pete Rock, InI e algumas outras coisas nesse ensaio livre sobre as relações entre a cultura jamaicana e o hip hop.
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11 Apr 2024 | Ameaça menor – breves notas sobre o punk e a infância com Jonas Dornelles e Zé Ulisses | 01:34:02 | |
É comum percebermos a potência do punk a partir de suas diversas manifestações políticas e estéticas, de sua interlocução com movimentos sociais variados e com vanguardas artísticas, mas apesar de ser tão explícito em sua história e produção, a infância é algo que fica invisível em discussões que tem o punk como tema.A história do punk foi construída por pessoas que tiveram acesso à essa cultura antes mesmo dos 15 anos. Por pessoas que aos 11, 12 ou 13 anos de idade já tinham bandas, faziam fanzines, participavam de protestos e tinham abandonado suas crenças em deuses e na palavra dos adultos.Essa não é uma conversa que trata o punk como instrumento pedagógico, nem mesmo uma conversa entre especialistas da infância, mas sim uma troca entre pessoas que muito jovens começaram a produzir suas vidas nessa cultura, que tem como elemento central a crítica à vida burocratizada e especializada – que é o que qualifica o mundo das pessoas crescidas.
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16 Feb 2024 | A Vanguarda Paulista Instrumental e o jazz nos primórdios da música independente no Brasil com Renan Ruiz | 01:05:51 | |
O exercício de pensar o lugar da música instrumental em associação ao seu contexto histórico demanda mais que uma especulação voltada aos artistas e às suas obras, demanda considerar as minúcias das entrelinhas, os procedimentos das produções, o vocabulário que permeia a universo dessas expressões.
Nessa conversa com Renan Ruiz, percebemos que a Vanguarda Paulista Instrumental não só foi fundamental para pensarmos a história da música instrumental/jazz no Brasil, como também representou os primórdios das produções musicais independentes durante os anos de chumbo.
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25 Jul 2024 | Descendente de Yasuke – especulando conexões entre a cultura pop do Japão e o rap com Nill | 00:56:49 | |
Ao nos voltarmos para a história das comunidades negras dos Estados Unidos, podemos facilmente identificar inspirações no campo da cultura, da produção política e artística, vindas de referências do leste asiático.
Da relação entre os Black Panthers e o maoísmo, passando pela Blaxploitation e os filmes de kung-fu, continuando através de grupos e artistas como Wu-Tang Clan, Afu-Ra, Planet Asia, Jeru the Damaja, entre outros nomes do rap dos anos 90/2000, vemos essa influência na temática das letras, nas capas dos discos e em filosofias pessoais.
“Descendente de Yasuke” é a quarta música do segundo álbum do rapper Nill, um exemplo que ilustra o momento em que uma nova gama de referências estéticas reflete em uma geração de MCs e produtores influenciados especialmente por animes.
Essa é uma conversa sobre trilhas sonoras, enredos, produção e possíveis conexões entre o universo da cultura pop japonesa e o rap.
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21 Dec 2022 | Free Jazz contra o ruído colonial com Rômulo Alexis e Du Kiddy | 01:17:33 | |
O Free Jazz enquanto expressão não só significou a extrapolação dos parâmetros musicais do jazz, mas também trouxe consigo um repertório político e simbólico que se relacionariam profundamente com dimensões materiais de outros campos – interagindo, contribuindo, compondo e incorporando em sua forma os processos das lutas da população negra estadunidense e africana. | |||
18 Aug 2022 | A ética da pirataria – desvio, expropriação e o tráfico de cultura com Leonardo Foletto | 01:20:32 | |
Desvio, expropriação, cópia, roubo… são muitas as formas de qualificar a prática da pirataria. Uma prática que hoje talvez tenha perdido o sentido, mas que há muito tempo exerce a função de descentralizar e redistribuir cultura. | |||
18 Dec 2024 | Som, tempo e lugar – o rap nacional entre territórios e gerações com GOG | 00:55:41 | |
É impossível pensar a história do rap nacional desatrelada da história de seus territórios. Dizer isso pode soar básico demais, já que todo fenômeno cultural pode ser analisado a partir de seu lugar de origem, mas no caso do rap, a quebrada assume um lugar fundamental em sua forma. “Periferia é periferia em qualquer lugar”, diz a clássica “Brasília Periferia”, de nosso convidado, @gogpoeta, e é daí que parte nossa conversa. Diante das semelhanças que irmanam as periferias de todo Brasil, buscamos suas especificidades. Qual a formação do rap brasiliense? Quais os embates travados na produção da cultura tão próxima ao centro do poder do país? Como interagem as diferentes gerações do rap que já não compartilham mais a mesma abordagem em suas criações? Escutem e repassem a palavra. Até 2025. | |||
15 Sep 2023 | De Baden Powell a Sonic Youth com Kiko Dinucci [Discotecagem Comentada] | 01:55:43 | |
Em fevereiro, encontramos @kikodinucci na Intercommunal Music, em uma escuta coletiva/processo de troca que toma seu último disco, “Rastilho”, como referência para desbravar aquilo que compôs suas referências estéticas, poéticas, sonoras e visuais na materialização desse disco. Captação e edição por @igorsouzadbk | |||
22 Oct 2020 | Os malditos da música brasileira com Kiko Dinucci | 01:55:39 | |
Aqueles que amaldiçoaram Jards Macalé, Walter Franco, Tom Zé, Jorge Mautner, Itamar Assumpção e Luiz Melodia são os mesmos que amaldiçoaram a música dos negros escravizados, os primórdios do samba, o brega e são os mesmos que amaldiçoam o funk e a pisadinha. | |||
10 Feb 2021 | Imigrantes, refugiados e os punks no velho continente com Adriessa Souza e Lilian Rodrigues | 01:24:12 | |
Historicamente a retórica punk sempre rechaçou a ideia de nação/pátria/fronteira, e com o passar dos tempos, as práticas que se voltavam muito para expressões estéticas, passam também a se voltar para questões políticas. Enquanto rede internacional, a comunidade punk também se mobiliza para acolher e orientar imigrantes (ilegais ou não) e refugiados, auxiliando com teto, comida, com a língua e as burocracias do país. Adriessa e Lilian vivem há algum tempo em Berlin e nos contam um pouco dessa relação com a comunidade punk/organizações de esquerda locais enquanto imigrantes latino-americanas. | |||
29 Nov 2021 | Nossa pátria é o mundo inteiro, nossa lei é a liberdade – entre o internacionalismo do punk e do futebol com Mandioca | 01:19:14 | |
Das partidas que aconteciam entre uma banda e outra no galpão do Jabaquara, durante as Verduradas, para a formação de um time punk, à esquerda e antifascista que criou conexões com times da mesma dimensão em outros países da Europa e da América do Sul. | |||
19 May 2022 | Sub e Grito Suburbano – coletâneas como documento, memória e comunidade com Clemente Nascimento | 00:46:24 | |
Dentre os discos mais importantes do punk nacional, dois são coletâneas. Coletâneas frutos da mobilização de duas bandas que abrem mão de lançar um disco individual, como o Cólera (no caso do Sub) e Olho Seco (no caso do Grito Suburbano), para incluir outras bandas no registro. Aqui temos o primeiro registro daqueles que tiveram a forma independente como método e como princípio, daqueles que tinham na sua negação a sua atividade. | |||
26 Feb 2021 | The revolution will not be televised – a música e o partido dos Panteras Negras com Rodrigo Brandão e Rodrigo Carneiro | 01:02:59 | |
Uma conversa que atravessa a erudição rueira do Harlem Renaissence, passa pelo engajamento do jazz dos anos 60, cai na produção fonográfica que propagandeava a causa do Black Panthers Party pela voz de Elaine Brown e The Lumpen, cruza a influência dos panteras negras e Young Lords no surgimento do hip hop, chega ao Brasil dos anos 70, em que as movimentações políticas e tensões raciais nos EUA impactam fortemente alguns músicos daqui, assim como tantas outras coisas mais que reverberam no tempo fortemente influenciadas pelo caráter estético e ideológico dos Panteras Negras. | |||
22 Jan 2025 | Os quase planos para 2025 | 00:06:23 | |
2025 começou com uma torrente que mostrou que nosso ânimo do fim do ano passado demandaria mais energia e rigor do que esperávamos. Passaram-se pouco mais de 20 dias desde que o ano começou, e a fragmentação do tempo, da atenção e das redes sociais está aceleradíssima, mais do que nunca, e com uma pitada ainda mais pesada de fascismo nessa combinação toda. Pelo menos nossos planos não foram desbaratados – até agora – e mesmo que tenham se deparado com a confusão de um ano que começa a milhão por todos os lados, a cabeça ainda funciona e trazemos a primeira novidade: estamos no substack! Acreditamos que essa outra frente inaugura novas possibilidades de articular ideias e vontades: textos mais longos para compor o Memória Gráfica da Contracultura Brasileira, uma melhor acomodação de imagens, ensaios, entrevistas, maior interação com a comunidade que formamos aqui, e de quebra, mais uma possibilidade de apoiar financeiramente o projeto. Saiba mais acessando balancoefuria.substack.com e inscreva–se! Bom ano e boa sorte pra todo mundo. Nos vemos por aí! | |||
03 Feb 2022 | Ver o jazz – as capas de disco e a fotografia do jazz americano (50-70) com Ricardo Magrão | 00:59:42 | |
A fotografia e as capas dos discos de jazz foram potentes o suficiente para forjar no imaginário de seu público uma forma que torna impossível seu não reconhecimento. Uma forma capaz de atingir a síntese mais refinada do que significa beleza e radicalidade, simplicidade e complexidade. Uma conversa com Ricardo Magrão que cruza a trajetória de nomes como Francis Wolff, Reid Miles, Blue Note, Prestige, Atlantic, Black Jazz e outras mais. | |||
15 Feb 2021 | As pessoas e as máquinas – música eletrônica, ruído e ruína com Felinto e Raiany Sinara | 01:33:26 | |
Dos experimentos sonoros desenvolvidos pelos futuristas e dadaístas no começo do séc. XX, passando pela música concreta e música eletrônica alemã dos anos 50, pelo krautrock, pela disco, acid house e techno da cena britânica, de Chicago e de Detroit, elaboramos os processos de ruptura da forma de se fazer música a partir de máquinas, de ruídos e de modificações digitais de timbres e texturas, além dos aspectos comunitários que se dão a partir dessa música que é essencialmente negra e que abarca também a questão LGBTQIA+ e uma outra elaboração da cidade/espaço/tempo. | |||
25 Jun 2021 | Sangue, suor e soul – o Blaxploitation e a música negra norteamericana dos anos 70 com Maria Eduarda | 01:18:44 | |
Shaft, Superfly, Sweet Sweetbacks Baaddassss Song, Coffy, Isaac Hayes, Curtis Mayfield, Earth Wind & Fire, crítica a violência policial, subversão dos papéis sociais, violência, humor, crítica ao racismo estrutural, soul, funk, Motown e Stax. | |||
12 Nov 2024 | Ressonâncias invisíveis – o experimental e o popular entre Garanhuns e Nova York com Arto Lindsay | 01:01:34 | |
Arto Lindsay viveu entre o Brasil e os Estados Unidos, atravessando momentos definitivos para as artes visuais, a contracultura e a música experimental. Músico, compositor, produtor e artista multimídia, iniciou sua relação com o Brasil aos três anos, quando a família missionária se mudou para Pernambuco.
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15 Apr 2022 | Mark Fisher – entre a melancolia da música britânica e da crise do capitalismo | 01:32:20 | |
O quanto da melancolia expressa na cultura é capaz de denunciar a barbarie que o capitalismo tardio representa na vida das pessoas?
Amauri Gonzo nos fala sobre como Mark Fisher costura em seu pensamento referências que vão de Joy Division, Tricky à Jacques Derrida e Fredric Jameson.
Use o cupom #BalancoEFuria20 e compre os livros do Mark Fisher com 20% de desconto no site da @autonomialiteraria.
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13 Mar 2024 | Under me sleng teng – a vibração do dancehall entre a Jamaica e o Brasil com Ricardo Magrão e Lei Di Dai | 01:35:34 | |
A história da música jamaicana nos diz muito sobre a história da própria Jamaica.
Se no início dos anos 60 o processo de libertação do colonialismo britânico implicou na necessidade do desenvolvimento de um gênero musical que representasse a identidade jamaicana, dando origem ao Ska, e nos anos 70, o Roots vem aliado à temáticas que remetiam aos movimentos de libertação da África e de consciência espiritual e política, nos anos 80 o Dancehall retrata uma Jamaica que ginga entre o sexo e a violência, as drogas e os bailes, em um contexto em que há a intensificação do neoliberalismo e a transformação nos processos de produção musical advindos de novas tecnologias.
Considerar essa mistura de elementos nos leva a romper com qualquer purismo, e voltar à história do Dancehall é se deparar com a criatividade e desejo de vida de músicos, Djs e MCs que a partir de samples, riddims e soundsystems criam na música jamaicana aquilo que no baile faz o grave bater forte.
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04 Oct 2021 | Sob este asfalto, existe terra – quando o punk encontra a causa indígena com Andreza Poitena e Josimas Ramos | 01:09:46 | |
A articulação do punk com movimentos de resistência dos mais diversos sempre foi notável. Da causa palestina aos direitos dos animais, de movimentos de ocupação ao direito à cidade... enquanto mobilização estético/político/cultural, é um movimento que historicamente foi capaz de assimilar as demandas de seu tempo e se por ombro a ombro com aqueles protagonizavam a luta, e com a causa dos povos originários não seria diferente. Andreza e Josimas, além de voltarem sua vida para construção de espaços para o fortalecimento do anarquismo, do punk, do veganismo e do faça-você-mesmo, também atuam ao lado dos Tupi Guarani com o Vivência na Aldeia. | |||
31 Aug 2022 | As ambiguidades políticas e estéticas do metal na periferia do capitalismo com Felipe Nizuma e Pedro Poney | 02:40:14 | |
Essa conversa foi um ensaio aberto, um espaço de especulações em tempo real.
Ouça e descubra como ela começa com Black Sabbath, passa por Mutantes, Rock da Mortalha, ditadura militar no Brasil, Dorsal Atlântica, Chakal, Sepultura, América Latina, Violator, Blasthrash, jornadas de junho de 2013, o assédio do Bolsonarismo sobre a juventude, a decadência do rock, o fenômeno do metaleiro reacionário, neoliberalismo e a atomização da juventude/dos sujeitos, Marx, Walter Benjamin, Milton Santos e até Kant e Fukuyama!
Masterizado por @igordbk/@mitrarecs
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04 Apr 2023 | Espaços dissonantes – a política sonora da música experimental contemporânea no Brasil com Aline Vieira e Yuri Bruscky | 01:30:58 | |
Uma conversa que visita coisas entre Brigada do Ódio e Jocy de Oliveira.
Aline Vieira e Yuri Bruscky pesquisam, pensam e fazem ruído. Tem no experimento desse espaço que aqui chamamos amplamente de "música experimental" um lugar composto não só de crítica estética, mas também de crítica política, não só da expressão sonora, mas também de performance e de desafio em relação aos procedimentos da criação disso que atravessa tanto as perspectivas da academia, quanto das artes, tanto as vertentes do punk, quanto da música eletrônica.
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05 Nov 2021 | Punks, skins e socialistas – as virtudes e contradições dos movimentos de juventude nos anos 80 com Mao | 01:17:39 | |
O processo de redemocratização do Brasil, Desmond Dekker, as greves operárias do ABC no fim dos anos 70, a convergência estético-política da origem operária dos punks e skinheads, as contradições e as virtudes que compõem a prática de cada um, a fundação do PT, a coletânea Strenght Thru Oi!, a retomada das mobilizações dos movimentos sociais, Redskins… os que moram do outro lado do muro nunca vão saber o que se passa no subúrbio. | |||
27 Nov 2020 | Check the rhime – o rap alternativo e uma outra elaboração estética da cultura de rua com Parteum | 01:29:32 | |
Os momentos de associação e desassociação com a geração anterior, adaptação e continuidade nas formas de se fazer rap, a profunda relação entre música e skate, as novas possibilidades de se ler e rimar a vida cotidiana nas ruas. Uma conversa que atravessa A Tribe Called Quest, De La Soul e The Pharcyde, passando por Potencial 3, Mzuri Sana, Kamau e Elo da Corrente, fechando com uma ode ao vô Chiquinho.
Enfim, uma conversa sobre rap com Fábio Luiz, vulgo Parteum.
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22 Jul 2021 | Testemunha ocular - a fotografia e a música independente na São Paulo dos anos 80 com Rui Mendes | 01:04:29 | |
Talvez Rui Mendes seja um dos principais responsáveis pela tradução em imagem do espírito do tempo que envolveu a cena musical de São Paulo nos anos 80.
Uma passagem por sua formação na ECA-USP e as bandas de pós-punk que surgem dali, sua relação com parte das bandas punks da periferia, por casas como Napalm e Madame Satã e pela longevidade de um trabalho que registra importantes momentos de bandas como Cólera, Ratos de Porão e Mercenárias, assim como de Racionais Mc's, Tim Maia, Bezerra da Silva e inúmeros outros.
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