
Arquicast (Arquicast)
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Dive into the complete episode list for Arquicast. Each episode is cataloged with detailed descriptions, making it easy to find and explore specific topics. Keep track of all episodes from your favorite podcast and never miss a moment of insightful content.
Pub. Date | Title | Duration | |
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11 Aug 2016 | Arquicast 002 – Entrevista Demetre Anastassakis | 00:32:53 | |
Em entrevista ao Arquicast, o arquiteto Demetre Anastassakis fala sobre a habitação social no país, questionando o papel de instituições políticas e organizações. Além disso, sugere que a inovação e o empreendedorismo sejam aplicados nas faculdades de arquitetura. Rapha (@_rapha) e Adilson (@adilsonlamaral) conduzem o papo enquanto Felga conduz o possante até a rodoviária.
Comentados na leitura de e-mail:
How I Met Your Mother | YouTube
Partners | YouTube
Rob | YouTube
Charles Bronson (off-topic) | YouTube
Comentados na entrevista e adicionais:
Entrevista cedida em 2015 | Estado de São Paulo
Pritzker Aravena | Elemental
Programa Minha Casa Minha Vida | Governo Federal
O projeto habitacional em grande escala | Seminário Demetre
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24 Aug 2016 | Arquicast 003 – Sobre a Cidade | 00:52:43 | |
Neste episódio, Adilson (@adilsonlamaral), Rapha (@_rapha) e Renata (@renatagoretti) convidam a arquiteta Aline Cruz para falar um pouco sobre viver na cidade: como, ao longo dos séculos, o espaço que construímos se tornou complexo e de que maneira tentamos viver hoje num lugar que se tornou obsoleto.
Comentados no episódio:
Links do post: Entrevista: Steve Jobs – The Lost Interview (Trailer)
Filme: Steve Jobs (2016)
Livro: Identidade Cultural da Pós-Modernidade, de Stuart Hall
Livro: A Produção do Espaço Urbano - Agentes e Processos, Escalas e Desafios
Video: Ted Talks - Kent Larson: Brilliant designs to fit more people in every city
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28 Jul 2016 | Arquicast 001 – O arquiteto na história | 01:07:17 | |
Num bate papo descontraído, Adilson (@adilsonlamaral), Rapha (@_rapha), Guga (@gooogla) e Bernardo Vieira comentaram sobre o papel do arquiteto ao longo do tempo, de Imhotep ao nosso querido arquiteto Sérgio (arquiteto da novela de Manoel Carlos) e sua esposa ciumenta!
Comentados no episódio:
Diretrizes MEC para formação do arquiteto: PDF
Livro: "Saber ver Arquitetura" | Autor: Bruno Zevi | Editora Martins Fontes | PDF por sua conta e risco
Filme: "At First Sight (1999)" | IMDB | Trailer no YouTube
Fotogrametria Arquitetural | Palestra IAB
Filme: "Sketches of Frank Ghery (2006)" | IMDB | Completo no YouTube
Aula Magna do nosso querido arquiteto Sérgio | Completo no YouTube
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24 Sep 2018 | Arquicast 055 – A tragédia do Museu Nacional | 01:29:37 | |
Neste episódio, Adilson (@adilsonlamaral), Aline (@lilocacruz) e Rapha (@_rapha) convidam Cadu Ribeiro (@cadu4rio) e Ivo Barreto (linkedin) para conversar um pouco sobre o trágico incêndio no Museu Nacional. Falamos um pouco sobre a importância dos museus para a construção de uma identidade nacional, sobre o descaso das políticas públicas de preservação do patrimônio e acervo científico. Além disso, especulamos sobre as alternativas apresentadas pelo Governo Federal no âmbito da gestão dos museus brasileiros.
Comentados no episódio:
Livro: “Há uma Gota de Sangue em Cada Museu: a ótica Museológica de Mário de Andrade” | Amazon
International council of Museums | site
Livro: "A Definição da Arte"| Saraiva
Livro: "A Estratégia da Aranha" | Livraria Cultura
Livro “Nebulosas do pensamento urbanístico" | UFBA
Livro:"21 lições para o século 21"” | Saraiva
Livro: "Construir e Habitar para uma cidade aberta" | Saraiva
Portal SBPC | site
Texto: "Arquitetura de Museus" | PDF
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09 Oct 2018 | Arquicast 056 – Bienal de Veneza: Capela do Vaticano e Pavilhão do Brasil | 01:05:35 | |
Neste episódio entrevistamos dois jovens talentos da Arquitetura Brasileira: Carla Juaçaba (@carlajuaçaba)| site) e Gabriel Kozlwoski (@gabrielkozlwoski| site) Ambos participaram da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2018. Carla foi convidada, ao lado de ilustres arquitetos, a projetar umas das capelas para o Vaticano, e Gabriel foi um dos curadores do Pavilhão do Brasil na bienal. Conversamos sobre os desafios dos trabalhos, as motivações e como Arquitetura tem sido (ou não) prestigiada por nós brasileiros. Aline (@lilocacruz) e Rapha (@_rapha) conduziram o bate-papo.
Comentados no episódio:
Bienal de Veneza | site oficial
Bienal de Veneza | publicações Archdaily
Pavilão do Brasil na Bienal: Muros de Ar | Catálogo Completo | Matéria Archdaily
Brain Pickings - newsletters
Carta aberta aos candidatos CAU e IAB nas eleições de 2018 pelo Direito à Cidade | PDF
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22 Oct 2018 | Arquicast 057 – Vida de Professor | 01:02:50 | |
No episódio da quinzena, Adilson(@adilsonlamaral) e Aline (@lilocacruz) convidam Caio Dias (@caiosmolarekdias) e Fernando Lima(@limaft) para um papo leve sobre a nada mole vida de Professor de Arquitetura e Urbanismo. Falamos sobre os professores que nos influenciaram, as diferenças entre professores de faculdades públicas e particulares e a decisão entre lecionar ou projetar. Além disso, discutimos como ensino de projeto deixa mais próximo professores e alunos e a responsabilidade na formação de cidadãos críticos. Dá o play!
Comentados no episódio:
Pesquisa ABPOD | site oficial
Documentário Archiculture | YouTube
Tese “Sentir Através De” de Ricardo Ferreira Lopes | Site UFJF
Palestra TED: “Será que as escolas matam a criatividade?” de Ken Robinson | com
Livro “Spatial Design Education” de Ashraf M. Salama | Amazon
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05 Nov 2018 | Arquicast 058 – Arquitetura e Cinema: HER | 01:17:32 | |
Em mais um episódio sobre cinema, Adilson (@adilsonlamaral), Aline (@lilocacruz) e Rapha (@_rapha) convidam Janaina Pereira (facebook) para falar sobre "Her (2013)". Um filme de Spike Jonze sobre um futuro não tão distante, sobre relações amorosas não tão impossíveis. Conheça Samantha, um OS (sistema operacional) com "vida" própria. Falamos como esse romance do século XXI tem como pano de fundo uma cidade possível e afável. Assista o filme primeiro e depois: taca-lhe o play!
Comentados no episódio:
Filme: " O primeiro homem" | IMDB
Filme: " Onde vivem os monstros" | IMDB | Livro
Série: " Amazing Stories" | IMDB | Dailymotion
Curta: "Scenes for the suburbs (2011) | Vimeo
Clipe Arcade Fire "The suburbs" | Youtube
Site Hypeness | Tag Janaína Pereira
Papo de Cinema | Tag Janaina Pereira
Blog Janaindica | Gastronomia – Cultura – Turismo – Moda & Beleza – Entretenimento
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19 Nov 2018 | Arquicast 059 – Lina Bo Bardi | 01:10:21 | |
Hoje o episódio é sobre ela: Lina Bo Bardi, sua história e suas obras, sua determinação e sensibilidade. Adilson (@adilsonlamaral), Aline (@lilocacruz) e Rapha (@_rapha) convidam Ana Luiza Nobre (DAU-PUC-RJ) e Renato Anelli (USP- São Carlos) para uma verdadeira aula sobre a importância do seu legado para a identidade da arquitetura brasileira.
Comentados no episódio:
Visitar e conhecer as obras da Lina: Tag ArchDaily
Instituto Lina Bo e P. M. Bardi | site
Livro: "Sobrevivência dos Vaga-lumes" | Travessa
Revista online da USP. Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo: RISCO | site
Filme: "Lina Bo Bardi de Aurélio Michiles" | Youtube
Livro: "Lina Por Escrito - Textos Escolhidos de Lina Bo Bardi" | Saraiva
Coletivo Arquitetas Invisíveis | Assine a Newsletter | Arquicast 016
Livro: " Lina Bo Bardi. Obra construída" | Saraiva
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03 Dec 2018 | Arquicast 060 – Pruitt-Igoe | 00:40:29 | |
Nesta quinzena, Adilson (@adilsonlamaral) e Rapha (@_rapha) conversam com Gustavo Novaes (@gooogla) sobre um dos projetos mais emblemáticos e desastrosos da história da arquitetura mundial: Pruitt-Igoe. O conjunto habitacional de 33 edifícios, projeto do renomado arquiteto moderno Minoru Yamasaki, foi demolido apenas 17 anos após sua construção. Discutimos o contexto histórico, a lei que mudou a ocupação dos territórios urbanos nos EUA e o colapso social nas habitações. Tudo isso, aliado ao seu caráter “modernista”, contribuiu para estigmatizar essa arquitetura, marcando a transição para a pós-modernidade.
Comentados no episódio:
Documentário “The Pruitt-IgoeMyth” de ChadFreidrichs (completo e legendado) | Youtube
Entrevista com DemetreAnastassakis do Arquicast 002 | Arquicast
Livro “Cidades do Amanhã” de Peter Hall | Amazon
Video: O mistério de 9/11 | Youtube
Matéria “Teoria da Conspiração: O ataque às Torres Gêmeas foi uma farsa?” | Super Interessante
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17 Dec 2018 | Arquicast 061 – Sobre o concurso de projeto: “Monumento à Memória Feminina” | 00:54:49 | |
O episódio de hoje discute o processo e o resultado do concurso “Memorial à Memória Feminina” produzido pela Projetar.org cujo resultado gerou várias discussões acaloradas nas redes sociais. Para isso, chamamos os principais envolvidos na elaboração do concurso: Caio Dias (@caiosmolarekdias) e Laila Schmidt (@lailarsc) do Portal Projetar.org, a arquiteta Luiza Dias (@lurdias) do coletivo Arquitetas Invisíveis, além da arquiteta Tais Cristina da Silva (@taiscrisdasilva) do São Paulo Arquitetura. Participam do episódio Rapha (@_rapha) e Lili (@lilocacruz) que também foi jurada no concurso.
Comentados no episódio:
Página do Concurso “Monumento à Memória Feminina” com todas as informações sobre o concurso | org
Livro: “How theotherhalflives” de Jacob A. Riis | Amazon EUA
Livro: “Pensar com imagens”, de Enric Jardí | Amazon
Newsletter das Arquitetas Invisíveis | Newsletter Arquitetas Invisíveis
Livro: “The force is in the mind: the making of architecture” de ElkeKrasny | RIBA Book Shops
Livro: “Registro de uma vivência” de Lúcio Costa | Amazon
Livro “The architecture school survivor guide” de Iain Jackson | Amazon
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31 Dec 2018 | Arquicast 062 – Livros clássicos: Cidades para pessoas | 01:07:00 | |
Hoje é o último dia do ano, mas o time do Arquicast se reuniu para destrinchar esse livro que é a obra mais famosa do arquiteto Jan Gehl. Adilson(@adilsonlamaral), Lili (@lilocacruz) e Rapha (@_rapha) relembram a história do arquiteto, seus trabalhos mais importantes, suas referências no campo da cidade, além de destrinchar, capítulo por capítulo, o livro “Cidades para Pessoas”.
Comentados no episódio:
Livros Spiro Kostof: "The City Shaped" e "The City Assembled"
Seriado “Curb Your Enthusiasm” de Larry David | YouTube
Site “Gehl Architects” | Site
Filme “The Human Scale” de Andreas M. Dalsgaard (legendado em português) | YouTube
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14 Jan 2019 | Arquicast 063 – Arquitetura e Cinema: Akira (Katsuhiro Otomo) | 01:05:35 | |
Seguimos com a série de Arquitetura e Cinema. Hoje tem Akira (1988), clássico que influenciou drasticamente a forma de se contar histórias e a linguagem do cinema sci-fi na virada de século. Adilson (@) e Rapha (@_rapha) conversam com Guga (@gooogla) e Cadu Rocha (@cadurocha) sobre o anime, suas paisagens, seus personagens e conflitos.
Comentados no episódio:
Akira (1988) | IMDB
"Vagabundos no espaço" | Editora Draco | Crítica Arte Final | Raphael Salimena
Canal "The Nerd Writer" Episódio: "AKIRA: How To Animate Light" | YouTube
Mangá: "Akira" publicado no Brasil | Editora JBC
Mangá: "Ghost in the shell" | Editora JBC
"Bando de dois" Danilo Beyruth | Amazon
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29 Jan 2019 | Arquicast 064 – Viagens: dicas, histórias e “causos” | 01:12:46 | |
Neste episódio, falamos das nossas experiências de viagem como arquiteto: como nos planejamos, os registros da viagem, a descoberta de peculiaridades culturais e alguns apertos que as situações podem causar. Para esse podcast, além de vários países do mundo, estão Adilson (@adilsonlamaral), Lili (@lilocacruz), Rapha (@_rapha) e Gustavo Novais (@gooogla) contando suas peripécias mundo afora!
Comentados no episódio:
Perfil de Barbara Saleh no Instagram | @middleeastarchitecture
Livro: “Prisioneiros da geografia” deTim Marshall | Amazon
Livro “Desenhando com o lado direito do cérebro” de Betty Edwards | PDF
Livro “Europe on a shoestring” da Lonely Planet | Amazon (o ebook é gratuito!)
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11 Feb 2019 | Arquicast 065 – Sobrevivendo depois da faculdade | 01:04:45 | |
As aulas voltaram em 2019 e no episódio da quinzena, Adilson (@adilsonlamaral), Lili (@lilocacruz) e Rapha (@_rapha) discutem o artigo “9 lições para a sobrevivência pós-faculdade” de Nicolas Valencia, publicado no Archdaily internacional. Falamos sobre desenvolver habilidades e a concorrência no mercado de trabalho, além do início da carreira de coaching do Rapha! Ouve lá!
Comentados no episódio:
Braincast 299: "O aluno do futuro" | B9
Série: "True Detective" | 3º temporada HBO
Série: "Trotsky" | Netflix
Série: "O jornal" | Netflix
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26 Feb 2019 | Arquicast 066 – A Megarregião Rio-São Paulo | 01:02:33 | |
Adilson (@adilsonlamaral), Rapha (@_rapha) Aline (@lilocacruz) convidam Wagner Rufino (@wagnerrufino) para falar um pouco de seu trabalho no doutorado "Metro, Macro, Mega, Meta: Cidades sós". Um papo sobre a grande região urbanizada entre os pólos do Rio de Janeiro e São Paulo. Falamos sobre os desafios das administrações locais em lidar com problemas que extrapolam os limites imaginários das cidades, e também das novas possibilidades no Planejamento Urbano Regional. Conhece a Nova GRAAL? Dá o play!
Comentados no episódio:
Livro: "Cidade standart e novas vunerabilidades" Rosângela L. Cavallazzi (Org.) | site
I Fucking Love Maps | Facebook | Instagram
Braincast 295 - O futuro das habilidades
Urban Theory Lab | Harvard GSD
Livro: "Reflexões sobre o ensino integrado do projeto de arquitetura" | Matéria CAU | Amazon
Livro: "O espaço intra-urbano no Brasil". Flávio Villaça | Amazon
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11 Mar 2019 | Arquicast 067 – Série: “As Casas Mais Extraordinárias Do Mundo” – 2º temporada | 00:57:23 | |
Neste episódio, conversamos sobre a segunda temporada da série "As Casas Mais Extraordinárias do Mundo" da BBC2 e que está disponível na Netflix. Agora, Piers e Caroline visitam as casas em oito países: Portugal, Espanha, Noruega, Israel, Índia, Suíça, Japão e EUA. Participam Adilson (@adilsonlamaral), Rapha (@_rapha), e novamente Caio Smolarek (@caiosmolarekdias). Taca-lhe o play!
Importante: Não deixe de participar da nossa pesquisa!
Carregando…
Comentados no episódio:
Arquicast 046 - Série: "As casas mais extraordinárias do mundo" - 1º temporada
Veja no Netflix
Dica do Caio: Viaje na viagem!
Livro: "Intervenções temporárias, marcas permanentes: Apropriações, arte e festa na cidade contemporânea" Adriana Sansão | para Kindle
Site: https://unsplash.com/
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25 Mar 2019 | Arquicast 068 – Entrevista ArchDaily Brasil | 01:02:40 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Aline Cruz (@alinecruzarquicast), Rapha Rodrigues (@_rapha)
Link para matéria
Estreando oficialmente a parceria entre as plataformas Archdaily e Arquicast, está no ar o episódio #68 Entrevista: ArchDaily Brasil, no qual três dos editores do site brasileiro - Pedro Vada (@pedro_vada), Eduardo Souza (@eduardoleitesouza) e Matheus Pereira (@mths_prr) - contam um pouco dos bastidores do que é fazer parte do site de arquitetura e urbanismo mais visitado do mundo. Os desafios para se adaptar a um novo tipo de trabalho na área de arquitetura, a velocidade das transformações, a importância da tecnologia e da colaboração estão entre os assuntos tratados nesse bate-papo informal e informativo!
Pensado e estruturado por arquitetos e para arquitetos, e tendo passado por outros formatos anteriores ao atual, o Archdaily impressiona na escalada exponencial em termos de números de acessos e influência no cotidiano profissional dos arquitetos para seu relativo pouco tempo de existência. O crescimento acelerado que os números confirmam evidencia a percepção de uma carência na variedade e velocidade de divulgação da informação sobre arquitetura e urbanismo. Nicho que foi devidamente preenchido pela plataforma que continua a se transformar, ampliando seu alcance e os tipos de serviços oferecidos.
A natureza colaborativa e a velocidade de transformação deste veículo de comunicação colocam desafios ao trabalho dos arquitetos e editores, os quais constantemente alternam suas funções dentro da empresa, transitando por diferentes setores e tornando a experiência de construir o maior site de arquitetura e urbanismo do mundo em um contínuo recomeço. Não havia referências de sites que oferecessem informação de qualidade com rapidez e atualidade, o que exigiu de toda a equipe – formada por pessoas de diferentes culturas, países e línguas – proatividade na solução de problemas e na proposição de ideias. É um negócio que se transforma a cada dia e aponta, de fato, para novas possibilidades de inserção profissional para o arquiteto.
Além de contar um pouco sobre a estrutura de funcionamento do site e a interação entre as diferentes franquias – atualmente há as versões Mundo, Hispanoamérica, México e China - , os editores compartilharam ainda “causos” e curiosidades ocorridas ao longo dos 11 anos de história do Archdaily, e também dificuldades encontradas na veiculação de informação para públicos tão diversos, no universo de 13.6 milhões de arquitetos que visitam a página todos os meses. E não pára por aí! Várias novidades estão sendo gestadas, ampliando ainda mais as formas de interação da empresa com seu público-alvo, caracterizado por profissionais com interesses bastante diversos, como é tradicional à profissão de arquiteto e urbanista.
A parceria do Archdaily com o Arquicast, o podcast de Arquitetura e Urbanismo, é um exemplo da busca constante por atualização e por diversificação das formas de comunicar informação de qualidade para os profissionais da área. O podcast reforçará assuntos de interesse do usuário do site e poderá aprofundar matérias que, pela natureza do formato do veículo original, são naturalmente abordadas de forma mais geral, sendo um ponto de partida para a pesquisa e a produção de conhecimento sobre determinado tema. Ouça para saber mais!
Comentados no episódio:
My ArchDaily, a rede social do portal | My ArchDaily
Tiros em Columbine (2002) Michael Moore | IMDB
Livro: "Diários de Bicicleta" David Byrne | Saraiva
XI BIAU - Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo | Matéria ArchDaily | Site Oficial
XII Bienal Internacional de São Paulo | Site IAB-SP | Site do Evento | Matéria ArchDaily
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08 Apr 2019 | Arquicast 069 – Arquitetura e Cinema: A Origem (Inception) | 01:14:10 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Aline Cruz (@alinecruzarquicast), Rapha Rodrigues (@_rapha), Janaina Pereira (facebook), Laura Carone (facebook)
No novo episódio da série Arquitetura e Cinema, conversamos com Janaina Pereira, jornalista especializada em cinema, e Laura Carone, arquiteta, cenógrafa e diretora de arte, sobre o filme Inception – A origem, do diretor, roteirista e produtor britânico Christopher Nolan. Lançado em 2010, o filme conta com grande elenco incluindo Leonardo DiCaprio, Ellen Page e Michael Caine, tendo recebido diversos prêmios, entre eles o Oscar de Melhor Fotografia, Melhor Mixagem e Melhor Edição de Som.
A história trata sobre espionagem industrial através da manipulação dos sonhos das pessoas. E tal manipulação envolve a criação de cenários afetivos, elaborados por arquitetos, que usam o poder psicológico e imagético dos espaços memoriais para obter informações sigilosas escondidas na mente dos indivíduos. Ou seja, a arquitetura desempenha papel fundamental na construção e na manipulação da memória individual e o arquiteto é figura central nesse processo.
Dentre várias curiosidades sobre o filme, sua relação com o universo da cenografia, o uso da tecnologia que permite traduzir para as cenas a possibilidade de controle material do universo construído, o papel do arquiteto e sua atribuição como um “criador de realidades” é ponto central na conversa entre os convidados e conduz, de certa forma, a narrativa do filme como um todo. Perceber se se está no ambiente sonhado ou no ambiente vivido faz parte do jogo psicológico proposto pelo diretor, que usa das artimanhas do espaço cenográfico para criar metáforas sobre o quanto somos influenciados pelos lugares que frequentamos. E como constantemente, mesmo que de forma inconsciente, reagimos a estes lugares e às suas características compositivas.
O universo onírico é uma constante na história do cinema e por vezes é tratado com maior ou menor desapego da realidade. Win Wenders, David Lynch, Spielberg, dentre outros, são cineastas reconhecidos pelo apreço pela temática devaneante e delirante dos espaços sonhados. Ambientes fantasiosos, labirínticos, com profusão de imagens sobrepostas são parte de estratégias cênicas para criar a atmosfera lírica do lugar sonhado e impossível. No filme em questão, tal estratégia é subvertida e está justamente na responsabilidade do arquiteto, criador de atmosferas, tornar o sonho o mais parecido possível com a realidade, operando nas mentes também do espectador a constante dúvida sobre em qual plano projetado se está. O arquiteto tanto pode ser um facilitador do reconhecimento das pessoas com os lugares, quanto pode atuar como um agente de desorientação, criando estranhamento e insegurança na relação entre homem e espaço construído e vivenciado.
Nossos convidados não chegaram a um consenso sobre a questão essencial que o filme coloca: foi sonho ou realidade? Mas o papel da arquitetura como protagonista da narrativa e na criação de imagens cinematográficas já icônicas na historiografia do cinema parece ter sido ponto pacífico no animado bate-papo que pode ser acessado por aqui.
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
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Teatro: "Fim" Felipe Hirsch | VejaSP
Filme: Insolação (2009) Felipe Hirsch | IMDB
Dissertação: "Cenários Verídicos" Laura Carone | Biblioteca Virtual USP
Filme: "O tradutor" (2018) Direção: Rodrigo Barriuso, Sebastián Barriuso | IMDB
Livro: "Planejamento Urbano e Ideologia" | Vera Rezende | Estante Virtual
Filme: "O cangaceiro trapalhão" | IMDB | Didi Nolan! - veja!
Tese Claudia Veloso | https://poeticidadesurbanas.wordpress.com/ | (In Memorian)
Documentário: "A Terra é Plana!" | Netflix
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24 Apr 2019 | Arquicast 070 – Urbanismo Tático | 00:50:37 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Aline Cruz (@alinecruzarquicast), Adriana Sansão (LabIT)
Você já deve ter ouvido falar no termo “urbanismo tático”. Apesar de recente, essa abordagem sobre o espaço público ganhou visibilidade nos últimos 10 anos e hoje há diversos exemplos sobre como intervir no urbano a partir de uma visão de curto prazo, baixo custo e alto engajamento social. Neste episódio, batemos um papo com a arquiteta carioca e doutora em Urbanismo Adriana Sansão, que tem um trabalho prático extenso e acumula pesquisas sobre o tema.
Entender quando surgiu o termo urbanismo tático e a abordagem metodológica que ele implica nos ajuda a compreender o porquê deste perfil de projeto urbano ter se tornado uma opção real e bem-sucedida de intervir na cidade. Como resposta alternativa e complementar à visão estratégica mais ampla sobre o território, pensar o urbanismo taticamente significa colocar “os pés no chão” e a mão na massa! Ao contrário do Planejamento Urbano e Regional, que trata da escala metropolitana e de seu desenvolvimento num horizonte de tempo maior, o projeto urbano cuida da escala aproximada do usuário e das dinâmicas que influenciam sua relação com a cidade no plano cotidiano. Tal redução da escala e aproximação com o cidadão possibilita respostas projetuais de intervenção mais imediatas e conectadas com a necessidade eminente da comunidade envolvida.
Visto por alguns autores como uma forma subversiva de se apropriar dos espaços públicos, o urbanismo tático pressupõe a participação efetiva da população na construção das soluções de projeto. O poder público muitas vezes é um parceiro da sociedade civil na construção desse processo, mas não é preponderante, uma vez que o movimento nasce de ações cidadãs, orientadas pelo profissional arquiteto e urbanista, que por sua vez atua como um mediador entre os diferentes atores sociais envolvidos. Através de uma visão “bottom-up” dos processos, a colaboração entre os atores e agentes do espaço é a tônica desta prática e o que garante seu caráter democrático.
Outra característica apontada pela convidada e que define a abordagem tática é o baixo custo de implementação das soluções projetuais. Buscando muitas vezes na própria comunidade e no seu entorno imediato os meios financeiros e sociais para realizar a intervenção, o urbanismo tático aposta em uma visão experimental do projeto, entendendo e assumindo sua transitoriedade mais do que seu caráter de permanência, como é comum ao objeto arquitetônico. Não que toda intervenção tática seja temporária, mas trabalha com o fator tempo de forma dinâmica e compreende que o desenho precisa ser apropriado e alterado pela população para que seja efetivamente adotado por ela.
Num momento em que a participação popular nas tomadas de decisão sobre a cidade parece consolidar-se culturalmente, são muito bem-vindos os exemplos de engajamento capazes de promover mudanças efetivas na qualidade de vida dos cidadãos. Ouça o cast para saber um pouco mais sobre esta e outras ferramentas de transformação da cidade!
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Curta Metragem "Recife Frio" | Youtube
Venda seu carro!!!!
Textos Adriana Sansão | Portal Vitruvius | Intervenções Temporárias no Rio de Janeiro Contemporâneo
Matérias especiais sobre Espaço Público no ArchDaily
Texto ArchDaily Mariana Wandarti
Livro: "Smart Cities: Big Data, Civic Hackers, and the Quest for a New Utopia…" | Amazon
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06 May 2019 | Arquicast 071 – Pritzker 2019: Arata Isozaki | 01:04:58 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Aline Cruz (@alinecruzarquicast), Rapha (@_rapha) e Bruno Sarmento (facebook)
Este ano, o Prêmio Pritzker anunciou o japonês ArataIsozaki como laureado de 2019. O arquiteto, desde a década de 1960, é considerado como um visionário pelos seus pares e tem seu trabalho vinculado a uma articulação entre as culturas ocidental e oriental, reinterpretando influências globais em sua arquitetura. Neste episódio #71, nossa conversa abrange tanto o campo multicultural pelo qual passou Isozaki em mais de 100 obras construídas, quanto pela peculiaridade do conceito de “Ma”, interpretação dos espaços intersticiais de uma obra arquitetônica.
No Arquicast desta quinzena, revisamos os dois anos de premiação do Pritzker desde nosso episódio #20, que além de discutir o prêmio em si, procurou observar a tendência do júri na premiação do escritório hispânico RCR Architectes (Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta) e do indiano Balkrishna Doshi. O Pritzker de 2019 pode parecer, num primeiro momento, um retorno à tradicional linha de premiar o “conjunto da obra”. Mas, se observarmos de forma mais aprofundada, percebemos que o trabalho de Isozaki vai além. Segundo o próprio Júri, “sua arquitetura repousa na compreensão profunda, não apenas da arquitetura, mas também da filosofia, história, teoria e cultura.”
Arata Isozaki é discípulo de Kenzo Tange, ganhador do Pritzker de 1987, com quem trabalhou por 9 anos depois de sua graduação. Fez parte, junto com Tange, do Movimento Metabolista, fundado em 1959, onde desenvolveu-se a ideia de cidade do futuro, através de megaestruturas e crescimento biológico urbano. O Plano para a Baía de Tóquio (1960) de Kenzo Tange foi o mais conhecido do grupo dos Metabolistas. A contribuição de Isozaki foi a Cidade no Ar, feita em 1962: pensada em formato de árvore, o plano procurava dar “uma resposta à rápida taxa de urbanização”.
O arquiteto foi também o primeiro de seu país a trabalhar em projetos fora do Japão.Edifícios como o Museu de Arte Contemporânea em Los Angeles (1986) e o Team Disney na Flórida (1991) são suas obras mais famosas nos EUA. Na Europa, foi responsável pelo Estádio Sant Jordi para as Olimpíadas de 1992 e pelo Tribunal de Entrada da Fórum La Caixa (1992), ambos em Barcelona. Além disso, levou sua arquitetura para países como a China, Qatar, Itália e Grécia, atendendo a diferentes programas e escalas.
O trabalho de Isozaki foi interdisciplinar, trabalhando com cenografia, design de moda, além de crítico e escritor. Curiosamente, o arquiteto fez parte da primeira geração de jurados do Prêmio Pritzker, entre os anos 1979 a 1984. Curiosamente, Isozaki é o oitavo japonês a ganhar o prêmio, sendo o Japão o país mais laureado na premiação.
Entre o início de sua carreira, influenciado pelos efeitos das bombas atômicas de Hiroshima e Nagazaki até os dias atuais, Arata Isozaki é um arquiteto que sempre demonstrou qualidade projetual e a reflexão sobre sua própria arquitetura. Neste episódio, procuramos discutir seu trabalho, sua maneira de compreender o espaço arquitetônico e as peculiaridades presentes na cultura oriental. Apesar desta cultura ser o fio condutor de seu pensamento, Arata Isozaki não se nega a reinterpretar suas formas, na busca por uma constante atualização.
Comentados no episódio:
Livro:"Espaço, Tempo e Arquitetura" S. Giedion | Estante Virtual
Livro: "A disputa que mudou a Renascença" Paul Robert Walker | Estante Virtual
Livro: "Kenzo Tange Estudio Paperback" | Estante Virtual
Dissertação Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho: "O conceito Ma: o conceito Ma na conformação de espaços em Tadao Ando" | UFPE
Arata Isozaki - TIME, SPACE, EXISTENCE | YouTube
Filmes Japoneses | Lista Filmow
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20 May 2019 | Arquicast 072 – Os 100 anos da Bauhaus | 01:17:43 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Caio Smoralek Dias (@caiosmoralekdias) e Romullo Baratto (autor@ArchDaily)
Aproveitando as comemorações pelos 100 anos de sua fundação, o Arquicast #72 fala sobre a Escola Bauhaus e a influência que teve na formação de uma geração de arquitetos, além da influência na própria estruturação do ensino de arquitetura e urbanismo nos diversos cursos espalhados por diferentes continentes. Convidamos o arquiteto Caio Dias, do Portal Projetar, e o arquiteto e editor do Archdaily Rômullo Barato para este bate-papo que, de maneira informal e informativa, percorreu um pouco da história da escola, de seus fundadores e de todo o contexto que sempre influenciou os diferentes momentos vividos pela instituição.
Inicialmente sediada em Weimar e conhecida por priorizar a relação entre teoria e prática na formação profissional, a ideia da Escola nasce dos movimentos vanguardistas da virada do século XIX para o XX, especialmente o movimento Arts&Crafts na Inglaterra e o DeutscherWerkbund na Alemanha, ambos envolvidos em compreender e explorar a relação entre a nascente industrialização e os modos de produção social e urbana que impactaram o mercado de trabalho e a vida em sociedade. Será dentro do contexto sindicalizado dos trabalhadores artesãos e dos arquitetos que se destacará a figura de Walter Gropius, primeiro diretor e fundador da escola, para a qual empresta toda a sua ideologia sobre o que é arquitetura e sobre a importância utilitária do fazer artístico pertinente à disciplina de design nas suas diferentes manifestações.
Apesar de reconhecerem ao menos três diferentes etapas que marcam o percurso histórico da escola a partir de sua fundação, nossos convidados destacam a premissa de ruptura e inovação que permeou todas elas, na qual o pensamento social esteve presente na busca por uma ampliação do alcance do bom design para o cotidiano das pessoas, na valorização do saber-fazer tradicional dos mestres artesãos e na reflexão sobre o melhor emprego da tecnologia disponível, em diferentes escalas. Tal quebra de paradigma no ensino resultou num corpo docente bastante heterodoxo, com professores como JohhanesItten e sua visão individualizada do processo de ensino e aprendizagem; e também se encontra refletido na estrutura curricular e no próprio espaço físico da escola, como foi possível perceber com a construção da segunda sede, em Dessau.
O projeto do edifício de Dessau, de autoria de Walter Gropius, reflete a ideologia da escola e seu compromisso com o geniu loci de seu tempo, explicitado nos materiais e processos construtivos que caracterizam a obra. Toda a lógica de implantação, a escolha do terreno e o programa, que incluía a residência de professores e alunos, reforçam a visão de seus fundadores que muitas vezes foi de encontro aos costumes da população e até mesmo às políticas dominantes, trazendo conflitos ideológicos para o interior da escola e interferindo em sua proferida autonomia, como comentam os convidados. O período entre guerras e a ascensão do partido nazista na Alemanha são exemplos de como o contexto influiu na estrutura original da escola, física e administrativamente.
Ouça aqui para saber mais sobre as diversas nuances de uma mesma história, além de curiosidades que certamente irão enriquecer o legado de uma das mais importantes matrizes de ensino de arquitetura e urbanismo, sendo referência ainda nos dias atuais, a ver pelas centenas de celebrações mundo afora dedicadas ao tema.
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Podcast 99% invisible | episódio Froebel's Gifts
Livro:"Bauhaus" Magdalena Droste | Amazon
Palestra: "O lugar da mulher na arquitetura moderna" | Silvana Rubino | Youtube
Matéria Archdaily: "As mulheres esquecidas da Bauhuas" | link
Documentário Camarote21 | DW | link
Matéria especial Jornal Nexo | link
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03 Jun 2019 | Arquicast 073 – 11 maneiras de se tornar um(a) arquiteto(a) melhor | 01:20:27 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Aline Cruz (@alinecruzarquicast) e Ana Paula Capellano (facebook)
O cast da quinzena traz um papo leve sobre um assunto de total interesse do arquiteto. Inspirados na matéria publicada no Archdaily “11 maneiras de se tornar um arquiteto melhor (sem fazer arquitetura)”, convidamos a jornalista Ana Paula Capellano para divagarmos sobre formas não convencionais de adquirirmos habilidades gerais que podem ser aplicadas ao universo da arquitetura e urbanismo. Discorremos sobre os 11 tópicos propostos pelo texto compartilhando nossas experiências pessoais e, naturalmente, algumas divertidas discordâncias.
Entre as sugestões no campo do audiovisual, a reportagem de Ariana Zilliacus sugere jogar videogame e assistir TEDTalks como formas de lazer que repercutem positivamente no aprimoramento do arquiteto. Os games fazem parte da vida cotidiana de toda uma geração de jovens e requerem habilidades monitoras e cognitivas no engajamento com o usuário. Seja na concepção de espaços irreais/imaginários, seja na exigência corporal que demanda reflexos rápidos e capacidade de tomada de decisão. Os talks também vem se tornando uma ferramenta de aprendizagem bem-vinda para o arquiteto. Também pelo conteúdo específico que venha a abordar, mas, mais ainda, pela capacidade de síntese que demanda do orador, que tem poucos minutos para introduzir, desenvolver e concluir sua temática, e precisa, ainda, cativar a plateia exigente que o assiste. Portanto carisma, síntese e retórica são qualidades apreendidas também por quem assiste.
Os tópicos 5 (Desmontar coisas), 6 (Pintar e Fotografar) e 11 (Tocar algum instrumento musical) poderiam ser reunidos aqui pelo fato de representarem possíveis hobbies que vão muito além de simplesmente ajudar a passar o tempo. São atividades que demandam concentração multifocada - para desempenhar mais de uma ação ao mesmo tempo – persistência e sensibilidade. 3 características fundamentais ao bom desempenho do arquiteto e urbanista.
Já os itens 7 (Oferecer jantares) e 8 (Viver na Natureza) abordam oportunidades de aprendizagem quase opostas, porém complementares, e ambas podem fazer parte do cotidiano das pessoas sem requerer grandes adaptações. Ou seja, podem ser colocadas em prática hoje mesmo! Os espaços de intimidade que as oportunidades que alguns encontros sociais oferecem servem tanto às habilidades de comunicação e engajamento, quanto às que envolvem domínio técnico da pequena escala, como iluminação adequada, composição da mesa e do cenário, entre outros investimentos que se possa fazer para receber com qualidade e diferencial. Viver na natureza, por sua vez, faz lembrar à consciência da importância da vida equilibrada, do bem-estar relativo ao contato com o meio ambiente natural e de sua eminente fragilidade.
“Viajar com pouco dinheiro” (9) e “Ser voluntário em projeto social” (10) trazem para o debate a importância de uma consciência social do papel do arquiteto e da necessidade de se estar próximo da realidade das pessoas para melhor compreender suas culturas e demandas. São formas de sair de nossa “bolha social” e exercitar a empatia para com o outro e seu contexto. Habilidade mais do que necessária à contemporaneidade.
E claro, o tópico (2) “Ler literatura de ficção” naturalmente faz referência ao hábito da leitura não especializada como forma de ampliar os horizontes culturais e criativos do arquiteto. Dentre essas formas, foram mencionadas a capacidade de entender os diferentes perfis psicológicos e culturais das pessoas, a partir da criação de personagens; a capacidade de recriar imageticamente cenários e lugares descritos verbalmente nas histórias; e a capacidade narrativa de engajamento com o leitor. Quer saber mais sobre nosso ponto de vista a respeitos desses temas? Não deixe de ouvir! Até a próxima!
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
TED 2014 | Mark Ronson
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17 Jun 2019 | Arquicast 074 – Série: “A cidade no Brasil” | 00:50:14 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Aline Cruz (@alinecruzarquicast) e Isa Grinspum Ferraz (instagram), Alvaro Giannini (site)
O cast da quinzena aborda a série do SESCTV chamada “A cidade no Brasil”, inspirada na publicação de mesmo nome do antropólogo, historiador, poeta e ensaísta Antônio Risério. Quem dirige a série e é uma das nossas convidadas para o cast é a socióloga e cineasta Isa Grinspum Ferraz, que tem entre seus trabalhos a série documental “O povo brasileiro”, baseada na obra de Darcy Ribeiro, e o documentário “Marighella”, de 2012. Completando o time de convidados, o arquiteto e urbanista Álvaro Gianninni traz sua visão de expectador entusiasmado com com a proposta do canal.
O SescTV é o canal cultural do Sesc São Paulo e oferece gratuitamente pela internet - e em alguns canais por assinatura – conteúdos idealizados e produzidos por eles, a fim de valorizar as diversas formas de arte e informação cultural. Com uma programação variada, dentro da grade ou ondemand, possibilita o acesso à espetáculos musicais, teatrais, artes visuais, cultura regional e, no que tange ao nosso campo de interesse, arquitetura.
É neste nicho que se encontra a série “A cidade no Brasil”, um retrato multidimensional da formação das cidades no Brasil em diferentes tempos e enfoques. São ao todo 10 programas que buscam explorar as diferentes realidades sociais e urbanas no Brasil a partir de uma livre elaboração histórica, permeada pelo olhar poético de Risério e materializada sob as lentes cuidadosas e sensíveis de Isa Grinspum. Uma verdadeira aula sobre formas de olhar e compreender o fenômeno urbano brasileiro em sua heterogeneidade.
Os currículos de Risério e Grinspum falam por si só, mas a dupla ainda trouxe para os programas uma série de depoimentos e contribuições de especialistas e personalidades de diferentes áreas, ilustrando o caráter multifacetado com que o urbano pode ser apreciado. Caráter este também reconstituído através de imagens fílmicas de grandes cineastas, que em suas películas também fazem uma análise crítica da nossa sociedade e sua relação com o espaço que habita e modifica.
Falamos sobre a ideia por trás da série, sobre a figura de Risério e sua contribuição para a historiografia das cidades brasileiras, sobre a importância da visão poética, não especializada, como ferramenta complementar de leitura da cidade, entre outros assuntos que permeiam o universo onde arquitetura, literatura e cinema dialogam.
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Livro: "Grande Sertão: Veredas" | Amazon
Casacadabra | Pistache Editorial
Livro: "Brasil: uma biografia" | Amazon
Livro: "O processo de urbanização no Brasil" | Amazon
Livro: "Formação do Brasil colonial" | Estante Virtual
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01 Jul 2019 | Arquicast 075 – Escalas e Lugares | 00:51:20 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Aline Cruz (@alinecruzarquicast) e Fred Halfeld.
Aproveitando da oportunidade de participar da 9º Semana de Arquitetura e Urbanismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), nós do Arquicast gravamos o programa da quinzena a partir do tema que deu nome ao evento: Escalas e Lugares. Ocorrida em maio, a semana foi organizada pelos alunos do curso e contou com uma série de palestras e atividades, dentre as quais este programa especial, abordando algumas relações sobre a importância da escala e do lugar no processo de ensino e de prática de projeto, em suas diferentes dimensões. O convidado foi o arquiteto e professor Frederico Halfeld que compartilhou com a gente um pouco da sua experiência como docente, além de outras percepções sobre o tema.
Falar de escala de projeto é abordar diferentes oportunidades de intervenção na cidade, com diferentes possibilidades de aquisição de conhecimento. Na conversa que tivemos encaramos a escala não apenas como o tamanho do projeto, mas também a intensidade de seu impacto em determinado contexto, sua influência sobre os usuários, a complexidade de suas atividades e correspondências espaciais. Quais desafios são observados em cada uma das modalidades de projeto que as diferentes escalas oferecem ao arquiteto? Abordamos um pouco dessas questões a partir das experiências de ensino em projeto arquitetônico e projeto urbano.
Seguindo semelhante compreensão, ao abordarmos a questão do lugar procuramos demonstrar a complexidade inerente ao tema, que transcende a materialidade física do construído. Abordar o lugar enquanto uma condicionante do projeto envolve dimensões simbólicas e temporais pertinentes a outros campos do conhecimento, mais sensíveis aos fenômenos culturais, econômicos e sociais que configuram a realidade urbana.
Quando essas questões tangenciam a problemática da formação do arquiteto, ou seja, vistas pelo prisma do ensino de projeto, escalas e lugares ganham ainda maior relevância porque ajudam a estruturar a sequência e a interdisciplinaridade dos saberes necessários à prática arquitetônica e urbana. Por exemplo, os temas de cada disciplina de projeto e seu faseamento na grade curricular de cada período/ano do curso têm impactos na definição do instrumental necessário ao respectivo processo projetual e impactam também as demais disciplinas correlatas na grade.
Outro aspecto levantado no bate-papo foi a influência de problemas da sociedade urbana, local e global, na definição dos objetivos do ensino e, por consequência, nas escalas e lugares oportunizadas na experiência projetual. Temáticas como mudanças climáticas, desigualdade social, instabilidade política, crescimento urbano, para citar algumas, são parte do debate contemporâneo sobre a cidade e sobre a qualidade de vida na cidade, sendo, portanto, objetos de interesse da formação do arquiteto e do projeto.
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Livro: Acupuntura Urbana. Jaime Lerner | Estante Virtual
Podcast "O Aluno do Futuro" | Braincast 299
Livro: SMLXL. Koolhaas e Bruce Mau | Amazon
Vampire Weekend | site | Album Father of the Bride | Spotify
Corredor Cultural JF | site
Pint of Science | site
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15 Jul 2019 | Arquicast 076 – Os 25 anos do Programa Favela-Bairro | 01:02:25 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Aline Cruz (@alinecruzarquicast), Jacira Saavedra (facebook) e João Huguenin (facebook).
Este ano o Programa Favela-Bairro completou 25 anos desde sua criação e vários eventos e artigos repercutiram o assunto, fazendo um balanço dos impactos do programa na questão habitacional urbana nas cidades por ele contempladas. (link) Nós do Arquicast também abordamos o assunto no cast 76, já disponível em nossas plataformas.
E para tratar do tema chamamos, como de costume, dois colegas especialistas em diferentes enfoques dentro do campo de habitação social no Brasil. São eles: Jacira Saavedra, arquiteta e doutora em Urbanismo, com larga experiência na área de projetos e concurso de projetos, além de coordenadora da equipe vencedora com louvor do concurso Morar Carioca, organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. E João Paulo Huguenin, arquiteto, mestre em Urbanismo (PROURB/UFRJ) e doutorando pelo mesmo programa, onde pesquisa sobre projetos colaborativos em habitação de interesse social na América Latina. Em seu currículo constam ainda participações e premiações em concursos de projeto e trabalhos em ensino, pesquisa e extensão sobre assessoria técnica para movimentos sociais de moradia.
Entender o programa Favela-Bairro e o contexto em que foi criado envolve trazer a tona o conceito de favela e os adventos históricos que contribuíram para o seu surgimento e expansão. O processo de favelização é parte ativa do crescimento urbano carioca há mais de 100 anos e durante este tempo foi objeto de diferentes iniciativas de políticas públicas com diferentes ideologias. No princípio do século XX alguns paradigmas do urbanismo higienista nortearam as políticas públicas para uma visão negativista da favela, tendo o processo de remoção de comunidades inteiras como resultante física desta visão.
Em contraposição à visão da remoção como solução para o crescimento e adensamento urbano, surgiu, entre as décadas de 60 e 70, a proposta de urbanização de favelas não como uma erradicação de um problema, mas como uma alternativa para a questão de acesso à moradia para a população de baixa renda, provocando uma polarização no debate nacional sobre o tema.
O programa Favela-Bairro surge como alternativa desta visão mais recente, que entende a urbanização de áreas já consolidadas como premissa democrática pertinente às políticas públicas voltadas para a coletividade. O foco é na adequação da infraestrutura urbana que garante o direito à cidade como direito de todo o cidadão e, assim sendo, as propostas não contemplavam necessariamente a construção da moradia em si, mas de toda a rede urbana indispensável à função plena do habitar.
A distância temporal desses 25 anos de construção de conhecimento sobre intervenção em favelas permite o olhar crítico e as ponderações sobre erros e acertos do programa. E foi esta oportunidade que nos possibilitou conversar sobre o tema e sobre os rumos da política habitacional no Brasil a partir destas experiências. Ouça o cast para saber mais! Até a próxima!
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Canal Youtube | Não vai cair no ENEN
Filme: "5x favela, agorapor nós mesmos" | Globofilmes
Provocações 61: Moradores de Rua | YouTube
Profissão Repórter: Crescimento das Milícias
Livro: A Estética da Ginga. A arquitetura da Favela | Amazon
Podcast: Foro de Teresina | Revista Piauí
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29 Jul 2019 | Arquicast 077- Arquitetura e Cinema: Paris, je t´aime | 01:06:09 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Aline Cruz (@alinecruzarquicast), Kiko Barbosa (facebook) e Janaina Pereira (facebook).
Em mais um episódio da série Arquitetura e Cinema, o Arquicast traz o filme Paris, Eu te Amo para a pauta. Além dos podcasters de sempre, o cast conta com a participação da publicitária e jornalista Janaina Pereira, pós-graduada em Cinema e colaboradora em vários veículos sobre entretenimento. Janaína participou ainda do cast #58 sobre o filme Her. Outro convidado nada estreante no Arquicast é o diretor de fotografia e cinéfilo Kiko Barbosa, que sempre traz insights interessantes para nossas conversas.
Paris, eu te amo é o primeiro filme da franquia Cities of Love, idealizada e desenvolvida pelo produtor, roteirista e diretor francês Emmanuel Benbihy. Iniciada em 2006, a franquia busca abordar de forma sensível a relação entre pessoas e as cidades em que moram, tendo como pano de fundo histórias de amor. Entre os objetivos de Benbihy está o de ilustrar as diversas formas de amor no contexto das grandes metrópoles mundiais.
Além de Paris, eu te amo, somam-se à franquia os já consagrados Nova Iorque, eu te amo (2008) e Rio, eu te amo (2014), sendo todos eles em formato de “collective feature-films”, ou seja, são pequenos episódios de mesma duração que contam diferentes histórias numa mesma cidade. Cada episódio conta com um diretor específico que narra a cidade à sua maneira, oportunizando para nós, arquitetos e urbanistas, a valorosa experiência de ver tais cidades sob diferentes enfoques poéticos.
No filme sobre Paris foram 18 episódios e 22 diretores que exploraram diversos bairros e lugares icônicos da cidade, os quais dão o nome e o caráter de cada história. Montmartre, Tour Eiffel, Madeleine, Père-Lachaise, para citar alguns, são lugares revelados através das relações afetivas entre as personagens. Por mais que elenco e roteiro sejam alguns dos pontos altos do filme, a cidade de Paris se sobressai em suas múltiplas realidades. Seja através dos cartões-postais mundialmente reconhecidos, seja nas esquinas corriqueiras, porém tão características, dos bairros parisienses, a cidade pulsa nas lentes e ajuda a dar visibilidade ao cotidiano poetizado na tela.
Apesar da temática do amor ser o ponto de partida das histórias, tal amor é retratado em diferentes nuances e os diretores não se furtam à abordar assuntos polêmicos e atuais que acompanham a imagem de Paris na contemporaneidade. Questões como imigração, racismo, desigualdade social, são centrais à alguns episódios e a cidade que deles participa reflete as idiossincrasias da metrópole contemporânea no contexto europeu. Esses e outros aspectos fazem do filme um exercício de leitura urbana bastante enriquecedor e você pode acompanhar um pouco mais sobre essas reflexões ouvindo nosso cast por aqui (link). Até a próxima!
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Under Construction
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05 Aug 2019 | Arquicast 078 – Entrevista: SuperLimão | 00:56:36 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Thiago Rodrigues e Lula Gouveia do SuperLimão Studio
Acompanhe nossa nova série de entrevistas. Estréia com SuperLimão Studio!
Projetos comentados na entrevista:
Loja Carbono: https://www.archdaily.com.br/br/774676/carbono-superlimao-studio/
Apartamento Copan: https://www.archdaily.com.br/br/870054/apartamento-copan-superlimao-studio/
Casa GSC https://www.archdaily.com.br/br/901982/gsc-superlimao-studio-plus-gabriela-coelho/
Beco do Batman http://www.superlimao.com.br/item/beco-do-batman/
Google São Paulo: http://www.superlimao.com.br/item/google-campus-sao-paulo/
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
FILE - Festival internacional de Linguagem Eletrônica - Fiesp
EL CROQUIS - Edição Digital
Arquitetura Japonesa em 7 aulas | Archdaily
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12 Aug 2019 | Arquicast 079 – Arquitetura de Museus | 01:02:59 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha Rodrigues (@_rapha), Aline Cruz (@alinecruzarquicast) e Cadu Ribeiro (@cadu)
Segundo Flávio Kiefer, os museus são tão antigos quanto a própria história da humanidade. Eles existem desde que o ser humano começou a colecionar e guardar objetos de valor em salas construídas especialmente para esse fim. Hoje, os museus são mais do que ambientes que organizam a história: seus programas são diversos e complexos, seus espaços flexíveis, e as inovações são constantes nas áreas de conservação, exibição e iluminação da obra de arte. O Arquicast da semana conversou com o arquiteto e especialista Carlos Eduardo Ribeiro sobre Arquitetura de Museus e todo o debate que envolve este prestigiado programa arquitetônico.
Começamos nosso cast atualizando o conceito de museu a partir do que estipula o Conselho Internacional de Museus (ICOM - https://icom.museum/en/), que parece caminhar para uma aproximação da instituição museu com a população. Mais do que adquirir para colecionar e exibir, os museus vêm se tornando centros de estudo e pesquisa, local de aprendizagem e deleite sobre a arte em suas mais diferentes formas, à serviço da sociedade. E tal interesse de aproximação com a população em geral parece surtir efeito, na medida em que o número de visitantes cresce a cada ano em diferentes países, inclusive no Brasil.
Naturalmente, a arquitetura é parte essencial do ato de expor objetos de arte e estes nunca estiveram dissociados daquela. Pelo contrário, parte da evolução do museu como um espaço de valor arquitetônico se deve à própria evolução da noção de arte e sua relação com o espectador. Além de ser um objeto com programa de necessidades em constante ampliação, o que torna o museu uma oportunidade de projeto bastante sedutora para qualquer arquiteto e sempre com grande repercussão social.
Passamos também pela definição dos termos museografia e museologia e como ambos ajudam a construir instrumentos teóricos e práticos que auxiliam na leitura e feitura desses espaços. Termos que também acompanharam as mudanças de paradigma de cada época, desde o século XVIII até os dias atuais, refletindo em tipologias diferentes de edifícios em sua configuração espacial e em seu programa.
Para além de sua espacialidade interna, o museu é também instrumento de transformação urbana, como demonstraram alguns exemplos já clássicos, tendo no Guggenheim de Bilbao, de Frank Ghery, o exemplo maior neste sentido. Ou seja, quando a arquitetura torna-se o próprio objeto de interesse de quem o visita e o debate sobre o espaço ultrapassa a relação com a obra de arte. Temática da nossa contemporaneidade, apesar de polêmica, é bastante pertinente no contexto de globalização cultural em que vivemos.
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Under Construction
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27 Aug 2019 | Arquicast 080 – Frank Lloyd Wright | 01:24:15 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Aline Cruz (@alinecruzarquicast) e Renato Anelli (Lattes)
Uma das figuras mais importantes do mundo da arquitetura no século XX e com um legado pertinente ainda nos dias atuais. Sua formação começa pela Escola de Chicago, mas logo se destaca dos demais pares de sua época.
Sua vida pessoal foi bastante turbulenta: relacionamentos extraconjugais, tragédias pessoais, problemas com os filhos. A vida profissional, marcada por altos e baixos: do auge de consolidar um novo ideal norte-americano de habitação, ao ostracismo pela ausência de encomendas de grandes projetos.
Em sua carreira houve ainda espaço para a criação de uma escola de arquitetura e uma forma muito peculiar de ensinar, cobrando de seus alunos afazeres de uma vida comunitária. Entretanto, ao longo de sua vida e especialmente ao final dela, teve reconhecimento mundial por sua contribuição à evolução da arquitetura e pelos projetos emblemáticos que realizou. Não por acaso a Unesco acaba de incluir 8 de suas obras à lista de patrimônios mundiais da humanidade. Estamos falando dele, Frank Lloyd Wright!
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Comentados no episódio:
Documentário "Ken Burns' America - Frank Lloyd Wright" | Parte 1 | Parte 2 |
Under Construction
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02 Sep 2019 | Arquicast 081 – 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo | 00:48:48 | |
Participam: Vanessa Grossman (LinkedIn), Ciro Miguel (site), Adilson Amaral (@adilsonamaral) e Rapha (@_rapha)
Todo dia, a décima segunda edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (XII BIA), propõe aos profissionais e ao público a refletir sobre o cotidiano - a dimensão mais trivial da realidade - na arquitetura e no ambiente construído do século XXI. A Bienal promete apresentar práticas e projetos que vão da construção ao design, planejamento, fotografia, pedagogia, pesquisa, políticas públicas e ativismo, transpassando disciplinas, escalas e fronteiras.
Com participantes de várias partes do Brasil e de vários lugares do mundo, a Bienal terá como lar dois edifícios-manifestos do cotidiano de São Paulo: o Centro Cultural São Paulo (CCSP) e o Sesc 24 de Maio. O tema traz para os visitantes a necessidades de olhar os espaços ordinários com atenção, poesia e como espaço do nosso cotidiano, inerentes à profissão do arquiteto, que hoje se vê cada vez mais chamado a construir um “todo dia” melhor. Estrevistamos os curadores Vanessa Grossman e Ciro Miguel, que vão contar o que vai acontecer na 12ª Bienal de Arquitetura de São Paulo!
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Bienal | site
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07 Sep 2016 | Arquicast 004 – Habitação no Brasil: o déficit e o lucro. | 01:11:07 | |
A habitação no Brasil é assunto espinhoso. Mas Adilson (@adilsonlamaral), Rapha (@_rapha), Érico Costa(@costaerico) e Eduardo Monnaka(@zigumonnaka) se propuseram a discutir as causas e efeitos dos empreendimentos habitacionais, desde os de alta renda ao programa Minha Casa Minha Vida. E fica a pergunta: para onde vamos?
Comentados no episódio:
Thats 70´s Show | IMDB
Goonies e a Hipoteca | YouTube
Filme: "Moro na Tiradentes" de Henri Arraes Gervaiseau, Claudia Mesquita | Matéria | Agência Fapesp | Matéria SPTV
John Habraken | Open Building | Open Building Implementation | Material para download
Globonews | A crise da habitação nas cidades brasileiras.
TED talks | Sobre habitação
Arquiteturas: Copromo (Trailer) | Matéria Archdaily | Site Usina
Blog: Cidades - pra que(m)? | João Sette Whitaker
OFF TOPIC: Não está no episódio, mas é uma p* aula do Criolo. Entrevista Canal Brasil
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Este episódio foi patrocinado novamente pelas deliciosas tortas finas da Donivone!
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09 Sep 2019 | Arquicast 082 – Livros clássicos: Da Bauhaus ao nosso caos (Tom Wolfe) | 01:18:05 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha (@_rapha), Caio Smoralek (Studio CSD), Guga (@gooogla) e João Queiroz Krause.
Este livro curto e ácido conta, pela perspectiva de um americano, a arquitetura moderna do século XX como um “reduto”, onde apenas iniciados podem ingressar no debate e apreciar suas obras. A sua avaliação sarcástica atinge os modernos e os pós-modernos, ou seja, não poupa ninguém. E, por fim, tenta relatar como esse mesmo reduto se mantém deslocado dos desejos e interesses dos usuários ou, como ele mesmo chama, os “clientes”.
O texto é marcado pela agilidade e sarcasmo do chamado New Journalism, descrevendo o círculo da arte contemporânea dos EUA como uma “aldeia” que privilegiava o expressionismo abstrato em função da pintura figurativa. Assim como o seu autor, o jornalista Tom Wolfe, os críticos aos livros foram muitos. Um deles, Michael Sorkin, diz que "Tudo que Tom Wolfe não sabe sobre a arquitetura moderna daria para encher um livro. E encheu, de fato, ainda que seja um bem fininho”. Já Paul Goldberger diz que “Ele faz exatamente aquilo contra o que nos adverte: ele escutou as palavras, não olhou para a arquitetura". Será? Hoje, na série Livros clássicos, vamos falar do livro Da Bauhaus Ao Nosso Caos!
Link para matéria no ArchDaily
Comentados no episódio:
Livro: "Da Bauhaus ao nosso Caos" | Kindle | 4shared
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17 Sep 2019 | Arquicast 083 – Entrevista: Bacco Arquitetos | 00:39:39 | |
Participam: Marcelo Barbosa | Bacco Arquitetos (lattes), Adilson Amaral (@adilsonamaral) e Guga (@gooogla).
Já está no ar mais um episódio Arquicast Entrevista. Nesta série sempre convidamos um ou mais representantes de um escritório de referência. Esta semana foi a vez do Bacco Arquitetos Associados. Há 25 anos no mercado, eles se intitulam como um escritório pluridisciplinar que procura equilibrar o lado empresarial com a atmosfera de ateliê no cotidiano do escritório, onde não faltam espaços para discussões e a reflexão crítica. Atuam com uma gama diversificada de tipologias,abrangendo de centros logísticos à edifícios residenciais e industriais.
Suas obras são objeto de publicações em revistas especializadas e duas delas fazem parte do acervo permanente do Centre Georges Pompidou em Paris: as Estações de Transferência do Sistema de Corredores de Ônibus da cidade de São Paulo e o Residencial Pedro Facchini, projeto habitacional da Cohab. Marcelo Barbosa, sócio do escritório, doutor em urbanismo pela FAU/Mackenzie e professor na mesma faculdade, foi quem conversou com a gente sobre essa experiência. Além dele, participou também arquiteto Gustavo Novais.
Nesta conversa Marcelo pode falar um pouco sobre o ambiente de trabalho em um escritório com tantas demandas diferentes de projeto. A pesquisa é um instrumento constante do trabalho investigativo do arquiteto e de sua equipe, que aplica à sua prática os ensinamentos teóricos advindos de seu exercício acadêmico. Um exemplo disso foi sua tese de doutorado sobre o arquiteto alemão Franz Heep, com uma grande produção de edifícios paulistas nas décadas de 40 e 50, e que passou a ser uma influência nos estudos dos módulos habitacionais mínimos e suas condicionantes de conforto térmico e iluminação.
O arquiteto ressalta a necessidade de uma visão empresarial na condução administrativa e financeira do escritório, que dá conta de demandas de vários projetos de grande escala ao mesmo tempo, como aeroportos e centros de inovação. Mas tal organização não é apropriada apenas ao cotidiano pragmático da empresa, mas também permite que o escritório se dedique a outros perfis de projeto que desempenham a função de manter o ambiente de produção numa atmosfera criativa, apesar das responsabilidades e prazos com os quais precisam lidar. Não é incomum a equipe participar de concursos de projeto em paralelo ao desenvolvimento e execução de projetos de grande infraestrutura, por exemplo. A colaboração com outros escritórios também é uma constante na metodologia de trabalho da equipe.
Dificuldades fazem parte da trajetória de qualquer escritório, especialmente quando se busca inovação e reflexão sobre as formas de trabalho. Marcelo é bastante honesto neste sentido e aponta os obstáculos das mudanças na matriz tecnológica de desenho e a compatibilização necessária com as diferentes especialidades que compõe um projeto arquitetônico e urbano. Comenta ainda sobre as características generalistas da formação e da prática do arquiteto, o que demanda estudos específicos para tipologias mais particulares, fazendo do profissional um eterno aprendiz na arte de criar espaços.
Link para matéria no ArchDaily
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23 Sep 2019 | Arquicast 084 – Mercado de Trabalho: erros, acertos e carreira | 01:41:51 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Aline Cruz (@alinecruzarquicast), Rapha (@_rapha) e Bruno Sarmento (facebook)
Palestra organizada pela Oficina Teia. Realizada em 30/08/2019.
Nós do Arquicast tivemos a oportunidade de participar de um evento sobre mercado de trabalho e as primeiras experiências profissionais, evento esse organizado pelos arquitetos da Oficina Teia, que reúne um grupo de escritórios parceiros em Juiz de Fora (MG). Junto com o arquiteto juiz-forano Bruno Sarmento, falamos de maneira descontraída sobre nossas experiências profissionais, estágios, mercado, tecnologia, entre outros assuntos do interesse de nossa disciplina. Um bate-papo esclarecedor sobre as dificuldades de se começar numa profissão e como cada experiência pessoal interfere nos rumos da carreira que escolhemos.
Nosso papo começa pela importância do estágio na vida do estudante para sua formação técnica e para seu amadurecimento emocional. Com diferentes oportunidades e perfis, compartilhamos nossas histórias e o que aprendemos nessa caminhada. Comentamos também sobre o lado de quem contrata: como escolher um perfil, quando falar não, o que pode ser cobrado, entre outros temas naturais à essa troca de saberes tão comum no ambiente de produção de arquitetura dos escritórios de projeto.
Abrir seu primeiro escritório com amigos é uma prática bastante comum entre os arquitetos recém-formados. Seja trabalhando nos seus próprios projetos ou para outros escritórios, a sedução de concretização de uma ideia atrai a maioria dos que se formam, mas nem sempre garante uma iniciação profissional tranquila e sem tropeços. Pelo contrário. Vários aspectos não previstos interferem e alteram os planos que estabelecemos para nós mesmos profissionalmente: sociedade, estabilidade financeira, interesses pessoais, crises externas, mudanças tecnológicas, novas oportunidades de trabalho. Ainda assim, nossas conversas apontam para a característica plural da arquitetura e os possíveis escopos de atividades que ela permite.
Neste sentido, parece haver espaço para os diferentes perfis de arquitetos e é na ampliação desse entendimento que está uma das respostas ao mutante e instável mercado de trabalho em nossa área. Empreender na construção civil, investir na carreira acadêmica, trabalhar com desenvolvimento tecnológico, especializar em design de objetos, coordenar grandes equipes em projetos multidisciplinares... Há muitas opções para o arquiteto e urbanista desenvolver suas habilidades, inclusive na área de comunicação, como é o caso do nosso podcast. Algo que certamente não podíamos prever logo que nos formamos.
Outra condição de difícil previsibilidade e que altera profundamente as formas de trabalhar com arquitetura é a tecnologia aplicada à produção projetual. Em menos de 20 anos os modos de desenhar se alteraram completamente e impuseram mudanças na organização do espaço de trabalho, na comunicação com as disciplinas parceiras e complementares à arquitetura e na própria formação acadêmica. E nada é definitivo no que tange às maneiras de trabalhar, fazendo com que a capacidade de atualização e adaptação seja uma das principais qualidades que o profissional da arquitetura e da cidade precisa cultivar. Vários exemplos foram comentados sobre a influência dessas questões no dia-a-dia dos convidados.
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30 Sep 2019 | Arquicast 085 – Entrevista: Terra e Tuma | 00:55:04 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Aline Cruz (@alinecruzarquicast) e Danilo (site Terra e Tuma)
O Arquicast Entrevista da semana traz um escritório paulista, com 4 sócios que entendem o valor e a importância de um projeto de arquitetura para o cliente. Com experiências múltiplas em tipologia e escala de projeto, buscam pesquisar e desenvolver novas formas de fazer arquitetura e o resultado é um trabalho contemporâneo. Seus projetos já foram exibidos em Bienais como as de Veneza, Rotterdam e Quito e foram vencedores de diversos prêmios nacionais e internacionais. Um dos projetos mais emblemáticos da história do escritório foi uma casa feita para uma cliente muito especial: a Dona Dalva, que juntou o dinheiro de anos de trabalho para construir sua casa na Vila Matilde. Quem conversou com a gente foi o Danilo Terra, do Terra e Tuma Arquitetos Associados!
Danilo compartilha com a gente um pouco da rotina do escritório que divide com outros três sócios: Fernanda Sakano, Pedro Tuma e Juliana Terra. Com treze anos de atuação no mercado, o atual formato mais enxuto da equipe nem sempre foi o mesmo. Como é comum aos escritórios com muitos anos de experiência, a equipe de arquitetos e estagiários é variável e a estrutura de produção de projetos já foi maior, dando conta de um número maior de clientes ao mesmo tempo. Experiência que, entretanto, ajudou os quatro sócios a reavaliar a dinâmica de trabalho que estavam construindo e, consequentemente, o tamanho da empresa.
Hoje a empresa conta apenas com os sócios na produção de todas as etapas de projeto, além das demandas administrativas típicas do empreendimento. Essa formatação permitiu aos arquitetos retomar algumas práticas que, numa estrutura maior, acabavam delegadas ao restante da equipe, como por exemplo a proximidade com o desenho e detalhamento, assim como maior tempo dedicado ao canteiro de obra a ao bom relacionamento com as equipes parceiras da execução.
O tamanho menor significou ainda maior flexibilidade para adaptação às demandas dos clientes, uma vez que reduziram-se as distâncias entre a concepção, a produção e o acompanhamento dos projetos, facilitando a comunicação e estabelecendo laços mais fortes. O que, para Danilo, traz maior satisfação não só para quem contrata, mas para os próprios arquitetos, mais atentos e sensíveis a todo o processo.
Com reconhecimento internacional no âmbito dos projetos residenciais, o escritório se destaca pela forma investigativa de lidar com o programa. Nesse sentido, parte do sucesso que seus projetos têm se deve à característica de compreender o habitar não como uma atividade isolada e específica, mas como parte de uma rede de atividades sociais as quais ajuda a estabelecer. É notória a preocupação com o entorno em seus projetos e a busca por conexões que compartilhem com o ambiente urbano o conjunto de qualidades que se pretende para a edificação em si.
Link para matéria Archdaily
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07 Oct 2019 | Arquicast 086 – Conselhos para exercer Arquitetura como autônomo | 00:58:14 | |
Participam: Adilson Amaral (@adilsonamaral), Rapha (@_rapha), Naiara Valéria e André Miguel do escritório Arquitetura Líquida.
Já está no ar o cast #86 e nele aprofundamos o conteúdo do artigo “Conselhos para exercer a arquitetura como autônomo”, escrito por Caterina De La Partilla, arquiteta espanhola e mentora profissional. De forma bastante enfática a autora chama a atenção sobre as novas características e demandas do mercado profissional em arquitetura e de como o arquiteto precisa saber se inserir nele. Quem conversou com a gente foram os jovens arquitetos André Miguel e Naiara Valéria, que optaram por trabalhar como autônomos e hoje vivem as vantagens e desvantagens dessa escolha.
De acordo com Caterina, “apenas 20% das pessoas que estudaram arquitetura nos últimos 10 anos podem exercer como tal com condições dignas e perspectiva de crescimento.” O que a autora pretende salientar com a afirmativa é a realidade onde a grande maioria dos profissionais atuantes no mercado privado (80%) disputa o mesmo perfil de cliente e oferece o mesmo perfil de produto, exacerbando a já consolidada concorrência entre esses arquitetos. E que grande parte da responsabilidade por essa situação é da própria classe, como o artigo tenta demonstrar. Mas há caminhos alternativos?
Parte da questão, de acordo com a arquiteta, está no perfil profissional priorizado nos anos de formação, mais focado nas habilidades criativas que no pragmatismo necessário para consolidar um modo de vida. Entender que o arquiteto é um “solucionador de problemas”, do ponto de vista mercadológico, é uma maneira de ampliar o escopo do que o arquiteto tem para oferecer na medida em que ele pode detectar quais problemas ainda precisam de solução e criar diferenciais a partir disso, destacando-se do restante da concorrência.
Outra premissa sugerida por Caterina é a de que todo negócio é uma ciência, e arquitetura não foge à regra. Descobrir o seu diferencial é o primeiro passo, mas depois é preciso saber qual o seu público-alvo e como convertê-lo em clientes de fato. Para além de toda criação evolvida no processo de conceber e executar projetos há a necessidade real de sustentar o negócio e isso se resolve matematicamente, contabilizando os custos e estimando as entradas a partir do número mínimo de projetos necessários à viabilização do seu escritório.
O que a autora propõe como provocação é o imperativo dos arquitetos deixarem de pensar romanticamente sobre a profissão e adotar uma atitude mais objetiva, e portanto, mais positivista sobre sua ocupação e o objetivo final de todo meio de trabalho: sustentar um bom nível de vida e de contínuo aprimoramento profissional. Ou seja, a realização profissional também vem da valorização salarial e da estabilidade que ela proporciona.
Na prática, como nossos convidados salientaram, não é tão simples pragmatizar o cotidiano de um escritório de arquitetura em um mercado instávele em um contexto econômico e político desfavorável como o atual. Nem sempre será o projeto tradicional para um cliente determinado o seu produto mais lucrativo. Licitações, concursos, estudos de viabilidade, entre outros, podem vir a ser componentes fundamentais do orçamento de um escritório, seja ele iniciante ou não. Mas certamente uma atitude objetiva e pró-ativa quanto à prospecção de trabalho futuro será sempre bem-vinda em qualquer contexto profissional.
Comentados no episódio:
Site Arquitetura Líquida | Perfil Archdaily
Livro: "O Que É Meu É Seu - Como o Consumo Colaborativo Vai Mudar o Nosso Mundo" | Saraiva
Bootcamp Sebrae | site
Podcast Mamilos | Improviso: estratégia de sobrevivência
Livro: "Vinte Edifícios Que Todo Arquiteto Deve Compreender" Simon Unwin | Saraiva
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14 Oct 2019 | Arquicast 087 – Entrevista: ArqBr | 01:13:43 | |
Em mais um episódio no formato de entrevista, saímos do eixo Rio-São Paulo e conversamos com uma turma boa de Brasília.
Fundado em 2013, este escritório tem como origem a colaboração profissional entre os arquitetos Eder Alencar e André Velloso. A soma das experiências individuais e
Essa equipe conseguiu resultados expressivos através da atuação em concursos públicos de projetos de arquitetura, como a primeira colocação no concurso do Centro Educacional Crixá, das Unidades Habitacionais Coletivas em Sobradinho, da Sede do IAB em Tocantins, do Complexo do Ministério Público da Paraíba e da Praça Magna da Universidade de Brasília, além de diversas premiações que podem ser vista no site da equipe.
Nossa conversa é com Eder Alencar e André Velloso do O ArqBr Arquitetura e Urbanismo! Ouve aí!
Comentados no episódio:
Site ArqBr | Perfil Archdaily
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21 Oct 2019 | Arquicast 088 – Como funciona um coletivo | 01:04:12 | |
Certamente você já ouviu falar em coletivos, co-working e outros formatos de escritórios colaborativos. O programa disponível a partir desta semana trata deste assunto, bastante pertinente na contemporaneidade, especialmente para as gerações recém-chegadas ao mercado de trabalho. Os coletivos são aqueles espaços que reúnem diferentes escritórios, com objetivos semelhantes, para produzir arquitetura e pensamento sobre a cidade.
Para além da questão de viabilidade financeira e networking, dividir o espaço de trabalho também é uma maneira de agregar pessoas em torno de ideais afins para a realização de projetos comuns. E é este o sentido que nossos convidados procuraram dar quando decidiram trabalhar juntos na construção desse modelo de negócio. Conversamos com os sócios Domitila Almenteiro e Pablo de Las Cuevas, do Muta Arquitetura, e com a graduanda em Ciências Sociais, Sylvia Bomtempo. Junto com outros parceiros eles fundaram a Casa de Estudos Urbanos, no Rio de Janeiro, que abrigou o grupo até o final de 2018.
A história dos jovens arquitetos reflete uma realidade comum a muitos recém-formados: uma empatia entre colegas com objetivos de vida parecido e uma vontade de fazer arquitetura de forma mais consciente, com processos mais participativos e que repercutissem socialmente, ajudando a transformar o cotidiano de nossas cidades e seus cidadãos. Este desejo de transformação é natural à mente mais aberta de quem acabou de entrar no mercado de trabalho e que sabe que há muito por fazer na construção de espaços mais justos e acessíveis a toda população. Mas por onde começar?
Boa parte da conversa aborda as características desta forma de organização, materializada na Casa de Estudos Urbanos, que permitiu aos arquitetos unir esforços em prol de um comprometimento em realizar não só a arquitetura para o cliente formal, mas também ações temporárias de ativação do espaço urbano, buscando estimular na população um sentido de urbanidade compartilhada, tão ausente do convívio das pessoas com os espaços públicos.
Dividir espaço físico e custo é uma maneira pragmática de viabilizar a base necessária para a criação de projetos, mas não garante por si só a sustentabilidade financeira do empreendimento. E, portanto, foi preciso equilibrar os tipos e as quantidades dos projetos para que a receita pudesse cobrir as contas e também o desejo de atuar socialmente através da transformação do espaço físico da cidade, ainda que com eventos e intervenções temporárias. Neste sentido, a parceria com escritórios e profissionais de diferentes áreas, uma característica deste modelo de negócio, atua a favor da realização desta dupla vocação, na medida em que amplia as formas de colaboração, integrando diferentes atores e capacidades. Até a próxima!
Comentados no episódio:
Muta | Site
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28 Oct 2019 | Arquicast 089 – Entrevista Gustavo Penna (GPA&A) | 01:01:00 | |
O Arquicast Entrevista da semana fala sobre o trabalho de um arquiteto mineiro com reconhecimento internacional. Formado pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1973, fundou seu escritório GPA&A no mesmo ano e desde então estáinstalado em um casarão centenário no centro de Belo Horizonte. Conquistou diversos prêmios internacionais e seus trabalhos já foram expostos no Brasil e no mundo, como a Bienal de Arquitetura, em São Paulo, a Bienal de Veneza, a Trienal de Arquitetura Mundial, em Belgrado e o InstitutFrançais d’Architecture, em Paris.Estamos hoje com Gustavo Penna e a Laura Penna, da Gustavo Penna Arquitetos e Associados!
Num bate-papo bastante descontraído, Gustavo e Laura falam com entusiasmo do processo de projeto no escritório e das influências em sua arquitetura. A referência à nomes consagrados da arquitetura brasileira aparece como natural ao ambiente de produção. Mas chama a atenção a importância que dão às outras disciplinas como alimento ao processo criativo e operacional do arquiteto. O convívio com artistas é mencionado como forma de valorizar o olhar sensível e ampliar o repertório poético da criação. A interdisciplinaridade com outros saberes da ciência urbana também contamina o cotidiano da prática, sendo a presença de geógrafos, sociólogos, engenheiros, entre outros, uma constante na dinâmica do escritório, que opera em diversas demandas programáticas e escalas diferentes.
A busca da pluralidade é um modus operandi da equipe. Se reflete na diversidade de projetos, que demandam uma postura curiosa e uma disponibilidade em aprender sempre, e se reflete no espaço físico de trabalho, onde são comuns a realização de celebrações e encontros entre os membros do escritório e com convidados externos, estimulando um ambiente de criatividade, mas também de familiaridade entre todos. Tal dinâmica impacta ainda na maneira sensível com que os projetos são abordados e na atitude empática que é constantemente incentivada no trato com o outro e na própria visão do papel da arquitetura como criadora de espaços de encontro e trocas entre as pessoas.
A mineiridade naturalmente foi tema de pauta e como ela se manifesta na arquitetura do escritório. Mais do que a transposição literal de formas de fazer ou de escolas de linguagem, o que os arquitetos apontaram foi um orgulho em ser mineiro e na riqueza cultural que o estado oferece. A necessidade de uma arquitetura original, vernacular, nos tempos coloniais parece ter germinado uma vocação criativa e um olhar contextualizado que estão presentes nas produções artísticas mais variadas e características de Minas. Música, dança, pintura, arquitetura, são temas caros aos mineiros. Como também o é a típica paisagem de morros, com a predominância da topografia como um atributo essencial no processo de projeto. Tanto no estudo da implantação no terreno, quanto das potencialidades visuais naturais das perspectivas que o território proporciona.
Comentados no episódio:
Gustavo Penna Arquiteto e Associados | Site
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04 Nov 2019 | Arquicast 090 – O que é BIM | 01:01:27 | |
A arquitetura e o urbanismo do século XXI tem em mãos inúmeras tecnologias que auxiliam arquitetos e planejadores a pensarem o espaço. Atualmente, inovações como realidade aumentada, renderizações hiper-realistas, impressão 3D, entre outras, fazem parte do cotidiano da profissão. Mas é possível que nenhuma delas influencie tanto o processo de projeto como a tecnologia BIM, sigla para Building Information Modelling (ou a Modelagem da Informação da Construção). Sua aplicação impõe aos arquitetos uma nova maneira de abordar a construção de nossas edificações.
Como convidados, José Ricardo Munch, arquiteto, BIM manager, professor e coordenador de Pós-Graduação. Trabalha como consultor na implementação do BIM em empresas de projeto e construtoras. Além dele, Maria Fernanda Moraes, arquiteta, mestranda em Gestão do Ambiente Construído, com dissertação focada no aparelhamento BIM em empresas de projeto atuantes no setor de Licitação Pública.
Um dos erros mais comuns – e induzido pela própria nomenclatura – é associar o BIM ao projeto exclusivo do edifício. Pensar em building como tradução do edifício ou da construção é reduzir o entendimento do escopo que a tecnologia oferece ao arquiteto e demais profissionais que lidam com a execução de projetos. O BIM vai além de auxiliar na representação e no raciocínio construtivo do objeto. Ele opera uma gestão de processos complementares e, por consequência, uma gestão das pessoas envolvidas de forma colaborativa e integrada.
A tecnologia dá suporte a esses processos e permite a interdisciplinaridade entre os diferentes campos do saber envolvidos na concepção. E pela natureza como as informações são inseridas, a fim de alimentar um banco de dados que dará forma à uma ideia, esta mesma tecnologia acaba por interferir na dinâmica tradicional de faseamento do projeto, demandando uma revisão das etapas e de seus respectivos escopos.
Um exemplo disso é o aumento do tempo gasto nas etapas preliminares, onde se dá a fase de experimentação e a qual se prolonga até a decisão por uma determinada solução.Inversamente, o projeto executivo ganha agilidade e passa a consumir menos tempo, uma vez que os desenhos vão sendo detalhados e automaticamente compatibilizados nas etapas anteriores.
Para quem ainda não se familiarizou com o tema, é bom se preparar: o uso do BIM será obrigatório a partir de 2021 para participação em editais de obras públicas! Portanto, comece por aqui (link) Ouça o cast e entenda um pouco mais sobre a tecnologia que vem revolucionando a forma como pensamos e produzimos projetos. Até a próxima!
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Under Construction
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11 Nov 2019 | Arquicast 091 – Entrevista Lins Arquitetos | 00:51:23 | |
Hoje, a entrevista é com um escritório fundado em 2011 e está no sertão nordestino, mais precisamente no Cariri, sul do estado do Ceará, na cidade de Juazeiro do Norte.
Os quatro sócios trabalham em todas as escalas e com diferentes programas, partindo desde a cidade, passando pelo edifício até chegar ao mobiliário. Segundo o próprio escritório, tem como diretriz fundamental o respeito ao local de intervenção, adaptando o edifício ao clima, absorvendo aspectos culturais e utilizando necessariamente materiais e mão-de-obra presentes na região. Com isso, acreditam que soluções arquitetônicas não são reproduzíveis e dependem diretamente do local em que elas estão inseridas. O experimentalismo, para essa turma, é uma busca constante, sempre com o intuito de trazer inovação ao resultado final, sem abrir mão de técnicas construtivas já utilizadas e consolidadas.
Hoje conversamos com George Lins e Cintia Lins de Matos da Lins Arquitetos Associados!
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Lins Arquitetos | Site
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18 Nov 2019 | Arquicast 092 – Direito à cidade | 01:10:33 | |
“Espera-se das cidades que pretendem reivindicar o uso apropriado destes termos, [acessibilidade e mobilidade] que defendam também - e principalmente - o direito à melhores oportunidades socioeconômicas para todas as classes sociais e principalmente aquelas mais vulneráveis.” (reportagem Archdaily)
Este parágrafo, retirado do texto “É possível construir uma sociedade mais justa através da arquitetura?” disponível no site do Archdaily, reflete uma inquietação para arquitetos e urbanistas na tentativa de contribuir para uma melhoria social através da transformação da cidade. As desigualdades – sociais e econômicas – estão por todo o território e em diferentes contextos. E, no campo da arquitetura e do urbanismo, compreendê-las envolve também compreender o ambiente urbano pelo espectro dos direitos sociais de acesso à cidade.
Buscar maior justiça social através do espaço urbano é uma ação que envolve, além do desenho, conhecimento dos direitos e deveres entre cidadãos e Estado. E também o reconhecimento dos conflitos que existem na formulação das leis que pretendem garantir esses direitos. Quem conversou com a gente sobre esse assunto foi o Cláudio Rezende Ribeiro, doutor em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009) e pesquisador do Laboratório Direito e Urbanismo do PROURB/FAU/UFRJ e integrante do grupo PERIFAU - Urbanismo e Periferia.
O termo “direito à cidade” ganha relevância a partir da obra do filósofo francês Henry Lefebvre no final da década de 70. Com olhar recortado por sua visão marxista de mundo, Lefebvre traz uma importante reflexão sobre as relações entre as formas de produção da cidade e as estruturas sociais. O filósofo enxerga a cidade como um agente ativo na discussão sobre os movimentos sociais e as reivindicações sobre os direitos dos cidadãos, característicos daquele contexto. Em um período de intensa expansão urbana a nível global, pensar em direito à cidade era pensar no direito das diferentes classes sociais de se realizarem plenamente no espaço físico urbano que abrigava aquela sociedade.
De lá pra cá, o mundo vem se tornando cada vez mais urbano e essa discussão ainda mais necessária. Do ponto de vista disciplinar, o direito à cidade está contido no campo do Direito, porém para entendê-lo e aplicá-lo é necessário romper com algumas barreiras entre as disciplinas jurídicas e urbanas. É no diálogo entre esses dois campos do conhecimento que reside a prática de buscar garantir o direito social ao acesso pleno às oportunidades que a cidade pode oferecer. E vários instrumentos jurídicos estão disponíveis para o arquiteto e urbanista intervir em uma dada realidade, transformando-a. Certamente, o desenho não garante por si só espaços mais justos e democráticos. É preciso que o arquiteto compreenda a dimensão política do projeto e as consequências sociais que ele causa.
Como todo instrumento mediado por diferentes classes sociais, o direito à cidade é também um local de disputa, como Claudio comenta no cast. Uma disputa entre os diferentes poderes e extratos sociais que coabitam a cidade e que precisam saber operar esses instrumentos legais para melhor equilibrar as forças econômicas que produzem a cidade. O arquiteto não deve se furtar à responsabilidade de refletir sobre sua atuação profissional como um dispositivo que pode tanto diminuir quanto aumentar as desigualdades já tão latentes no ambiente urbano. E é neste sentido que essa conversa pretende contribuir. Quer saber mais? Bom cast e até a próxima!
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26 Nov 2019 | Arquicast 093 – Entrevista: Rua Arquitetos | 00:57:15 | |
Hoje conversamos com um escritório carioca da gema! Desde 2008, o escritório aposta em ideias inovadoras para atender seus clientes, com projetos bastante variados, que vão desde organização de exposições, residências, galerias de arte e projetos urbanísticos. Esse trabalho rendeu a eles publicações e premiações nacionais e internacionais, participando de exposições no MoMA em 2014, MAK em Viena, em 2015, Carnegie Museum of Arts em Pittsburgh em 2016, MAM São Paulo em 2017, além das bienais de arquitetura de Hong Kong-Shenzhen (2013), Chicago (2015), Veneza (2016/18) e Trienal de Lisboa (2016).
Ganham destaques projetos como a Sede do Campo Olímpico de Golfe Rio 2016, a Galeria de Arte no Morro da Babilônia, a intervenção no Galpão Bela Maré. Além disso, é homologado pela Audi AG para fazer os projetos de suas concessionárias no Brasil, como a Audi Center Botafogo.
Hoje está conosco Pedro Évora da Rua Arquitetos! | |||
03 Dec 2019 | Arquicast 094 – Métricas Urbanas | 01:03:50 | |
O uso da tecnologia da informação para o planejamento das cidades não é algo propriamente novo. Mas nunca houve tantos recursos computacionais apoiando e informando os processos de concepção, desenho e gestão do ambiente urbano. A conversa da semana parte do entendimento da inevitabilidade da aplicação de tecnologias informacionais para a prática da arquitetura e do urbanismo. E traz como exemplo o desenvolvimento de um sistema de recomendação e suporte a processos de projeto urbano,desenvolvido por ocasião da tese de doutorado do arquiteto Fernando Lima, que é o nosso convidado.
Para nós, uma oportunidade de entender melhor tais questões, exploradas mais profundamente no livro recém-lançado Métricas Urbanas: abordagens paramétricas no planejamento de bairros e cidades sustentáveis.
A pesquisa realizada por Fernando centrou-se no desenvolvimento de instrumentos de suporte à tomada de decisão em projeto, a partir da associação de métricas de avaliação de desempenho a recursos computacionais. Ou seja, como a tecnologia pode apoiar o processo de projeto fornecendo simulações de configurações urbanas a partir da inserção de dados objetivamente quantificáveis. No caso do arquiteto, as simulações foram feitas a partir de dados fornecidos pelo DOT, que é a sigla para Desenvolvimento Orientado pelo Transporte.
A aplicabilidade de recursos algoritmo-paramétricos não se restringe ao sistema de transporte. É possível customizar ferramentas para os mais variados propósitos, como métodos e modelos de planejamento urbano que se baseiem ou demandem parâmetros objetivos para avaliação de desempenho. Muito comum na arquitetura, essa metodologia de informar o processo de projeto é mais recente no que tange ao campo do urbanismo.
O conceito de Smart City tem relação com a aproximação entre tecnologia da informação e comunicação (TIC) e planejamento urbano. A partir dos anos 90 é comum encontrar publicações sobre o tema, o qual aceita terminologias várias como, cidades inteligentes, cidades digitais, entre outras. Para além do marketing urbano associado ao conceito, o qual é apropriado politicamente por governos municipais na busca por maior competitividade no mercado das grandes cidades, fato é que há muitos pontos positivos a serem explorados para a melhoria das formas de gestão urbana no esforço de tornar as aglomerações urbanas mais justas e equilibradas.
Tais ferramentas podem auxiliar decisões sobre políticas de uso e ocupação do solo, mobilidade, investimento em infraestrutura, déficit habitacional, capacidade de suporte dos sistemas naturais, entre outros elementos da dinâmica de funcionamento da cidade. São benvindos para facilitar a compilação de um grande número de dados complexos, organizando-os de forma a dar visibilidade à leitura do território e suas condicionantes objetivas.
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Under construction
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09 Dec 2019 | Arquicast 095 – Entrevista Norte Arquitetos | 01:08:45 | |
Esse escritório foi fundado em 2015 na cidade de Salvador e desenvolve projetos de diferentes escalas e programas, com ênfase na execução de suas próprias obras.
Segundo os sócios, o exercício de projeto e planejamento da construção é compartilhado desde o princípio com os clientes e parceiros de obra, atuando como uma experiência didática, transparente e colaborativa. Esse modo de pensar é extensivo ao canteiro, onde ideias e propostas são testadas e repensadas por todos os colaboradores, sempre de acordo com as necessidades específicas de todos os envolvidos.
Todos esses processos buscam alcançar a realização de uma arquitetura contemporânea, contextualizada, baseada nos princípios do melhor uso dos materiais e técnicas construtivas mais econômicas para realização da obra.
Hoje estamos com os arquitetos Alberto Herrera e Saulo Coelho da Norte Arquitetos!
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17 Dec 2019 | Arquicast 096 – Realidade Virtual | 00:58:15 | |
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23 Dec 2019 | Arquicast 097 – Entrevista: Marcos Bertoldi | 00:59:23 | |
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No cast dessa semana, dando sequência à série de entrevistas com escritórios de arquitetura e urbanismo, conversamos com Marcos Bertoldi, do Marcos Bertoldi Arquitetos. Formado pela PUC do Paraná em 1982, se especializou em arquitetura paisagística. Fundou seu escritório em 1984, tendo, atualmente, escritórios em Curitiba e São Paulo. Tem no currículo quase 200 publicações nacionais e internacionais, além de vários prêmios ao longo de sua carreira. Em 2010, foi apontado pela revista norte-americana Architectural Digest como um dos 100 arquitetos mais influentes e promissores do mundo. Em 2015, o conjunto de suas obras residenciais teve uma edição do programa “Casa Brasileira” no canal a cabo GNT/Globo. Em 2019, lançou o seu primeiro livro, com curadoria e textos de Carlos Eduardo Comas, documentando amplamente seus 35 anos de carreira, apresentando seus projetos nas áreas de arquitetura, interiores e paisagismo.
Marcos sempre se imaginou trabalhando como profissional liberal em um escritório. Após concluir sua graduação fez viagens de estudo para o exterior e após 1 ano abriu o Marcos Bertoldi Arquitetos, em Curitiba, Paraná. Mesmo com as crises econômicas da década de 80, período em que estruturou seu negócio, conseguiu se manter em atividade, sendo inicialmente mais demandado na área de arquitetura de interiores, como é comum à profissionais menos experientes. Curitiba, na opinião do arquiteto, era, e ainda é, um mercado desafiador para o ramo de arquitetura, pela cultura mais tradicionalista e conservadora do sul do país, apesar do pioneirismo em experiências de projeto e gestão urbanos responsáveis por fazer de Curitiba um modelo de planejamento para as demais cidades brasileiras.
Com uma visão crítica sobre o ensino de arquitetura na atualidade, Marcos ressalta a qualidade da sua formação a partir do convívio com grandes arquitetos com experiência prática no mercado da construção civil, o que fez toda a diferença na sua graduação e no perfil profissional de sua geração. Com anos dedicados também à carreira acadêmica, o curitibano aborda coerentemente questões pertinentes ao perfil docente atual e sua relação com a qualidade dos arquitetos recém lançados ao mercado.
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06 Jan 2020 | Arquicast 098 – Arquitetura e Cinema: Robocop (1987) | 01:04:28 | |
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Este filme, de 1987, é um dos clássicos da sua década e do cinema mundial e vai muito além da ação, fazendo uma grande sátira de vários assuntos vigentes até hoje: a mídia, a segurança pública, a privatização, a gentrificação e até temas bíblicos!
O filme tem como um dos protagonistas a cidade de Detroit, que se encontra em degradação por conta da violência urbana e tem um grande plano de renovação urbana, que pretende deixar para trás a velha cidade.
Esse filme resultou em uma franquia que inclui vários produtos, duas sequências, uma série de TV, duas de animação, videogames e um remake feito pelo brasileiro José Padilha em 2014. Apesar da sua atualização, a obra original passa na regra dos 33 anos (!!!) e se mostra atual e divertido. Estamos falando do filme Robocop, de Paul Verhoeven!
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20 Jan 2020 | Arquicast 099 – Entrevista Amanda Ferber – Architecture Hunter | 01:00:39 | |
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Desde 2013 no Instagram há um perfil que mudou a forma como as pessoas se conectam e interagem com a Arquitetura, sendo um dos primeiros perfis arquitetônicos na história da plataforma. Aquilo que era apenas um hábito, de foro íntimo, de pesquisar e fazer curadoria de fotos de arquitetura tornou-se um negócio bem sucedido e amplamente compartilhado internacionalmente. Em maio de 2017, o perfil alcançou 1 milhão de seguidores e no final de 2019 ultrapassou a marca de 2 milhões, incluindo seguidores ilustres como Sir Norman Foster, Jean Nouvel, Marcio Kogan, MAD Architects, Snohetta para citar alguns! O Arquicast Entrevista traz a arquiteta brasileira Amanda Ferber, fundadora do Architecture Hunter!
Foi reunindo fotos como referências para as disciplinas de projeto na faculdade que a arquiteta desenvolveu o hobby da curadoria de imagens. Amanda cursou a FAU-Mackenzie, fez estágios no Archdaily e com o arquiteto Marcio Kogan, que, de certa forma, influenciaram os caminhos profissionais trilhados pela arquiteta, no que diz respeito às maneiras de comunicar o trabalho do arquiteto compartilhando conteúdo.
O tempo na Archdaily Brasil trouxe experiência nos setores editorial e especialmente o comercial, onde tornou-se gerente de vendas ainda nos tempos da faculdade. As diferentes experiências profissionais pelas quais passou contribuíram para direcionar o Architecture Hunter para um perfil de plataforma mais autônoma e com produções autorais sobre o processo de trabalho do arquiteto, incluindo a realização de vídeos os quais estarão disponíveis a partir de abril de 2020.
Fugindo à regra da formação tradicional, Amanda precisou colocar a faculdade em segundo plano, apesar de não ter parado o curso, a fim de dar conta das demandas do novo negócio. A equipe fixa hoje conta com Amanda na curadoria e seleção de conteúdo, e mais duas arquitetas encarregadas respectivamente das áreas de arte e comercial. Estagiários completam o time de acordo com os projetos priorizados pela empresa, mantendo uma formatação enxuta e eficiente.
Num mercado bastante competitivo e dominado por figuras masculinas, Amanda e sua equipe representam uma exceção e, por isso mesmo, já sofreram com preconceitos pela pouca idade, pelo gênero e pela própria nacionalidade, que continua a surpreender os seguidores estrangeiros. Atitudes assim inspiram a arquiteta a trabalhar ainda mais e a continuar a quebrar barreiras, como fazer parte da reportagem da revista Forbes sobre os jovens talentos abaixo dos 30 anos, uma publicação de referência que coroa o esforço e a dedicação com que Amanda encara seus desafios profissionais.
Há muito mais para saber sobre o Architecture Hunter. Clique aqui e comece a ouvir. Até a próxima!
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03 Feb 2020 | Arquicast 100 – O centésimo episódio! | 01:56:45 | |
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O Arquicast chega à sua centésima edição e um episódio especial marca essa conquista. A partir de comentários por escrito e de áudios enviados por ouvintes e parceiros, Adilson Amaral, Aline Cruz e Raphael Barbosa conversam sobre as dores e as delícias de produzir conteúdo digital sobre arquitetura e urbanismo. No ar desde 2017, o programa foi uma inciativa pioneira na área e vem ajudando a mudar a forma como o conhecimento pode ser compartilhado e adquirido.
Muitas das perguntas endereçadas abordam a influência do cast na vida pessoal e profissional do trio. Com vários outros afazeres para além do programa, os arquitetos apontam, com suas diferentes experiências, os desafios da agenda atribulada que se comprometeram a realizar. Num bate-papo bastante descontraído, falam de prioridades, aprendizagem, da paixão pela profissão e da necessidade de contribuir para a consolidação da disciplina como um dos pilares para obtenção de boa qualidade de vida urbana.
Após 3 anos de ininterrupta atividade, o futuro também foi tema de pauta e o Arquicast se prepara para entrar numa nova fase, buscando consolidar a cultura do podcast como uma fonte de informação de qualidade, mas num formato leve e comercialmente atrativo para empresas e empresários do ramo da arquitetura e do urbanismo. Outra evolução natural do formato é a maior proximidade entre ouvintes e podcasters através de novos canais de comunicação.
Queremos agradecer a todos aqueles que deixaram a sua contribuição na construção dessa jornada: aos convidados, pela construção nos debates e enriquecimento teórico dos temas; aos parceiros, que sempre nos ajudam com suas discussões e estão sempre dispostos a participar quando precisamos; aos ouvintes que nos indicam para os amigos, professores e até seguidores em suas redes sociais; à nossa comunidade, que tanto nos apoia e entende nosso trabalho, nos incentivando e reconhecendo o valor do conteúdo produzido; e às nossas famílias pelo apoio ao projeto e a compreensão no tempo que dedicamos a esse projeto.
Vida longa ao podcast! Vida longa ao Arquicast!
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17 Feb 2020 | Arquicast 101 – UIA 2020 RIO | Entrevista Sérgio Magalhães | 00:42:06 | |
Acesse o site do evento: https://www.uia2020rio.archi/
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O Congresso Mundial de Arquitetos é realizado a cada três anos, desde 1948. Desde então já somam 26 congressos, sendo apenas 2 na América Latina. A 27 edição ocorre este ano, pela primeira vez no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Para conversar sobre a importância deste acontecimento para a arquitetura brasileira e sobre os desafios de se implementar um evento deste porte, convidamos o presidente do comitê executivo, o arquiteto Sérgio Magalhães.
O evento é promovido pela UIA (União Internacional de Arquitetos) e realizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). O tema do congresso é “Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21” e não poderia ser mais atual. Inicialmente, o objetivo do congresso envolvia a troca de experiência entre arquitetos de diferentes nacionalidades e também a propagação de uma visão hegemônica sobre a arquitetura proveniente do Movimento Moderno. Mas tal característica foi mudando ao longo do tempo, tornando-se uma oportunidade para o compartilhamento de diferentes experiências e ideologias.
De acordo com Sérgio, o papel do arquiteto também se modificou ao longo das décadas, distanciando-se da figura do profissional excepcional e de seu edifício como obra de arte, condição típica da cultura modernista de então, mas que até hoje influencia os ambientes de formação e prática. Atualmente há a necessidade de um profissional que ajude na construção do ambiente urbano como um todo, atuando nos seus espaços ordinários e extraordinários, auxiliando na construção de edifícios e de cidades mais justas e acessíveis.
Esta abrangência de atuação precisa estar refletida nos temas dos congressos. E faz parte desta motivação um maior diálogo do campo da arquitetura com os demais extratos sociais que compõe a comunidade urbana. Portanto, a divulgação da cultura arquitetônica para o público em geral está entre os objetivos do congresso no Rio e se manifesta na ampliação dos eventos para além das salas de convenções, ocupando espaços culturais e diferentes edifícios históricos, numa tentativa de participar do cotidiano daqueles que vivem a cidade.
Neste sentido, a programação de eventos está planejada para todo o ano e se mostra bastante intensa e correlacionada com diferentes manifestações culturais, como cinema, pintura, música, entre outros. Vale conferir no site do congresso e em suas redes sociais para acompanhar as atualizações. (link) Apesar de ocupar diferentes edifícios, todos estão localizados no centro do Rio de Janeiro, reforçando a importância de sua centralidade como pilar de uma mudança de paradigma no perfil dos grandes eventos cariocas recentes.
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05 Mar 2020 | Arquicast 102 – O Kitsch na Arquitetura. | 01:07:38 | |
O assunto desse episódio surgiu por conta dos inúmeros memes com a foto da casa do cantor sertanejo Gusttavo Lima. Feita em um estilo que poderia ser denominado como neo-neoclássico – ou ainda, “arquitetura greco-goiana” – a casa não passa desapercebida por ninguém pelo seu estranho anacronismo construtivo: pilares gregos de ordem jônica, frontão, balaustrada, escadaria e uma logomarca em seu coroamento.
Esse fenômeno anacrônico e estranho não é incomum ao nosso dia a dia no Brasil. Outras casas de famosos e pessoas comuns, edifícios multifamiliares, lojas de departamentos e igrejas pentecostais utilizam essa estética que, apesar de amplamente conhecida, não podemos chamá-la de atual. Esse fenômeno de estranhamento na arte, que costumamos chamar de kitsch, é o pinguim de geladeira da arquitetura!
Comentados:
Vídeo “Do Kitsch ao Cult” https://www.youtube.com/watch?v=17UpEGHxmfw
Filme: “Ata-me” no Prime Video https://www.primevideo.com/detail/amzn1.dv.gti.06b121b1-fe54-d30e-21d4-4df0da636c23?ie=UTF8&linkCode=xm2
Filme: “Mulheres a beira de um ataque de nervos” http://www.adorocinema.com/filmes/filme-86046/trailer-19469681/
Livro “Arquitetura popular brasileira” de Gunter Weimer https://www.amazon.com.br/Arquitetura-popular-brasileira-Gunter-Weimer/dp/8578275047/ref=asc_df_8578275047/?tag=googleshopp00-20&linkCode=df0&hvadid=379793781347&hvpos=&hvnetw=g&hvrand=7809392260372611247&hvpone=&hvptwo=&hvqmt=&hvdev=c&hvdvcmdl=&hvlocint=&hvlocphy=1001575&hvtargid=pla-810981769603&psc=1
Livro “the structure os the oprdinary” de John Habraken https://www.amazon.com.br/Structure-Ordinary-Control-Built-Environment/dp/0262581957/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=the+structure+of+the+ordinary&qid=1583033071&sr=8-1
Livro “Arte e cultura”, de Clement Greenberg https://www.amazon.com.br/Arte-Cultura-Clement-Greenberg/dp/8540503638/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=arte+e+cultura&qid=1583033420&sr=8-1
Álbum “Dinheiro não é tudo mas é 100%” de Falcão https://open.spotify.com/album/4wqcmtJDvr62bwI9M19bGC?si=uz6RcbZDRxiHgRPRtkqLow
Filme “Pink flamingos” de John Waters https://www.youtube.com/watch?v=vUd_6FF4AtM
Filme: “Hedwig: rock, amor e traição” de John Cameron Mitchell https://www.youtube.com/watch?v=j9LxKv7ZkRo
Perfil de Mike Winkelmann no Instagram (@beeple_crap) https://www.instagram.com/beeple_crap/?hl=pt-br
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16 Mar 2020 | Arquicast 103 – Acústica na Arquitetura e Urbanismo | 00:59:21 | |
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Este tema, apesar de estar incluído nos currículos dos cursos de arquitetura e urbanismo, ainda é pouco explorado e realmente conhecido pela maioria dos arquitetos urbanistas. Segundo Lindsey Leardi, quanto mais barulhento fica nosso mundo, mais difícil é nos concentramos nos sons que realmente queremos ouvir.
A acústica é protagonista em projetos que envolvem diretamente o som, como salas de concertos, auditórios e escolas. Mas as questões da acústica também se estendem para as cidades, podendo tornar nossa vida melhor ou cada vez mais estressante.
E hoje a tecnologia vem nos ajudando a melhorar nossa relação de ambientes construídos com o som. Mas, para isso, conceitos importantes são necessários para lidar com esse assunto. E para falar desses e outros assuntos, temos dois convidados pra falar desse assunto!
Marcos Holtz: Arquiteto, especialista na área de Acústica Arquitetônica e Ambiental e Ernani Machado, arquiteto, doutor em arquitetura e especialista em conforto ambiental.
Comentados no episódio:
http://www.proacustica.org.br/
Hush City (iTunes Store)
Hush City (Google Play)
Livro “A afinação do mundo” de R. Murray Schafer (Amazon)
Sala São Paulo (Website)
Lançamento de “Gigaton”, 11º álbum da banda Pearl Jam (website)
Podcast Onda Pod (Spotify)
Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Website)
Álbum “Slow Rush” do Tame Impala (Spotify)
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30 Mar 2020 | Arquicast 104 – Rino Levi | 01:37:11 | |
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O Arquicast #104 aproveita a oportunidade trazida por lançamentos de interesse na área de Arquitetura para conversar sobre o arquiteto e urbanista paulistano Rino Levi. Apesar do momento conturbado em que vivemos, este início de ano trouxe duas ótimas iniciativas: o relançamento do livro “Rino Levi, arquitetura e cidade”, esgotado há mais de 10 anos e novamente editado pela Romano Guerra Editora; e a Ocupação Rino Levi, parte do projeto Ocupação, do Instituto Itaú Cultural, que visa a preservação da memória artística a partir do diálogo entre diferentes gerações.
Os convidados não poderiam ser mais apropriados. Dois estudiosos da área de arquitetura e urbanismo, historiadores e personagens fundamentais na valorização e difusão do trabalho de Rino para além de São Paulo e para o público mais jovem. Conversamos com os arquitetos Renato Anelli, doutor e professor da USP/São Carlos, e Abílio Guerra, doutor, professor da FAU Mackenzie e editor do site Vitrúvius. Ambos responsáveis pela publicação do livro, junto com o fotógrafo Nelson Kon, outra autoridade na área.
Com trabalhos menos conhecidos que outros arquitetos modernistas de sua geração, por razões várias que foram abordadas neste bate-papo, Rino Levi foi figura central na consolidação do Movimento Moderno no Brasil ainda nos seus primórdios. Assim como Gregori Warchavchik, se forma no exterior e traz ao país pensamentos e práticas que ajudaram a inculcar o desejo por uma arquitetura nascente, consoante com as vanguardas europeias, porém com personalidade própria, moldada in loco.
Suas realizações, mais do que teóricas, advém de sua constante prática do projeto: uma carreira brilhante e muito produtiva à frente do escritório Rino Levi Associados, registrada em várias obras emblemáticas que conjugam inovações técnicas e soluções originais, num contexto de expansão urbana vertical da cidade de São Paulo entre os anos 30-40. Neste sentido, Rino Levi ajudou a construir a imagem cosmopolita da cidade através de seus projetos. Vários elementos e estratégias espaciais tornaram-se característicos de seus projetos, como pátios internos associados à jardins e aos espaços interiores. Alguns autores remetem tais estratégias à sua formação italiana, conduzindo o jogo volumétrico de forma dinâmica, porém austera.
Outro marco de sua trajetória e um exemplo de seu pensamento sobre o urbano foi o projeto proposto para o “Concurso Nacional do Plano Piloto para a Nova Capital do Brasil”, em 1956, no qual obteve o 3o lugar e onde faz “uma experimentação da escala de desafios colocados pela cidade de São Paulo num projeto de cidade”. Por fim, foi um importante articulador na regulamentação da profissão de arquiteto urbanista no Brasil, ajudando a pensar essa atividade no país.
Referências e Comentados no episódio:
Ocupação Rino Levi (2020) – teaser https://youtu.be/jRs0zMcKoNk
Link ITAU CULTURAL https://www.itaucultural.org.br/rino-levi-e-o-homenageado-da-49a-ocupacao
Link Seminário https://www.itaucultural.org.br/presskit/rino-levi/seminario.html
Portal Vitruvius
Editora Romano Guerra
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05 Apr 2020 | Arquicast 105 – Arquitetos e Urbanistas contra o Coronavírus | 01:05:14 | |
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Coronavírus (COVID-19): uma doença infecciosa causada por um novo vírus agora identificado em humanos, ocasionando uma doença respiratória com sintomas de febre, tosse e, em casos mais graves, incapacidade respiratória. Extremamente contagioso, o vírus, até onde se sabe, é transmitido por meio de gotículas de saliva ou coriza. Assim, o principal meio de prevenção é a higienização constante.
A inexistência de vacina e a altíssima velocidade de propagação está exigindo, segundo recomendação da OMS, o isolamento permanente da população, com intuito de postergar o contágio entre os humanos, ganhando tempo para que os sistemas de atendimento à saúde não entrem em colapso, ou seja, que não tenham capacidade de atender os casos graves de COVID-19 e de qualquer outra doença existente.
Estamos diante de uma Pandemia, um evento que atravessa toda a humanidade e exigirá muitos esforços de todos os campos do saber, incluindo o nosso, arquitetura e urbanismo. Essa crise está revelando todas as fragilidades de um sistema econômico de acesso desigual e, como uma fratura exposta, escancara todos os problemas já vividos pela nossa população como (1) falta de saneamento básico, (2) o acesso à moradia digna, (3) trabalho e renda, nessa ordem, impossibilidade de higienização, dificuldade para o isolamento familiar seguro e incapacidade de se manter em casa durante um período ainda incerto.As próximas semanas serão cruciais e colocarão todos esses inimigos na nossa porta. Hoje estamos aqui para, assim como profissionais de outras gerações fizeram em tempos de crise, pensar e agir. Para isso, precisamos nos organizar, mobilizar, informar e propor, o mais breve possível. Para nos ajudar nesse momento delicado, trouxemos para a conversa a Arquiteta e Urbanista Cláudia Pires, do IABmg e uma das signatárias da Carta Aberta “Urbanistas contra o Corona”, o presidente do IABsp Fernando Túlio e a arquiteta Gabriela de Matos, vice-presidente do IABsp e também coordenadora do coletivo Arquitetas Negras.
Ações e campanhas contra o Corona, nos mande a mais próxima de você:
Face Shields | UFJF | Juiz de Fora - MG | https://www.instagram.com/laprot.ufjf/
Cartilha para moradores de rua e população em situação de risco
Live dia 07/04 | "Coronavírus e população de rua: como eu posso ajudar?"
Mapa colaborativo, contribua!
Referências e Comentados no episódio:
https://www.caubr.gov.br/arquitetos-fazem-cartilha-para-colaborar-na-reducao-da-disseminacao-do-coronavirus/
https://www.archdaily.com.br/br/936598/iabsp-lanca-plano-emergencial-para-arquitetura-em-meio-a-pandemia-de-covid-19
https://urbanismocontraocorona.blogspot.com/
https://urbanismocontraocorona.blogspot.com/2020/03/acoes-emergenciais-para-triagem-e.html
https://fundofica.org/
http://iabmg.org.br/site/covid19-e-athis/
https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1Mp6hCJXvS4ebO_H0Agyb_-w-qIDWC_GT&ll=-22.83319932481292%2C-43.383360490652194&z=11
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20 Apr 2020 | Arquicast 106 – Arquitetura e Cinema: No topo do poder | 01:13:08 | |
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Mais um novo episódio do Arquicast da série Arquitetura e Cinema! Dessa vez o filme debatido é “High Rise”, no Brasil conhecido como “No Topo do Poder”. A obra é uma adaptação do livro homônimo de James Graham Ballard, e explicitamente faz uma dura crítica social e econômica das formas de organização da sociedade. Dirigido por Ben Wheatley, conta com um elenco de estrelas como: Tom Hiddleston (o Loki da franquia de heróis da Marvel), Jeremy Irons, Sienna Miller, Luke Evans e Elisabeth Moss (da série “Mad Men” e “The Handmaid’s Tale”). Lançada em 2016, a película foi um sucesso de crítica, no entanto, um fracasso de bilheteria. Fato que não atrapalha a experiência, pelo contrário!
Um médico legista se muda para um edifício em construção, e aos poucos começa a conhecer seus vizinhos, bem como iniciar um convívio com eles. Nós espectadores vamos desvendando junto com a personagem as nuances daquele ambiente. O edifício funciona como uma grande engrenagem, além dos apartamentos, o complexo possui supermercado, academia, piscina e outros equipamentos. Existe um certo clima de desconfiança, revelado pelas expressões do médico, dessa arquitetura de tipologia Modernista. O edifício pode ser visto como uma espécie de alegoria da sociedade, simulando uma cidade disforme e disfuncional, seus moradores vivem em camadas, estratos sociais divididos pelos pavimentos.
Aparentemente, todos se comportam bem nessa megaestrutura, a “criatura” vertiginosa parece atender perfeitamente aos anseios dos seus moradores. Todos saem pela manhã rumo ao trabalho, e desempenham ordinariamente a rotina típica das famílias norte-americanas da década de 1960. Mesmo não sabendo muito bem para onde vão em suas saídas, interessa ao diretor nos passar a percepção de uma sociedade mecanizada, num primeiro momento.
O arquiteto que projetou a edificação mora na cobertura, onde supostamente está controlando tudo. Seu apartamento curiosamente simula uma paisagem não-urbana, e fica evidente seu desconhecimento em relação àquelas vidas que ocupam a sua obra. É interessante assistir ao filme entendendo que o protagonista da história tanto pode ser o médico quanto o próprio edifício.
Com essa proposta, o filme nos induz a uma série de reflexões e interpretações dos temas estruturados pelo roteiro. Podemos, com essa obra, discutir o problema da arquitetura e a suas assimetrias com o convívio social, ou mesmo o filme pode nos levar ao abismo da psique humana. Bem, você pode acompanhar mais dessa discussão escutando todo o nosso episódio nesse link. Boa diversão!
Referências e Comentados no episódio:
under construction
Acesse o site do evento: https://www.uia2020rio.archi/
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04 May 2020 | Arquicast 107 – Archiculture e a cultura do ateliê | 01:27:15 | |
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Em 2014, um documentário chamado “Archiculture” apresenta em 25 minutos o funcionamento de um ateliê de projeto. Nele, acompanhamos a vida dos estudantes de uma faculdade americana no processo de aprendizado e desenvolvimento de projeto: noites mal dormidas, dificuldade com as maquetes, vida social afetada e duras críticas a que são submetidos. Impactante no documentário é perceber como arquitetos, desde cedo, estão extremamente envolvidos em um processo de muita dedicação física e mental.
Apesar de ser um registro de uma faculdade norte-americana, qualquer estudante ou professor brasileiro se identifica em grande parte com o que é documentado, nos levando a refletir sobre os desafios do ensino e da aprendizagem em projeto, arquitetônico ou urbanístico.
O episódio começa a discutir sobre as metodologias das aulas de projeto, mostrando que o processo de aprendizagem pode ser múltiplo, afinal, os temas e os problemas enfrentados pelos alunos podem ser de natureza muito distintas, por exemplo, questões de tecnologia, de compreensão social, de aspectos históricos e artísticos. Além disso, a discussão sobre criatividade e capacidade de inovação impacta nas escolhas de quais procedimentos serão desenvolvidos em sala de aula.
Um dos assuntos debatidos diz respeito à necessidade urgente de compreender que projeto é processo, ou seja, que o desenvolvimento contínuo das habilidades pode ser infinitamente mais eficaz do que a busca pela execução de um produto pronto para o mercado. Fica evidente, nesse momento, uma contradição que o documentário aponta: estamos formando arquitetos que desconhecem a realidade da profissão? Estamos priorizando uma formação que estimula a criação de uma consciência crítica, esquecendo que futuramente esse aluno irá trabalhar, na maioria das vezes, com pequenas partes de grandes projetos.
Por outro lado, transformar o ambiente acadêmico de ateliê em um simulacro de um escritório de arquitetura reduz drasticamente as possibilidades de desenvolver no aluno uma autonomia crítica, necessária para que ele seja capaz de enfrentar o mercado de forma mais competitiva.
Como comentado anteriormente, apesar do documentário retratar a realidade norte americana, muitos dilemas e embates são similares aos vivenciados nas escolas brasileiras, tal como, lidar com a avaliação do seu projeto sem que isso interfira na relação interpessoal é tarefa quase que impossível.
Por fim, a conversa indica que, em tempos de distanciamento social, novas práticas de ensino remoto mudarão drasticamente as rotinas dos ateliês. Se você quiser acompanhar mais sobre esse assunto clique aqui e escute o episódio. Até lá!
Referências e Comentados no episódio:
under construction
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18 May 2020 | Arquicast 108 – Livros clássicos: A cidade como um jogo de cartas | 01:21:31 | |
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Está no ar o Arquicast 108 que traz para o debate temáticas de grande relevância na atualidade: o desafio da desigualdade que caracteriza o contexto urbano brasileiro, a importância do papel social do arquiteto e a necessidade de gerar maior engajamento por parte da população, a começar pelos próprios arquitetos, no compromisso de construir cidades mais justas e preparadas para o futuro incerto que se avizinha. Certo é que a cidade é e ainda será o locus preferencial das trocas sociais, culturais e econômicas. Por isso é fundamental falarmos sobre ela. Quem nos acompanha neste episódio é o arquiteto e urbanista Washington Fajardo
Nesta proposta de refletir sobre a cidade, buscamos na produção bibliográfica do arquiteto e antropólogo Carlos Nelson Ferreira dos Santos o apoio teórico e metodológico oferecido em sua obra “A cidade como um jogo de cartas”. O livro é resultado do trabalho de Carlos Nelson e sua equipe à frente do Centro de Pesquisas Urbanas, pertencente ao Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), na oportunidade de desenhar 6 novas cidades no ainda virgem Território de Roraima na década de 80. O livro, que tem edição esgotada, é de 1988, mas é importante voltar às experiências prévias que muito explicam a visão do autor sobre a atuação do arquiteto. Visão esta refletida nas suas obras escritas, na prática docente e na sua prática projetual.
Carlos Nelson formou-se pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, em 1966, no Rio de Janeiro. A institucionalização da FNA em 1945 se deu com a extinção da anterior Escola Nacional de Belas Artes e foi marcada pela reforma do ensino proposta por Lucio Costa nos anos 30, com a introdução de conteúdos de Urbanismo e Paisagismo na grade curricular. Esse movimento em direção a um maior conhecimento sobre a cidade se explicava pelo contexto de intensa urbanização do território brasileiro, acompanhado por um adensamento habitacional nas principais capitais. Era tal o cenário para essa geração de profissionais do urbano.
Naturalmente influenciado pelo contexto nacional, Carlos Nelson dedicou-se ao urbanismo de diferentes formas. Após experiências em favelas, nas quais trabalhou junto com outros arquitetos (Quadra Arquitetos Associados Ltda.) rompendo os paradigmas da política habitacional no Brasil, ingressou no Mestrado em Antropologia. As ciências sociais são uma marca de sua atuação como arquiteto, ao ponto dele se autonomear como um “antropoteto”. Além disso, foi docente ativo do curso de Arquitetura da Universidade Federal Fluminense, o que transparece na forma didática como teoriza sobre assuntos complexos em suas diversas produções textuais.
O livro “A cidade como um jogo de cartas” se propõe a um duplo desafio: dar subsídio técnico para os profissionais atuarem no campo do planejamento urbano; e traduzir de forma didática os processos de formação das cidades para estudantes do ensino fundamental. A analogia com o jogo de cartas, associada a um profundo conhecimento teórico explicitado nos capítulos iniciais, consegue cumprir os objetivos propostos e, por isso mesmo, fez da obra uma referência nas escolas de arquitetura no Brasil. Não poderia ser mais atual.
Quer saber um pouco mais? Escute o cast! Bom proveito e até a próxima!
Referências e Comentados no episódio:
A cidade como um jogo de cartas | PDF | Link Fau.USP
Documentário Netflix: "Arremesso Final" | link
Livro: "A desumanização" Valter Hugo Mãe | Amazon
Proposta ONU-Habitat | Link
Série: "Show me a Hero" | linkHBO
Livro: "Favela: quatro décadas de transformações no Rio de Janeiro" Janice Perlma | Editora FGV
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21 Sep 2016 | Arquicast 005 – Entrevista Victor Próspero | SPBR | 00:29:01 | |
Em entrevista ao Arquicast, Victor Próspero, do escritório SPBR, conta sua experiência de trabalho com o titular Ângelo Bucci e descreve o processo criativo e coletivo de concepção de um dos escritórios mais conhecidos e premiados do Brasil.
Comentados no episódio:
Site escritório Angêlo Bucci | SPBR
Matéria sobrea Bienal de Veneza | Revista AU
Bienal de Veneza 2016 (inglês) | Site Oficial
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Este episódio foi patrocinado novamente pelas deliciosas tortas finas da Donivone!
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01 Jun 2020 | Arquicast 109 – A rotina do Home Office | 01:12:25 | |
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Em meio à pandemia, estima-se que 900 milhões de pessoas estão ou já estiveram em situação de quarentena domiciliar neste primeiro semestre de 2020. A quarentena, imposta pela necessidade do distanciamento físico, demandou uma reorganização da rotina, das relações de trabalho e, consequentemente, dos espaços que até então acomodavam essas dinâmicas. O home office – trabalhar de casa – não é novidade em muitas profissões, inclusive para parte dos arquitetos, adaptados à pratica autônoma de projeto ou à pesquisa. Entretanto, a excepcionalidade do contexto da epidemia trouxe uma série de desafios ao desempenho de diferentes funções que agora precisam ocorrer num mesmo local, ao mesmo tempo e, muitas vezes, por diferentes membros da família (pais, filhos, avós).
O Archdaily Brasil recentemente publicou o artigo “Conselhos para trabalhar em casa durante a pandemia de COVID-19”. Este episódio parte dos tópicos sugeridos pelo texto e traz ainda as experiências pessoais de 3 arquitetos nesses dois meses de adaptação programática e espacial do espaço habitacional à complexidade de nossa rotina urbana. Participaram conosco os arquitetos Alexandre Pessoa, doutor em urbanismo e professor da FAU/UFRJ; e o casal Victor Caixeiro e Natália Torres, que trabalham com projetos comerciais e residenciais.
São cinco os conselhos que o artigo sugere para contribuir na manutenção da integridade física e mental das pessoas, durante à forçada adaptação dos modos de vida num cenário de pandemia. São eles: siga as diretrizes apontadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS); limite a quantidade de notícias que acessa ao longo do dia; mantenha uma rotina de horários e funções; mantenha-se conectado socialmente; e promova a tranquilidade. Não é simples, mas parece factível, certo? Só faltou “combinar com os russos”! Para quem não mora sozinho, qualquer cronograma precisa ser acordado e seguido por todos, o que nem sempre acontece, como relatam nossos convidados sobre a vivência com os filhos, por exemplo.
Há relatos sobre ganho de tempo útil trazido pela condição de quem trabalha em casa. O tempo gasto com deslocamentos, necessários e desnecessários, é um fato da vida urbana contemporânea que agora pode ser revertido para outras atividades. As tarefas relacionadas à manutenção da casa, na medida em que vão sendo automatizadas, também permitem um tempo de reflexão sobre o trabalho a ser feito, como organizá-lo. Ao mesmo tempo, a não separação física dos ambientes domésticos e de trabalho pode gerar um excesso de horas mentalmente dedicadas às responsabilidades profissionais, ocasionando um cansaço maior. A tecnologia minimiza algumas ausências, como a perda da conexão social com amigos e familiares, e facilita algumas dinâmicas de trabalho. Mas também aumenta a quantidade de informação recebida, a qual é mais difícil de ser filtrada quando estamos o dia todo diante do computador e do celular.
Novas oportunidades de trabalho também serão geradas pela necessidade de ficar mais em casa, como o aumento da demanda de projetos residenciais e de reformas adaptando o espaço da casa ao trabalho e ensino remoto. O mercado deve mudar, apesar de ainda ser cedo para qualquer previsão. Mas, para além de toda preocupação relativa ao futuro profissional, o presente nunca esteve tanto em nossas reflexões e conversar sobre isso ajuda a acalmar a mente e compartilhar angústias e esperanças.
Referências e Comentados no episódio:
Matéria Archdaily
Perfil MPG Arquitetura instagram | lives
Faça atividade física! | app adidas
Rossandro Klinjey | site
Show Legião Urbana | 1965 - Duas tribos | YouTube
Série UPLOAD | Amazon Prime | resenha
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15 Jun 2020 | Arquicast 110 – Lúcio Costa | 01:10:32 | |
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A cidade brasileira está no centro dos debates atuais sobre qualidade de vida e justiça social em função do quadro pandêmico generalizado em que se encontram nossos núcleos urbanos. Há muito tempo, tanto a relevância do planejamento urbano, quanto o valor do bom projeto habitacional, não tinham o protagonismo que estão tendo hoje, para além dos ambientes sociais e técnicos onde atua o arquiteto. É como se tivéssemos esquecido que a cidade em que vivemos é de nossa responsabilidade e que o descaso é também uma forma de projeto. Agora a realidade cobra o seu preço.
Mas nem sempre foi assim. A história nos mostra que o campo da arquitetura e do urbanismo no Brasil pode sim produzir mudanças estruturais positivas para a sociedade, quando se articula na priorização de um projeto de nação que tem como foco o interesse da coletividade e a valorização da plural cultura nacional.
O Arquicast 110 traz como tema a lembrança da atuação multidimensional de Lucio Costa (1902-1998), arquiteto e urbanista franco-brasileiro mundialmente conhecido pelo projeto do Plano Piloto de Brasília, e cujos ensinamentos vão muito além da brilhante capacidade de síntese projetual expressada nos traços gráficos precisos que desenharam a capital federal. Quem nos acompanha nesta imersão sobre a ampla contribuição de Lucio à cultura arquitetônica, urbana e patrimonial brasileira são os arquitetos e historiadores Ana Luiza Nobre (link lattes) e Guilherme Wisnik (link lattes), ambos autores essenciais na bibliografia que contempla o arquiteto.
Filho de pais brasileiríssimos (o pai, de Salvador; e a mãe, de Manaus), Lucio Costa nasceu em Toulon, na França, onde pode naturalizar muito da cultura urbana europeia, o que certamente lhe permitiu cultivar um olhar atencioso à importância da construção identitária do Brasil através de seu patrimônio material e imaterial. Suas raízes brasileiras se revelaram desde cedo, tanto na valorização de nosso passado arquitetônico, manifesta em sua atuação junto ao SPHAN, quanto na busca de um futuro moderno para o Brasil, através de sua atuação na tradicional Escola Nacional de Belas Artes, onde propõe, quando diretor, a reforma curricular da faculdade de arquitetura, introduzindo novas disciplinas, técnicas e lógica compositiva.
Sempre competente e firme em suas opiniões, através de sua formação historicista e curiosidade inata, atuou como um arquiteto eclético por vários anos em escritório próprio e de parceiros, tornando-se um profissional de muito prestígio entre seus pares e clientes. Tudo isso muito cedo na carreira, quando ainda não havia adotado o modernismo como paradigma para sua visão sobre arquitetura e sobre a cidade. Quando decide se “converter” ao Movimento Moderno, o faz de forma abrupta e definitiva, negando aos clientes os projetos historicistas pelos quais era conhecido, ao ponto de faltar-lhe trabalho por alguns anos.
O concurso de Brasília, sua amizade e parceria com Oscar Niemeyer, o projeto para o Ministério da Educação e Saúde, são apenas parte da abundante produção de Lucio Costa. Sua sensibilidade para com os fundamentos da arquitetura e do urbanismo e sua função civilizatória nos servem hoje como motivação para refletir nossa contribuição na transformação da realidade. Não perca nenhum detalhe dessa história.
Referências e Comentados no episódio:
Livro: "Registro de uma vivência" | Lucio Costa | amazon
Livro: "Encontros: Lúcio Costa" | Ana Luiza Nobre | amazon
Documenário: "O Risco | Youtube
Livro: La autopista der Sur | amazon
Tese José Barki | O Risco e a Invenção
Texto Alvorada vermelha em Brasilia | Vitruvius
Filme Los Angeles por ela mesma | filme
Palestra: Lucio Costa e a construção do patrimônio nacional | YT
Entrevista Jorge Wilheim | Roda Viva
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29 Jun 2020 | Arquicast 111 – A obra de Niemeyer no Instagram | 00:54:51 | |
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Perfil Instagram: @oscarniemeyerworks | Perfil Rolando Piccolo Figueiredo: @rpfigueiredo
Surgido a partir do encantamento e interesse genuíno de um engenheiro mecânico na obra de Oscar Niemeyer, o perfil “Oscar Niemeyer Works”, da rede social Instagram, é hoje uma referência sobre o arquiteto modernista e também sobre como comunicar conteúdos teóricos em arquitetura sem ser maçante. O agora estudante de arquitetura Rolando Figueiredo é o responsável pela façanha e conseguiu unir dois mundos aparentemente distantes: pesquisa científica e entretenimento. Não por acaso, sua conta acumula mais de 87 mil seguidores, entre pesquisadores, instituição de ensino, escritórios de renome e críticos de arquitetura.
Abordar o trabalho de Niemeyer sem cair no clichê é um dos méritos de Rolando, que traz a público obras menos conhecidas, mas com abundante documentação, as quais muitas vezes demandaram um verdadeiro trabalho de investigação científica e patrimonial. Muitas das informações que se vê nas postagens, incluindo os textos explicativos sempre valiosos das legendas, constituem material de valor histórico reconhecido que não estava facilmente acessível, sendo o esforço em recolher, organizar e recuperar tais documentos uma grande contribuição à história da arquitetura moderna brasileira. Certamente, não se trata de “mais um blog”.
A paixão pela pesquisa arquitetônica tornou-se vocação e está em vias de se tornar atividade profissional, uma vez que Rolando, apesar de graduado em engenharia mecânica, está no último período do curso de arquitetura. O estudo dedicado à obra de autor trouxe para o pesquisador um olhar atento sobre o valor dos detalhes, do contexto em que a obra foi realizada, da mão-de-obra empegada em cada projeto, do acompanhamento da execução. Muito dos bastidores do processo de projeto e construção de alguns ícones da carreira de Niemeyer estão registrados no cast, na fala cuidadosa de quem reconhece a importância da experiência presencial e do saber histórico para a valorização do trabalho do arquiteto.
Outra curiosidade é o impacto da própria ferramenta, a rede social, na construção de uma identidade profissional reconhecida e respeitada pelos colegas de diferentes áreas. Entre tantos perfis disponíveis, na abundância de imagens e informações superficiais a que estamos submetidos, não é simples se destacar. O trabalho sério é recompensado pelo acesso à oportunidades de relacionamento e parcerias com profissionais de peso, no Brasil e exterior, que compartilham um mesmo interesse: o amor pela arquitetura.
Referências e Comentados no episódio:
Wimpy | A casa do bacalhau | site | tripadvisor
Série | Crazy ex-Girlfriend | Netflix
Visite! Escola Estadual Milton Campos | Archdaily
Livro clássico: "Arquitetura contemporânea no Brasil" | vitruvius
Livro Carlos Lessa | "Os lusíadas na aventura do Rio Moderno | Livraria Travessa
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13 Jul 2020 | Arquicast 112 – Arquitetura e Cinema: Gattaca (1997) | 01:15:34 | |
Num futuro não tão distante, apesar de avanços tecnológicos e científicos significativos, a humanidade ainda estará dividida em grupos sociais de privilegiados e desprivilegiados. A desigualdade social é um dos temas centrais do filme que abordamos neste cast, mas as causas que diferem os que têm muito dos que têm pouco deixou de ser a pertença à uma classe dominante culturalmente, ou o acesso ao capital financeiro. Ao menos, não à primeira vista. É o determinismo genético que cumpre este papel. Estamos falando de Gattaca, filme de Andrew Niccol rodado em 1997.
Parte das questões trazidas pelo filme trata das consequências de uma sociedade oprimida pelo controle genético de sua população: nascimentos, empregos e até relacionamentos são ditados pelo seu DNA. A história que se desenrola neste contexto é exatamente a de um homem comum que, em busca de seu sonho e de maior reconhecimento social, tenta burlar as regras de contratação de uma grande empresa se fazendo passar por uma pessoa geneticamente perfeita. Os “válidos” são exatamente o grupo de indivíduos que tiveram seus genes alterados antes do nascimento, excluindo possíveis imperfeições (físicas e cognitivas) e maximizando características valorizadas pela sociedade e pelo mercado de trabalho.
Este futuro nada improvável é retratado pelo diretor através de uma estética do passado, em que carros e roupas da primeira metade do século XX se harmonizam com arquiteturas minimalistas, com destaque para o edifício-sede da empresa onde a trama se dá, projeto de F.L. Wright para o Marin County Civic Center, feito em 1957 pouco antes de sua morte. O grande edifício é caracterizado por uma linguagem de extrema racionalidade, com espacialidades e elementos construtivos compondo cenários de grande pureza geométrica. O resultado final reflete a visão de F.L.W. sobre como seriam as cidades no futuro. Tal uso da racionalidade compositiva também pode ser observado no edifício residencial onde moram os protagonistas. Projeto de Antoine Predock, o CLA Building é parte do campus universitário da California State Polytechnic University, mas, apropriado por Niccol e seus personagens, transmite a objetividade e certa imparcialidade de blocos residenciais que abrigam o habitar como atividade meramente protocolar.
Com uma arquitetura “do passado” cumprindo seu papel como elemento representativo de determinada cultura, Gattaca explora questões futuras que já se fazem importantes nos debates atuais de nossa sociedade, como a ética na ciência, a exclusão social e o papel da tecnologia mediando as relações entre os homens.
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Referências e Comentados no episódio:
Under Construction
Archdaily | Plano Crítico | Ciência Viva | Vitruvius
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27 Jul 2020 | Arquicast 113 – Espaço Público | 01:27:58 | |
Das privações que temos enfrentado em função da pandemia, uma das mais reconhecidas é, talvez, a da liberdade de usufruir das áreas livres públicas. Caminhar numa rua de pedestre, encontrar com amigos numa praça, se exercitar em grandes parques ou praias, usufruindo de uma natureza que é, também, urbana. Além do desejo de encontrar com alguém, há o desejo de encontrar em algum lugar, para além do espaço de domínio privado e íntimo.
Inúmeras são as atividades sociais que têm como palco os espaços públicos. A própria origem da cidade se relaciona com a vontade de um espaço comum, compartilhado por pessoas diferentes, com diferentes objetivos. O episódio 113 fala sobre essa vontade e sobre as espacialidades onde ela se manifesta. Os arquitetos Nivaldo Andrade e Carlos Alberto Maciel compartilham com a gente reflexões sobre o significado do espaço público para a dinâmica urbana, para o sentido de coletividade e como instrumento da democracia.
As cidades brasileiras nem sempre trataram bem seus espaços públicos. E não é incomum o entendimento de que o que é público não pertence a ninguém e que cabe ao Estado, e somente à ele, a responsabilidade pela manutenção e gestão daquilo que não é privado. Mas até onde vai nossa participação na determinação do sucesso ou do fracasso de um espaço público? Quais desses lugares podem ser apropriados pela população? Qual a função deles na qualidade de vida que temos nas cidades?
Ruas, praças, parques, são diferentes tipologias de espaços públicos. Há quem entenda que também arquiteturas, mesmo configurando áreas de acesso controlado, desempenham papel ativo na viabilização dos encontros que reforçam o sentido de coletividade. A dinâmica urbana não é fenômeno de simples apreensão. Como também não é simples o projeto que a contempla. Diferentemente do projeto arquitetônico, projetar para o urbano implica em lidar com espaços abertos, sem limites claros, sem programa definido e com a pretensão de atender a expectativas diversas, muitas vezes conflitantes entre si.
Apesar dos desafios que impõe ao arquiteto e urbanista, os espaços públicos são elementos fundamentais da vida na cidade e precisam ser compreendidos cada um à sua maneira. Praças secas europeias ativam uma memória afetiva, mas não são desenhos apropriados para todos os lugares; grandes parques arborizados oferecem uma oportunidade única para o lazer, mas não “cabem” em qualquer cidade ou bairro. Cada escala e contexto demanda uma certa abordagem e cabe ao arquiteto ter a sensibilidade de enxergar as diferentes nuances do lugar e da cultura das pessoas que nele convivem. O respeito e compreensão das singularidades é que permitem às áreas públicas serem de fato o palco democrático onde a cidadania se manifesta. E neste sentido, o domínio “público” não se garante apenas no limite legal que a palavra denota, mas também no projeto urbano que amplia o acesso e acata a diversidade ao dar forma concreta aos espaços livres públicos da cidade.
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Under Construction
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10 Aug 2020 | Arquicast 114 – Entrevista: Gru.a Arquitetos | 01:14:01 | |
Depois de algum tempo ausente, está de volta o Arquicast Entrevista. E para retomar nossa série, convidamos um grupo de jovens arquitetos que, apesar da pouca idade, conseguiram construir um portfólio bastante consistente! Com sete anos de atuação no mercado e sediados na cidade do Rio de Janeiro, o Gru.a Arquitetos contabiliza obras e intervenções em diferentes partes do mundo. São projetos arquitetônicos, urbanos e de instalações artísticas que, em conjunto, qualificam o trabalho do grupo de forma bastante distinta do tradicional.
Além de todos os projetos já construídos, também chama a atenção a produção acadêmica dos sócios Pedro Varella e Caio Calafate, com publicações premiadas no currículo e participação em projetos de pesquisa que tem o processo projetual como objeto de investigação. Essa inquietude criativa pode ser conferida, por exemplo, nos projetos de concurso dos quais participaram, muitos dos quais sendo premiados! Entre eles citamos o 1º lugar no Prêmio de Arquitetura 2015 do Instituto Tomie Ohtake; o 1º lugar no concurso de ideias para o edifício acervo e pavilhão de exposições Casa de Rui Barbosa, em 2013.
O Gru.a conta, além dos sócios-fundadores, com um quadro fixo de arquitetos bastante enxuto e qualificado. Este formato, entretanto, costuma variar em função das demandas dos diferentes projetos, opção pertinente e cada vez mais frequente entre escritórios que priorizam a diversidade programática e a experimentação. Parcerias com outros arquitetos com os quais compartilham afinidades viabilizam a incursão em oportunidades de trabalho pouco convencionais ao mercado, como editais de intervenções temporárias, festivais de arte, entre outros.
A atividade de pesquisa é parte da rotina dos arquitetos, incentivada pela proximidade de ambos com o meio acadêmico, seja na educação continuada em pós-graduação, seja na prática docente em sala de aula. E esta postura curiosa e investigativa parece pautar também a prática projetual do grupo e pode ser percebida na forma com que organizam sua produção, sempre respaldada por textos cuidadosos e diagramas exploratórios das lógicas compositivas e programáticas do partido. A produção textual não se restringe a memoriais explicativos, sendo praticada como uma forma de refletir sobre o projeto para além do desenho e constituindo, por si só, valiosa contribuição.
Acompanhe esta conversa e conheça mais sobre a história e os bastidores do trabalho destes arquitetos.
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Referências e Comentados no episódio:
Livro: "O oráculo da noite: A história e a ciência do sonho" | Sidarta Ribeiro - Amazon
Livro: "Verdade Tropical" | Caetano Veloso - Amazon
Live: "Mesa 6: Sonhos para adiar o fim do mundo, com Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro" | Youtube
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24 Aug 2020 | Arquicast 115 – O Ensino de Arquitetura e a Pandemia | 01:16:20 | |
O ensino de Arquitetura e Urbanismo, assim como todas as outras áreas do saber, sofreu um grande impacto com a pandemia. Obrigados a ficar em casa, alunos e professores se viram em um tremendo desafio imposto pelo distanciamento físico: como manter a qualidade da prática do ensino?
A maioria das faculdades federais suspenderam as atividades presenciais, mas disponibilizaram seu espaço institucional e parte do corpo docente e de pesquisadores para o enfrentamento da pandemia. Atividades de pesquisa e orientações foram adaptadas para o ambiente remoto e outras atividades complementares foram programadas, de forma a oferecer alternativas à paralisação abrupta da educação presencial. Os cursos que se dispuseram a dar continuidade ao calendário letivo tradicional tiveram que migrar conteúdos e flexibilizar convicções para se adequarem ao ambiente virtual de aprendizagem em um brevíssimo espaço de tempo.
Já os cursos particulares, na necessidade de continuar a oferecer os serviços a que foram contratados, apostaram no ensino 100% à distância, apoiados nas decisões do Ministério da Educação, que reconheceu o momento de exceção. Muitas instituições particulares já ofereciam parte do currículo na modalidade EaD, o que facilitou a transição em termos de organização de conteúdo em plataformas e dinâmicas de interação entre aluno e professor. Mas não sem prejuízo para o corpo docente, em especial, que teve uma ampliação de carga horária imediata sem garantias de remuneração e sob o risco de demissões em massa pela evasão de alunos e queda de arrecadação de seus empregadores.
Várias entidades, como o IAB-BR, ABEA, FeNEA e o próprio CAU-BR, já faziam ressalvas à adoção do EaD para o ensino de arquitetura e urbanismo antes da chegada da pandemia, por diversos motivos relacionados à natureza disciplinar do curso e aos diferentes alcances que a abordagem pedagógica presencial consegue oferecer. Além disso, as desigualdades sociais e econômicas, já tão agudas, ficam ainda mais evidentes na medida em que aprender remotamente só é uma opção viável para quem dispõe de um lugar adequado para acompanhar as aulas, equipamentos atualizados e muitos dados de internet. Mas a indeterminação quanto ao tempo de duração do isolamento forçou tomadas de decisão e acelerou processos que só poderão ser avaliados no futuro.
O cast desta quinzena traz a experiência e as angústias de três arquitetos que, em diferentes papéis, participam do contexto acadêmico e precisam, no seu dia-a-dia, assumir posturas e adaptar rotinas na busca de compreender o que é possível ser feito pelo ensino de arquitetura neste contexto excepcional e quais aprendizagens esta pausa nos revela sobre a maneira como estávamos ensinando e aprendendo antes da pandemia. Mariana Wilderom (IAB-SP), Carlos Eduardo Nunes-Ferreira (ABEA) e Pedro Fiori Arantes (UNIFESP) são nossos convidados nesta importante conversa, sugerindo boas perguntas para este necessário momento de questionamento sobre a educação do arquiteto e urbanista. Até a próxima!
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Referências e Comentados no episódio:
Matéria ArchDaily | link | "Arquiteturas da distância: o que a pandemia pode revelar sobre o ensino de Arquitetura e Urbanismo"
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07 Sep 2020 | Arquicast 116 – Arquitetura e Urbanismo na América Latina | 01:10:55 | |
Falar sobre a história das cidades e da arquitetura na América Latina demanda um exercício de desconstrução. A narrativa oficial e mais difundida se concentra na compreensão das consequências da ocupação do continente americano – norte, centro e sul – pelos colonizadores europeus, em detrimento do reconhecimento das diversas culturas, técnicas e economias que há mais de mil e quinhentos anos definiam modos de vida e produção do espaço através de diferentes tradições construtivas, tão pertinentes ao contexto multifacetado do continente mais “vertical”, onde cabem mais latitudes que qualquer outro.
O termo cunhado pelos franceses, “América Latina”, separa aquilo que a geografia define como uma unidade continental, reforçando a leitura de subcontinentes e distinguindo a América do Norte das demais. Mesmo que muitos considerem esta distinção coerente com as histórias dos países e suas heranças culturais, associado ao termo “latino” há velados preconceitos e, acima de tudo, muito desconhecimento. O arquiteto Fernando Lara, um grande estudioso sobre o tema, nos acompanha nessa conversa, buscando trazer a arquitetura e a cultura urbana latino-americanas para o centro do debate.
O conhecimento sobre as culturas pré-colombianas varia bastante entre os países, muito em função das dinâmicas de colonização e da capacidade de resistência dos povos nativos, na medida em que muitos povos foram completamente dizimados, dificultando o acesso à informação sobre os atributos originais do saber fazer em cada localidade, sempre muito relacionado às especificidades geográficas e sociais. Entretanto, a produção arquitetônica contemporânea tem demonstrado crescente interesse em compreender essas raízes, com exemplares de arquiteturas extremamente originais.
Como comenta Fernando Lara, não existe cultura pura. A cultura é sempre um híbrido entre diferentes tradições. E as arquiteturas latino-americanas são, neste sentido, símbolos concretos dessa hibridização, que está longe de resultar homogênea, ainda que num mesmo país. O Brasil é um grande exemplo disso.
Na primeira metade do século XX, época dos preceitos dogmáticos do movimento moderno, a produção em nosso continente se destacou pela interpretação original que fez da doutrina corbusiana, ganhando maior notoriedade no exterior, apesar de ainda haver pouco diálogo entre os arquitetos latino-americanos propriamente. O direcionamento pragmático para a inovação e a necessidade de refletir uma imagem progressista de nação permitiram à arquitetura moderna, em especial a brasileira, um descolamento das preexistências que até então serviam como referencial urbano e arquitetônico.
A troca de conhecimento sobre arquitetura e sobre as práticas no interior do continente é algo bastante recente. Mas, uma vez que se voltem os olhos para ela, nossa cultura arquitetônica se mostra vigorosa, contextualizada e, por isso mesmo, bastante plural. Não faltam bons exemplos para demonstrar isso, e você pode descobrir aqui em nosso programa. Até a próxima!
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Referências e Comentados no Episódio:
Concurso Nacional de Arquitetura | Fábrica Mascarenhas
Max Bill | vida e obra
Livro: "Arquitetura nova" | link amazon
Sobre Ailton Krenak | amanhã após pandemia
Sobre Conceição Evaristo | literatura afro-brasileira
Artigo Fernando Lara | vitruvius
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20 Sep 2020 | Arquicast Especial – Concurso Fábrica Mascarenhas (IAB/PJF-2020) | 00:49:55 | |
É com muito orgulho que apresentamos o nosso primeiro episódio da série Arquicast Especial. Com o intuito de divulgarmos, ações, eventos, concursos, exposições, lançamentos, palestras, instituições, e tudo mais que for de extrema importância para o nosso meio, o primeiro especial chega com o apoio do Instituto dos Arquitetos do Brasil.
Para inaugurar a série, divulgamos hoje o mais novo concurso realizado pelo IAB Nacional, com coordenação do IAB/MG, em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora, nossa cidade natal. O Concurso FÁBRICA MASCARENHAS. (link para as inscrições)
Trata-se de um projeto de requalificação, que inclui o Complexo Turístico e Cultural Bernardo Mascarenhas e Rua Paulo de Frontin. Nele, somam-se atividades culturais junto a um espaço urbano numa área privilegiada e central da cidade. Essa iniciativa pretende tornar o local mais atrativo à população e para aqueles que visitam a cidade. E nada melhor que um concurso de arquitetura, que vai até a etapa de Anteprojeto, para incentivar a profissão e promover a discussão do projeto de arquitetura e urbanismo como ferramenta para melhorar nossas cidades. São objetivos gerais desse concurso, conforme termo de referência:
Contribuir para a preservação, valorização e contextualização urbanística do patrimônio histórico arquitetônico e urbanístico;
Tornar o Espaço Mascarenhas o mais atrativo destino da população e dos que visitam a cidade;
Fomentar o uso do Espaço Mascarenhas como polo de Economia Circular e Criativa;
Valorizar o entorno dos edifícios do Espaço Mascarenhas, reforçando a mobilidade a pé e o uso dos espaços públicos;
Proporcionar a democratização das oportunidades de exercício profissional e valorização do trabalho do Arquiteto e Urbanista na concepção e desenvolvimento de projetos desta natureza.
Para falar mais detalhes sobre esse concurso participam do programa o arquiteto e urbanista Nivaldo Andrade, presidente do IAB Nacional, Cláudia Pires, conselheira do IAB e coordenadora do concurso. E representando a Prefeitura de Juiz de Fora, Romulo Veiga, Secretário de Planejamento e Gestão.
Escutem, divulguem para os colegas e claro, inscrevam-se no concurso! Até a próxima!
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Referências e Comentados no Episódio:
Concurso Nacional de Arquitetura | Fábrica Mascarenhas
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21 Sep 2020 | Arquicast 117 – Entrevista: Miguel Pinto Guimarães (MPGAA) | 01:15:23 | |
O mais recente episódio da nossa série Arquicast Entrevista traz como convidado o arquiteto Miguel Pinto Guimarães, um dos palestrantes confirmados para o 27º Congresso Mundial de Arquitetos, promovido pela UIA, que acontece no Rio, em julho de 2021. Formado pela UFRJ em 1997, Miguel acumulou experiência trabalhando com projetos em parcerias importantes, como as sociedades com Thiago e Claudio Bernardes. Mas desde 2003 está à frente do MPG Arquitetos Associados, onde pôde buscar um repertório próprio com a ajuda de suas sócias Adriana Moura e Renata Duhá. Quem também participou do bate-papo foi outro arquiteto carioca, Alexandre Pessoa, doutor e professor na FAU-UFRJ, amigo e contemporâneo à Miguel na graduação.
Numa conversa bastante despojada, bem característica do perfil de nossos convidados, comentamos sobre o “jeito carioca” de ser arquiteto. Na expectativa de compreender como a cidade influencia sua visão sobre arquitetura, a resposta de Miguel nos levou bem além do projeto e apontou exemplos dessa identidade em diversas outras situações profissionais, como por exemplo o relacionamento com o cliente, a dificuldade – ou um certo estranhamento – em trabalhar em cidades de cultura diferente, como São Paulo, onde o escritório também atua e onde o “jeito paulista” de ser, mais objetivo nas palavras de Miguel, define as dinâmicas de trabalho. Certo é que a cultura carioca está representada na arquitetura, nos processos de trabalho e nos interesses de Miguel e de toda sua geração.
O arquiteto sempre se destacou no mercado de edifícios residências e mostra apreço pela oportunidade que esta tipologia traz ao demandar uma relação mais próxima com o cliente, de cunho mais emocional, diferente de projetos comerciais, por exemplo. E nisso a facilidade de comunicação e uma certa informalidade, associadas ao carioca em geral, são vistas como pontos positivos e que Miguel conscientemente aplica em suas relações profissionais.
Com uma equipe entrosada, a dinâmica de trabalho envolve uma constante troca de ideias, grande dedicação e muita autonomia no desenvolvimento dos projetos, permitindo ao escritório assumir várias frentes de trabalho e com uma crescente diversidade programática. Mesmo com uma carreira consolidada, Miguel não deixa de comentar sobre obstáculos à prática de arquitetura no Brasil, no mercado da construção civil. Como a dificuldade de precificar os serviços de acordo com as tabelas profissionais e o desafio em se fazer pertinente numa sociedade pouco habituada à espaços de notável qualidade, seja no ambiente público ou privado.
Mesmo com uma atuação majoritariamente voltada para arquitetura, Miguel compartilhou seu pensamento sobre cidade, urbanismo e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento urbano. E, sem cerimônia, aponta o que considera uma inversão de valores numa super valorização da arquitetura privada em detrimento do edifício institucional e das áreas livres públicas em geral. O que difere o Brasil de outros mercados, onde projetos públicos são extremamente valorizados.
Vários casos pessoais, muitas risadas e assuntos não previstos pela nossa pauta estão neste cast. Mas que traz, acima de tudo, cultura arquitetônica de qualidade.
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Referências e Comentados no Episódio:
MPGAA Arquitetos | site
Livro: "Dentro do Nevoeiro" Guilherme Wisnik | e-book Amazon
Livro: "Espaço em obra: cidade, arte, arquitetura" Guilherme Wisnik | Amazon
Livro: "Tudo que é sólido desmancha no ar" Marshall Berman | Amazon
Livro: "Colapso" Jared Diamond | Amazon
Livro: "A enxada e a lança: A Africa antes dos Portugueses" Alberto da Costa e Silva| Amazon
Livro: "O terceiro chimpanzé: A evolução e o futuro do ser humano" Jared Diamond | Amazon
Filme: "O barbeiro do presidente" | Netflix
Série: "Trotsky" | Netflix
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05 Oct 2020 | Arquicast 118 – Games e Arquitetura | 01:22:41 | |
A indústria dos videogames é uma das mais lucrativas do mundo e envolve uma constante busca por inovação e criatividade. O campo conhecido como Game Design envolve a criação e o planejamento dos elementos, regras e dinâmica dos videogames. Faz parte deste processo pensar nos ambientes virtuais onde a ação do jogo se desenrola, posicionando o jogador em contextos virtualizados ricos em detalhes e cheios de personalidade. Seja na reprodução minuciosa de cidades reais e conhecidas, seja na criação de lugares totalmente novos, a arquitetura e o urbanismo são aliados do profissional que desenha estes produtos, o game designer.
O arquiteto, por sua vez, tem a tecnologia como ferramenta de trabalho. Muitas vezes uma ferramenta nova altera as formas de pensar e fazer arquitetura e há bons exemplos de aparatos digitais, provenientes do universo gamer, que hoje fazem parte da prática so arquiteto, no processo de assimilar novas tecnologias para representar e estudar cidades e arquiteturas, como softwares de renderização e realidade virtual.. E é por isso que o Arquicast desta semana convidou o game designer João Marcelo Beraldo, da INSANE, para conversar sobre afinidades entre esses diferentes profissionais.
Dar forma ao ambiente virtual onde o jogo acontece é crucial no desenvolvimento de games. O espaço do jogo é onde o jogador está e é necessário que este espaço o ajude a compreender os desafios que terá que enfrentar, participando ativamente da narrativa por trás da ação em si. Este contexto virtual dá o tom da história a ser contada e influi psicologicamente nas decisões que o jogador tomará em diferentes momentos. Assim como num livro, onde o escritor, através do texto escrito, envolve os personagens descrevendo os lugares suportes da história, o game designer também precisa transmitir determinada ambiência que o ajude a organizar espacialmente o roteiro previsto para o jogo. Este processo envolve decisões relativas tanto ao conteúdo do jogo, quanto aos recursos mecânicos que irão viabilizá-lo.
Este equilíbrio entre a história do jogo e os recursos técnicos empenhados culmina na criação de cenários usados como dispositivos psicológicos que direcionam o jogador no desenvolvimento das tarefas necessárias à conclusão de cada fase. Como na vida real, reagimos instintivamente a determinados estímulos e somos influenciados pelo ambiente. No videogame, os espaços induzem comportamentos sem tutoriar excessivamente as escolhas de cada jogador, mantendo sua autonomia na partida.
Há vários tipos de jogos e o uso de dispositivos arquitetônicos varia de acordo com o objetivo. E mesmo dentro de um único jogo, há diferentes dimensões que precisam ser contempladas em paralelo à ambientação dos cenários em si, como aspectos econômicos, relativos a formas de monetização, ou critérios de nivelamento das fases na medida que se progride dentro do jogo.
Na busca por ambientar os diversos desafios e sustentar a atenção dos jogadores num mercado extremamente competitivo, a pesquisa histórica se torna uma aliada, na medida em que oferece farto conteúdo imagético sobre lugares reais e ativos na memória coletiva de determinada cultura. É o caso do recurso às cidades e obras greco-romanas ou medievais, e os valores com as quais são associadas. Sem o compromisso de reconstruir fielmente os ambientes, o game designer atua com grande liberdade, lançando mão de referências arquitetônicas de distintos momentos históricos para a criação de contextos completamente novos. Também as cidades e suas lógicas de crescimento são objeto de interesse para o designer, na medida em que é preciso programar como os vários usuários podem construir suas realidades dentro de uma mesma plataforma.
Parece super interessante, não é? E é! Para saber mais desse universo em expansão, ouça o cast com a gente! Aproveite e até a próxima!
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12 Oct 2020 | Arquicast Tecnologia 001 – Especificação de Metais: Economia e Sustentabilidade | 00:38:52 | |
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Dando início a uma nova série de episódios, focada em tendências e inovação da indústria da construção civil para o mercado de arquitetura, está no ar o primeiro Arquicast Tecnologia. Há uma demanda por informação mais aplicada ao campo da prática arquitetônica e nos interessa, nesse sentido, ampliar o debate entre diferentes áreas que participam do processo construtivo nas suas múltiplas etapas.
Como primeiro tema, trazemos a questão da sustentabilidade no processo de projeto e sua implicação nas decisões projetuais de curto e médio prazo. A consciência ambiental é um valor já assimilado pelos profissionais da construção civil, que não podem se furtar em dar respostas para uma sociedade cada vez mais esclarecida e exigente. Dos primeiros traços no papel ao canteiro de obras, muitas são as estratégias para conceber e realizar edifícios eficientes, fazendo uso responsável dos recursos disponíveis e de tecnologias que melhor se aplicam a cada caso.
Dentro do campo da arquitetura de edificações, o momento parece indicar uma preocupação com o aumento do consumo de água e energia elétrica nas tipologias residenciais, tornando pertinente o debate sobre de quais recursos dispõe o arquiteto no objetivo de racionalizar a obra e o funcionamento do edifício, sem deixar de compreender o desejo do cliente e sem comprometer a qualidade do projeto.
Neste sentido, uma estratégia importante é a correta especificação de materiais e produtos, que precisa levar em conta aspectos como durabilidade, desempenho, economia e facilidade de manutenção ao longo do tempo. E quando pensamos na água como recurso natural cada dia mais escasso, os metais se tornam aliados importantíssimos do arquiteto, podendo contribuir para a criação de ambientes mais sustentáveis, mesmo num cenário de crescente demanda, como o que se apresenta atualmente.
Para garantir um bom desempenho dos metais e dos demais componentes responsáveis pela distribuição da água pelo edifício, são necessários muita pesquisa na concepção dos produtos, tecnologia para sua fabricação e mão-de-obra consciente para a correta instalação dos mesmos. Pensando nisso, trouxemos para nossa conversa um grupo de profissionais heterogêneo, afim de elucidar como as diferentes competências contribuem neste processo: uma arquiteta especialista em sustentabilidade, um técnico hidráulico com mais de 30 anos de experiência no mercado e um engenheiro civil especializado em projeto hidráulico e normas de desempenho. Acesse o episódio aqui mesmo e comece já a compartilhar desta informativa troca de experiências.
Até a próxima!
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19 Oct 2020 | Arquicast 119 – Arquitetura no Instagram | 01:10:26 | |
Falar de arquitetura e redes sociais é lembrar, imediatamente, do Instagram. O aplicativo, lançado em 2010, desde o princípio se caracterizou por associar o compartilhamento de fotos a funcionalidades típicas das redes sociais. O sucesso foi extraordinário e em questão de horas após o lançamento já figurava como o aplicativo gratuito de fotografia com maior número de downloads. Em 2 meses, o número de usuários cadastrados superava a marca de 1 milhão.
Grande parte deste sucesso envolve a facilidade de edição e compartilhamento de fotos, impulsionadas pela evolução dos recursos tecnológicos de celulares focados na qualidade das imagens captadas pela câmera. Mesmo que inicialmente voltada à interação social, a rede foi percebida por diferentes nichos profissionais como uma excelente ferramenta para negócios. Foi o caso para o mercado de arquitetura, o qual sempre contou com o poder da imagem como forma de divulgação do trabalho do arquiteto.
Seja para captar clientes, conseguir parceiros de negócio ou simplesmente fidelizar o público com postagens sobre bastidores de obras e projetos, o mundo da arquitetura está cada vez mais presente na rede social. Também o ambiente acadêmico se utiliza da enorme rede de conexões para promover eventos e divulgar diferentes produções; e não faltam perfis dedicados a informar sobre a obra de grandes arquitetos, democratizando conhecimentos muitas vezes restritos ao meio científico.
Mas o bom desempenho na plataforma não depende somente da qualidade do trabalho publicado. Há muito a se aprender sobre recursos, frequência e experiência de uso do seu público alvo para poder explorar a ferramenta de forma eficiente e profissional. Um pouco deste conhecimento foi o que os nossos convidados trouxeram para esta conversa. A arquiteta Amanda Ferber, criadora do perfil Architecture Hunter, contribui com a experiência de quem tem mais de 2 milhões de seguidores em diversos países; também o arquiteto Luiz Paulo Andrade nos conta sua mudança de percepção, quando viu seu negócio ganhar novo alcance ao passar a se dedicar mais a construção do seu perfil, ultrapassando atualmente os 30 mil seguidores.
Com total transparência, os arquitetos comentam sobre quais estratégias abordam em suas postagens, dicas sobre como organizar o feed e sobre periodicidade de engajamento com o público, entre outras informações privilegiadas que efetivamente resultam em maior visibilidade para a empresa ou profissional. Em tempos de intensa atividade digital, também as tendências trazidas por novos recursos dentro da plataforma foram abordadas no episódio. Não deixe de ouvir e prepare-se para olhar para as redes sociais com outros olhos.
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Referências e Comentados no Episódio:
Game: Pathologic | Steam
Conteúdos livres da PixelShow20202 | youtube | site
Perfil Detailit | instagram
Diretor Marijn Poels | Filme | Paradogma | site | canal youtube
Livro Simon Sinek | "O jogo infinito" | amazon
Filme "O dilema das redes" | Netflix
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05 Oct 2016 | Arquicast 006 – Oscar Niemeyer | 01:04:04 | |
Ao som da Bossa Nova, Adilson (@adilsonlamaral), Rapha (@_rapha), Renata (@renatagoretti) e Wagner Rufino (@algods) contam um pouco de suas histórias com as obras do mestre Oscar, e também falam um pouco sobre a relação de amor e ódio que todos nós temos pelo arquiteto brasileiro mais conhecido no mundo!
Comentados no episódio:
Carta aberta de Sylvio Podestá | Portal Vitruvius
Texto de Roberto Segre: Alvorada roja en Brasília | Portal Vitruvius
Filme: "Oscar Niemeyer - A vida é um sopro" | You Tube
Projeto Oscar Niemeyer no Líbano | Uol | GoogleSearch
Urban Theory Lab | Site
O Direito à Cidade | Henri Lefebvre | PDF
A Revolução Urbana | Henri Lefebvre | PDF
Interbau Berlim 1957 | Hansaviertel: A cidade do amanhã | Mara Oliveira Eskinazim | Ed. Ponteio
Brasília por Rem Koolhaas | Revista Centro
Notícias:
Concurso sede IAB-DF + CAU/BR | Site
Mostra Cinema Arq.Futuro | Programação
Medalha de Ouro RIBA 2017 para Paulo Mendes da Rocha | Vitruvius
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Este episódio foi patrocinado novamente pelas deliciosas tortas finas da Donivone!
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26 Oct 2020 | Arquicast Tecnologia 002 – Metais: Design para um bom projeto | 00:32:34 | |
Oferecimento: Tigre Metais
Se pararmos para pensar nos ambientes que frequentamos cotidianamente e nos elementos que deles fazem parte, iremos perceber que estamos cercados por equipamentos que, em conjunto, possibilitam não só a adequação do espaço a um determinado uso, como lhe confere certa personalidade. Tecnologia, estética, economia, funcionalidade. Muitos são os atributos que, em conjunto, fazem um bom design de produto, o que faz com que sua criação envolva muita pesquisa e sensibilidade na busca por soluções eficientes e afinadas com os desejos dos seus usuários.
O segundo episódio da nossa série Arquicast Tecnologia aborda a importância do design na criação de produtos para o mercado de arquitetura, em especial os metais. Presente em diferentes ambientes, são equipamentos de uso cotidiano que demandam resistência, ergonomia e versatilidade. Qualidades almejadas por quem cria e por quem especifica o produto. Para dividir com a gente experiências e refletir sobre tendências, convidamos Vagner Rodrigues, engenheiro de produção especializado em metais sanitários; e a arquiteta Fernanda Rubatino, com mais de 10 anos de prática em projetos corporativos, comerciais e residenciais.
A dupla trouxe para a conversa suas diferentes e complementares perspectivas sobre em que medida o bom design pode contribuir para a qualidade de vida das pessoas: desde o processo de criação e desenvolvimento dos metais, até a etapa de projeto arquitetônico. Questões como quais atributos procurar em um produto, em que momento começar a pensar na escolha de metais e qual o papel da estética na definição do estilo dos metais para a composição de determinado ambiente, estão entre os assuntos levantados.
Como os demais episódios desta nova série, nossa intenção é trazer informação prática, que contribua efetivamente como conteúdo útil ao dia-a-dia das pessoas, reunindo os melhores profissionais e empresas do campo da arquitetura e construção civil.
Veja como podemos agregar conhecimento prático em uma conversa leve e instrutiva!
Até a próxima!
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02 Nov 2020 | Arquicast 120 – Arquitetura e Cinema: Parasita (2019) | 01:05:38 | |
O episódio mais recente da nossa série Arquitetura e Cinema trata do premiado e surpreendente filme sul-coreano Parasita (2019). O diretor Bong Joon-Ho nos convida a refletir sobre fatos e estigmas de uma realidade social que, apesar de focada numa determinada cultura, é representativa de contextos urbanos diversos, como o sul-americano. A luta de classes, afinal, é característica das sociedades modernas e se vê refletida nos espaços que abrigam essas sociedades. Neste sentido, Parasita é uma aula sobre como as desigualdades estruturais desenham a qualidade do ambiente onde vivemos.
O filme parte de uma premissa relativamente simples: uma família pobre percebe uma oportunidade financeira em trabalhar para uma família rica prestando serviços de todos os tipos. Mas, para que possam otimizar seus rendimentos, precisam manipular a situação a seu favor, criando aparências: falsificam documentos, escondem os vínculos familiares que os unem e mentem sobre suas qualificações. Tampouco parecem se importar com o prejuízo que possam causar aos demais envolvidos, tão absortos que estão em sua própria necessidade.
O que começa como uma história quase cômica vai ganhando complexidade e tensão, e rapidamente nada mais é o que parecia ser. Cercada de metáforas visuais e reviravoltas, a trama encontra nas casas de cada uma das famílias o espaço representativo das diferenças culturais e sociais entre elas. Escassez e excesso; confinamento e amplitude são termos que apontam dualidades materializadas nos ambientes de cada cena, fazendo com que a arquitetura e a cidade sejam tão protagonistas desta história quanto as personagens.
Para conversar sobre as diferentes dimensões que o filme nos provoca a debater, convidamos uma jornalista especializada em cinema, Janaína Pereira, e o arquiteto Danilo Hideki, entusiasta do filme e das relações entre estas duas artes. Dentre os aspectos trazidos para a conversa estão a condução genial que o diretor dá ao enredo, passeando por diferentes gêneros cinematográficos, além de sutilezas encontradas nas entrelinhas das filmagens, reveladoras de uma visão crítica sobre as condições de possibilidade que cada contexto econômico permite aos diferentes extratos sociais. Cada família é levada ao seu extremo e a arquitetura se coloca como o palco desigual e cruel onde se desenrolam as situações limites de cada uma.
Há muitas nuances a serem exploradas sobre a temática universal que o filme aborda. Para participar desta conversa necessária ouça o episódio com a gente! Até a próxima!
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Referências e Comentados no Episódio:
Canal: Binging with babish| Vídeo Lamem | Canal YouTube
Vídeo: "The visual architecture of Parasite" | Youtube
Podcast Edgar Wright com Bong Joon Ho | link Curzon
Parasita no canal do Lincon Center | YouTube
Filme: "Assunto de Família (2018)" | Netflix | crítica Metrópoles
Livro: "Baudolino" | Umberto Eco | Amazon
Oasis: '(WHAT'S THE STORY) MORNING GLORY?' | Spotify
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09 Nov 2020 | Arquicast Tecnologia 003 – Painéis Decorativos | 00:39:53 | |
Oferecimento: Mentha Painés Decorativos | Acesse esse link peça seu catálogo físico (para os 10 primeiros!)
O Arquicast Tecnologia traz como protagonista de nossa conversa um produto muito versátil e amplamente utilizado em projetos de arquitetura de interiores: os painéis decorativos. Afinados com o que há de mais inovador na indústria 4.0, os painéis são peças fabricadas com alta tecnologia, mas com a vantagem de poder serem feitos sob medida para cada ambiente, dando ao arquiteto grande liberdade nas possibilidades de aplicação.
Tamanha versatilidade já é reconhecida como um valor tanto por quem cria, quanto por quem investe no produto. O mercado residencial, por exemplo, que tem sido objeto de intensas transformações recentemente, é um dos tipos de projeto que muito tem a ganhar com soluções práticas, adaptáveis à diferentes demandas, sem cair no risco das generalizações formais típicas da produção em massa. Mas como associar a tecnologia da produção industrial à capacidade de customização típica de processos mais artesanais?
Para falar sobre característica do produto, seu processo de fabricação e das possibilidades de aplicação para o mercado de arquitetura, trouxemos convidados que entendem do assunto. Para falar do processo de produção e das características técnicas que qualificam os painéis, convidamos Piero Cerdeira, administrador de empresas, especialista em governança corporativa e planejamento estratégico e hoje é sócio proprietário da Mentha Paineis. Para nos ajudar a visualizar o universo de possibilidades de uso desse material, convidamos a arquiteta Ana Maria Miranda (Art 2A Arquitetura), que há 13 anos trabalha com projetos comerciais e residenciais de alto padrão e que acumula experiência na aplicação de painéis em seus projetos.
A aparente simplicidade dos painéis decorativos pode enganar. Para se conseguir um produto de grande durabilidade, fácil manuseio e instalação, toda uma gama de processos precisa ser levada a cabo. O aparato tecnológico por trás da fabricação dos painéis é bastante sofisticado e prima por otimizar o desempenho do material natural, normalmente feito em MDF. Aplicando-se outros processos ao MDF se consegue uma maior resistência e maior capacidade de customização.
A possibilidade de personalizar o painel com desenhos de autoria do arquiteto – seja recortando a madeira ou talhando desenhos e formas – faz com que se tornem um recurso de projeto importante, podendo revestir superfícies e mobiliário, além de dividir espaços com maior ou menor permeabilidade visual, de acordo com a especificação.
Se interessou? Participe com a gente deste bate-papo! Até a próxima!
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16 Nov 2020 | Arquicast 121 – Arquitetura em Container | 01:02:03 | |
O uso de containers como solução projetual tem se mostrado uma forte tendência na prática arquitetônica contemporânea. A adaptação deste objeto utilitário idealizado para transporte de carga em espaços habitados pelo homem tira partido de algumas características como sua capacidade modular, seu adequado dimensionamento e também da estética industrial que carrega, agradando a muitos segmentos do mercado.
As vantagens do uso do contêiner como arquitetura vão além de seus atributos materiais e espaciais. Um dos problemas da construção civil tradicional é o excesso de resíduo gerado no canteiro de obras. O reaproveitamento de estruturas já existentes diminui significativamente a produção de entulhos, deixando a obra mais limpa, mais rápida e possivelmente com menor custo, a depender de outras definições de projeto.
A ideia de uma construção inovadora, sustentável e economicamente viável é bastante sedutora, mas há limites aos usos possíveis de serem abrigados no container e há especificidades que demandam cuidados nos processos que tratam de sua conversão em objeto arquitetônico. Para esclarecer tais questões e lançar luz sobre outras tantas, convidamos o arquiteto Daniel Assuane (https://www.casacontainermarilia.com.br/) que tem se especializado no uso do container em diferentes projetos, um deles selecionado para o “Building of the Year 2020”, premiação promovida pelo site Archdaily Brasil. O arquiteto Victor Caixeiro também contribui com sua experiência no uso de containers para fins comerciais.
Há relatos do reuso de vagões de trem para outros fins desde o século XIX, na Europa. Também no período de guerra, containers chegaram a ser adaptados para abrigos temporários. Mas a contemporaneidade certamente inaugurou uma forma própria de reaproveitamento do equipamento, explorando sua capacidade como unidade compositiva e refinando a rusticidade estética do objeto original. Os projetos que têm no container seu partido inicial não necessariamente precisam se restringir a ele, o que gera uma diversidade de soluções plásticas quase contraditória a lógica de modulação baseada no agrupamento de partes iguais.
Outras especificidades podem ser apontadas quanto aos cuidados na hora de escolher qual container comprar, com quais materiais revestir e como os sistemas complementares de funcionamento do edifício dialogam com a estrutura em caixa, usualmente feita em aço cortén. Mas nada que dificulte sua grande aplicabilidade para o projeto arquitetônico e sua execução.
Para começar a tirar suas dúvidas e curiosidade a respeito, ouça nosso episódio. Até a próxima!
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Referências e Comentados no Episódio:
Tiny Houses no Brasil: site
Entender a estrutura do container | artigo
Trendwatching.com
Série: Atlanta | Netflix
Canal "entre para morar" | youtube
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23 Nov 2020 | Arquicast Especial – UIA2021RIO EXPO (Ep01) | 00:27:40 | |
Hoje iniciaremos mais uma série do Arquicast Especial! No centro do debate está a UIA2021RIO EXPO, a feira de serviços e negócios que faz parte do 27º Congresso Mundial de Arquitetos, maior evento internacional voltado para o campo da arquitetura, que acontece no Brasil pela primeira vez. Em julho de 2021 a cidade do Rio de Janeiro será o palco deste grande momento de encontro, de troca de conteúdo e de oportunidades de negócios, numa escala e abrangência inéditas para quem é da área da arquitetura, decoração e design.
Julho de 2021 pode parecer longe, mas as atividades associadas a feira já estão a pleno vapor! Vários eventos estão programados para todo semestre e as diferentes plataformas de interação com a Feira vão garantir fácil acesso as informações mais atualizadas.
Pensando nisso, o Arquicast inaugura a parceria com a UIA2021RIO EXPO, nos tornando o podcast exclusivo do evento e operando como um canal de comunicação das atividades, através de episódios mensais com conteúdo e notícias pertinentes à feira e toda a programação associada. Serão 9 episódios até julho, disponíveis em todos as plataformas Arquicast, no site oficial do evento e também pelo Youtube, no canal EXPO, acessando a playlist Podcast Arquicast/Expo (link).
Para dividir com a gente a experiência de organizar um megaevento como este e contar porque esta é uma oportunidade imperdível para quem é da área, convidamos Diego Vidal, Gerente de Projetos; e o arquiteto Anderson Fioreti, Consultor Técnico e Diretor de Conteúdo da UIA2021RIO EXPO.
Dentre vários assuntos, falamos sobre o conceito de feira como um lugar de encontro, indo além do entendimento tradicional de um grande ambiente de vendas. As generosas dimensões dos armazéns a serem ocupados pela Expo, no Pier Mauá, receberão atividades que aliam inovação, conhecimento e ocasião de negócios, porém ambientadas em uma atmosfera de entretenimento, contando com programação cultural variada e com o clima de informalidade e celebração característicos da cidade do Rio. O foco é na experiência do arquiteto no universo da Expo.
O evento é voltado para arquitetos, designers e estudantes e para isso promove espaços para diferentes perfis, seja expositor ou visitante. Também pela parceria com o congresso, debates e palestras serão promovidos, através de nomes importantes da área, mas com enfoque prático, voltado ao conhecimento aplicado na construção e na produção de projetos.
Comece desde já a participar desta grande comemoração da arquitetura e do design internacionais acessando e interagindo no site www.uia2020rioexpo.com e também no perfil do instagram do evento (@uia2021rioexpo)
Até a próxima!
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30 Nov 2020 | Arquicast 122 – Trabalho Final de Graduação | 01:04:22 | |
O Arquicast da quinzena traz o Trabalho Final de Graduação (TFG), ou Trabalho Final de Curso (TCC), para o centro do debate. Essa famosa sigla remete a um momento muito importante na educação de todo arquiteto. Para os já formados, é uma das lembranças mais marcantes de toda a faculdade. Para o estudante, pode ser uma etapa com sentimentos conflitantes: a ansiedade pelo desafio que terá pela frente, associada ao entusiasmo de desenvolver um projeto com total autonomia.
Esta etapa da formação costuma seguir um ritual que envolve incertezas, expectativas e acima de tudo muito trabalho. Além disso, um TFG bem desenvolvido pode significar uma primeira oportunidade de se apresentar para o mercado profissional, coroando o portifólio de produção acadêmica tão importante na comunicação das habilidades e personalidade do futuro arquiteto. Não por acaso, esta disciplina de projeto é objeto de concursos de alcance nacional e internacional, ajudando a refletir a qualidade do ensino de arquitetura nos diferentes contextos.
Muitas faculdades dividem o percurso final do aluno no curso em duas etapas: uma teórica, focada na pesquisa bibliográfica sobre o tema, e outra projetual, onde a pesquisa é aplicada no desenvolvimento do projeto em uma situação hipotética, e na sua expressão gráfica nas diferentes etapas de detalhamento. O formato final da entrega e apresentação do trabalho pode variar bastante entre as instituições, mas normalmente conta com uma banca examinadora, composta por professores internos e convidados externos, o que torna a experiência emocionalmente desgastante para o aluno em avaliação.
Apesar do desgaste, é fato que a capacidade de defender ideias frente a um público, equipe e parceiros, é uma das competências mais exigidas do arquiteto no campo profissional. E essa defesa se dá através da organização do conjunto dos documentos gráficos que traduzem o projeto bi e tridimensionalmente, mas também através da clareza e empatia com que os argumentos de projeto são oralmente comunicados pelo arquiteto. O sucesso de um projeto muitas vezes repousa, ainda, na habilidade do profissional em ouvir críticas, assimilar mudanças e reapresentar propostas mais afinadas com a expectativa e necessidade do usuário.
Mas qual é o papel do TFG na formação do arquiteto? Quais os objetivos, pedagógicos e metodológicos, que devem pautar a escolha do tema e a condução do processo? Estas perguntas causam acalorados debates entre professores, alunos e acadêmicos. Não há consenso – o que não é necessariamente ruim – sobre quais objetivos priorizar: uma temática mais pragmática, voltada para a compreensão do contexto profissional em que o aluno irá atuar e uma escala que permita maior definição da materialidade e tectônica da intervenção; ou uma abordagem mais experimental, apoiada em parâmetros inovadores e visão mais holística do problema de projeto, contribuindo para o questionamento do campo profissional estabelecido. Qual o equilíbrio entre dinâmicas de conservação e inovação no processo de ensino e aprendizagem do futuro arquiteto?
Para saber mais sobre expectativas e preocupações pertinentes ao tema e ouvir um pouco sobre a experiência de quem já passou por este inesquecível momento. Bom cast e até a próxima!
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Referências e Comentados no Episódio:
Concurso TCC | Projetar.org
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14 Dec 2020 | Arquicast 123 – Sessão Terapia: os problemas da profissão | 00:58:19 | |
Arquiteta e arquiteto que se preze adora falar sobre a profissão e sua importância para a qualidade de vida das pessoas. Não é pra menos! Sabemos que podemos contribuir na construção de um ambiente urbano mais justo e que nossas atitudes podem impactar diretamente o cotidiano de quem vive na cidade. Mas – e tem sempre um “mas” – não estamos livres de problemas. Ser crítico com nós mesmos e saber reconhecer nossas dificuldades é fundamental para evoluir na carreira e na vida pessoal. Essa auto avaliação pode passar por pontos dos mais pessoais – como o ego ou a maneira de se colocar para os outros – até aqueles que são base do que fazemos, como as fronteiras do nosso campo profissional. Por isso, hoje é o dia de explodir o hatch, de lavar a roupa suja, deitar no divã e refletir sobre quais aspectos de nossa postura profissional como arquitetos e arquitetas merecem mais atenção! Bora ouvir!
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Programa Pascquale Cipro Neto CBN | link
Filme | Amazon Prime | O mal não espera a noite | link
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21 Dec 2020 | Arquicast Especial – Resultado do Concurso Fábrica Mascarenhas (IAB/PJF-2020) | 00:40:42 | |
Saiu mais um ARQUICAST ESPECIAL, agora para fazer um balanço final do Concurso Fábrica Mascarenhas. Esse concurso - realizado através parceria entre Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, IAB-MG e IAB nacional - foi um sopro de otimismo para reforçar a importância dos vínculos institucionais no planejamento das cidades, além de dar visibilidade à importância dos trabalhos em arquitetura e urbanismo para a sociedade. Estamos hoje aqui novamente com a coordenação do concurso, a arquiteta Cláudia Pires; com o representantes do IAB e presidente da comissão julgadora, Lucas Franco; e claro, com o vencedor, o arquiteto e urbanista Henrique W. Zulian. Aperta o play!
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Concurso Nacional de Arquitetura | Fábrica Mascarenhas
Link para download das pranchas do projeto vencedor.
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28 Dec 2020 | Arquicast 124 – Outros Problemas da Nossa Profissão | 00:54:39 | |
Como diz aquele bom ditado: “o choro é livre!”. Estamos aqui novamente, em formato de power trio, para reclamar um pouco mais e enterrar de vez as mágoas que 2020 fez questão de acentuar. Brincadeira à parte, nada melhor que uma sessão de descarrego! Para que possamos limpar de vez toda negatividade acumulada! 2021 promete e estamos aqui, acima de tudo, para nos divertirmos com as sugestões que vocês nos enviaram. Algumas são do episódio passado, mas resolvemos incluir o pessoal que também mandou e acabaram não sendo mencionados durante o programa. Deita aí no sofá, apaga luz e vem com a gente nessa meditação!
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Dica do Lucas Lima (@oxi_emmanuel) : Arquiteta Luisa Miller da @win.arquitetura e @espoarchitecture
Livro: Cabro Frio Revisitado - Editora Sophia
Livro: Infinito Vão - Editora Monolito
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31 Dec 2020 | Arquicast Especial – UIA2021RIO EXPO (Ep02): O mercado da Arquitetura e da Construção em 2020 | 00:38:33 | |
Como todo final de ano pede, está na hora de fazermos um balanço de como foi 2020 para o mercado de arquitetura. O ano da pandemia trouxe vários desafios e uma nova realidade com a qual o campo da arquitetura e da indústria da construção civil tiveram que lidar. Neste episódio, vamos saber um pouco mais sobre as adaptações que foram necessárias para sobreviver ao ano de 2020, e quais as expectativas do mercado para 2021. Para isso, estamos com dois convidados que entendem do assunto: Celso Rayol, arquiteto, sócio diretor da Cité Arquitetura e presidente da ASBEA do Rio de Janeiro; e Eduardo Machado, superintendente do Casa Shopping, parceiro da UIA2021RIO EXPO. Comece desde já a participar desta grande comemoração da arquitetura e do design internacionais acessando e interagindo no site www.uia2020rioexpo.com e também no perfil do instagram do evento (@uia2021rioexpo)
Até a próxima!
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04 Jan 2021 | Arquicast Especial – Concurso de Arquitetura Senac BH (IAB/2021) | 00:49:01 | |
É com muito orgulho que apresentamos mais um episódio Arquicast Especial. Como vocês já sabem, o objetivo dessa série é divulgarmos ações, eventos, concursos, exposições e tudo mais que for de importante para a nossa audiência. Novamente esse especial chega com o apoio do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Após o sucesso do concurso anterior (FÁBRICA MASCARENHAS), divulgamos hoje mais um concurso em Minas Gerais, agora em parceria com o SENAC MINAS: O Concurso de Arquitetura SENAC BH (link para as inscrições)
Trata-se de um projeto para requalificar o complexo de edifícios SENAC BELO HORIZONTE, que é composto por dois edifícios localizados na Rua dos Tupinambás, os chamados “Bloco I” e “Bloco II”, ambos finalizados na década de 70.Tendo em vista o potencial do complexo, será selecionada a melhor proposta que seja capaz promover o diálogo com os contextos histórico e cultural nos quais a unidade está inserida, respeitando a configuração espacial urbana e arquitetônica do Hipercentro de Belo Horizonte.
Além da atualização geral das instalações da unidade, o retrofit também visa propiciar, por meio da arquitetura, dos mobiliários e dos espaços, o conceito de anytime, anywhere learning (“a qualquer hora, em qualquer lugar, aprendendo", em livre tradução). A biblioteca, o restaurante e o bar, funcionando como espaços de acesso livre ao público, deverão ser o elo entre o cidadão e os espaços do entorno e os espaços interiores do Senac, de forma fluida e natural. O primeiro colocado receberá R$ 70 mil; o segundo, R$ 30 mil e o terceiro, R$ 20 mil. Os responsáveis pelo anteprojeto vencedor vão desenvolver os respectivos projetos executivo de arquitetura, complementares, além da aprovação do projeto legal. O concurso tem previsão de finalização em maio de 2021.
Para falar com mais detalhes sobre essa jornada, participam do programa a arquiteta e urbanista Cláudia Pires, conselheira do IAB e novamente coordenadora do concurso. Também representando o IAB, a arquiteta Taís Mascarenhas. Participam como representantes do Senac BH os arquitetos Maurici Pizzi Máximo e Ivanil Costa Junior.
Escutem, divulguem para os colegas e claro, inscrevam-se no concurso! Até a próxima!
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Concurso de Arquitetura Senac BH | SITE OFICIAL
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18 Jan 2021 | Arquicast 125 – Livros Clássicos: Aprendendo com Las Vegas | 01:10:57 | |
Para começar o ano de 2021, trazemos um livro dos mais importantes da história e da crítica em arquitetura e do urbanismo. Com três autores, Robert Venturi, Denise Scott Brown e Steven Izenour, o livro traz uma curiosa abordagem a respeito de uma cidade que viu seu crescimento acontecer em prol do jogo de azar e, dizem, por um grande incentivo da máfia. Las Vegas, cidade repleta de letreiros, estacionamentos e, é claro, cassinos, serviu como a referência para os autores apresentarem um novo ponto de vista sobre a forma da cidade e os caminhos da arquitetura.
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Referências e Comentados no Episódio:
Concurso de Arquitetura Senac BH | site
Livro: Um novo Mundo: O despertar de uma nova consciência | amazon
Série: O Gambito da Rainha | netflix
Filme: Cassino (1995) | imdb
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25 Jan 2021 | Arquicast 126 – 100 anos do Instituto de Arquitetos do Brasil | 00:57:47 | |
Este ano o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) completa 100 anos, mais precisamente em 26 de janeiro. A comemoração dessa importante data iniciou ano passado com a exposição “Instituto de Arquitetos do Brasil, Rumo ao Centenário”, no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, apresentando uma linha do tempo com os fatos marcantes da história da instituição, dentre eles o 1º Congresso Pan Americano de Arquitetos em Montevidéu no Uruguai em 1920, que foi um marco para a criação do instituto no ano seguinte.
Desde os primeiro anos o IAB trabalhou na divulgação da arquitetura, com a realização de concursos de projeto, participação em diversos movimentos artísticos, políticos e sociais nas décadas seguintes, sempre com a preocupação em aprimorar, divulgar e defender o exercício profissional. De lá para cá muita coisa mudou no planeta e na sociedade, cada vez mais indicando a urgência da consolidação da classe perante aos desafios do novo milênio.
Para contar um pouco dessa história e também apontar caminhos para o futuro do IAB no Brasil, participam do programa a arquiteta e urbanista Maria Elisa Baptista, primeira mulher e atual presidente do IAB nacional, e o arquiteto Luiz Eduardo Sarmento, atual diretor de cultural do instituto.
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Lançamento Filme NEM LIFE S.A. (Pandora Filmes) Direção: André Carvalheira | Assista aqui em streaming entre 27 e 29/01/20201
Livro: "Caminhos que levam a cidade" - Vera Francileite | Travessa
Livro: "As Mãos Inteligentes: A Sabedoria Existencial e Corporalizada na Arquitetura" - Juhani Pallasmaa | Amazon
Livro: "O templo" - Stephen Spender | Amazon
Livro: "Arquitetura Nova: Sérgio Ferro, Flávio Império e Rodrigo Lefèvre, de Artigas aos Multirões" - Pedro Fiori Arantes | Amazon
Episódios Arquicast:
Arquicast com Caio Santo Amore
Arquicast sobre assistência técnica em arquitetura e urbanismo com Ana Paula Luz
Podcast Discoteca Básica: https://discotecabasica.libsyn.com/
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29 Jan 2021 | Arquicast Especial – Arquitetura e Cinema: NEW LIFE S.A. | 00:50:04 | |
O primeiro filme brasileiro a fazer parte da nossa série Arquitetura e Cinema, New Life S/A é também a estreia do diretor recifense André Carvalheira na direção de longas-metragens. O roteiro foi originalmente pensado por André para abordar a especulação imobiliária na cidade do Rio de Janeiro. Mas entre o argumento inicial e a oportunidade de realização do filme, André mudou-se para Brasília e a cidade passou a ser objeto de interesse e de escrutínio do olhar poético do diretor. A construção e a venda do condomínio residencial New Life S/A são o pano de fundo desconcertante que nos permite olhar para a produção da cidade com olhos bem abertos. Participam da conversa o próprio diretor, e a jornalista especializada em cinema, Janaina Pereira.
A questão imobiliária já havia sido abordada por André em outros projetos, mas a cidade de Brasília trouxe certa inquietação para o diretor, pela expansão urbana desenfreada e desigual, tão visível para quem habita a cidade para além do cartão-postal. A capital, que conta a história do projeto modernista brasileiro idealizado e tornado real pelos traços de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, também revela a realidade de uma geografia social frágil e distante da imagem de um país comprometido com o progresso.
O arquiteto retratado no filme é visto inicialmente como um profissional idealista, que carrega certa utopia e desejo de mudança, sendo uma personagem fundamental para a trama, assim como políticos e empreiteiros. Sua inocência inicial, entretanto, não o impede de participar de esquemas escusos e jogos de poder tão habituais nas grandes cidades, especialmente naquelas que concentram influência política e econômica como Brasília.
Naturalmente, o ambiente político da capital permeia todas as ações que se dão no campo ampliado da arquitetura e da construção civil, e toda uma hierarquia social se faz presente na tensa relação entre os diferentes personagens: arquiteto, pedreiros, mestre de obras, engenheiros e até publicitários. Na busca de viabilizar a construção de um condomínio residencial de alto padrão, problemas com remoções e invasão de áreas de preservação trazem para a cena profissionais envolvidos nas diferentes instâncias administrativas responsáveis pela liberação de projetos e pelo próprio planejamento do território. E, neste momento, o arquiteto passa a ser apenas mais uma peça do quebra-cabeça, envolvendo políticos influentes e poderosas figuras do judiciário. O cliente é o personagem que menos interessa nesta história.
É um enredo bastante familiar para brasileiras e brasileiros, mas causa incômodo a naturalidade com que aceitamos o desenrolar da história. Usando de uma narrativa sarcástica a fim de enfatizar este desconforto, o diretor acerta em cheio ao desmitificar a imagem do arquiteto como o gênio criativo, colocando-o num lugar de crise necessário para a reflexão sobre nosso papel na construção deste contexto desigual e excludente.
A desigualdade social e econômica marca presença nas relações de trabalho no canteiro de obra, nas relações familiares simuladas na produção publicitária do empreendimento, no contexto urbano onde está inserido o condomínio. E em todos estes momentos está presente também uma arquitetura e um modelo de cidade que colaboram para esta realidade.
Muitas outras nuances são debatidas no filme, por isso não deixe de assistir e depois vir conversar com a gente. Bom cast e até a próxima!
Parceria de divulgação:
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Referências e Comentados no Episódio:
Assista o Filme em streaming até 29/01/2021 em: www.bit.ly/queronewlife
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08 Feb 2021 | Arquicast 127 – Entrevista: Gabriela de Matos | 00:51:08 | |
Nosso mais novo episódio retoma a série de entrevistas em grande estilo. Nossa convidada foi eleita em 2020 “Arquiteta do Ano” pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Rio de Janeiro, e é uma das palestrantes convidadas para o 27 Congresso Mundial de Arquitetos, promovido pela UIA2021 RIO.
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-MG, especialista em Sustentabilidade e Gestão do Ambiente Construído pela UFMG e cursando o mestrado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas na USP, a jovem arquiteta se destacou pelo importante trabalho à frente do projeto Arquitetas Negras, que desde 2018 mapeia a produção arquitetônica de mulheres negras no Brasil. Reforçando sua dedicação ao tema da igualdade racial e de gênero, ela ainda assina o editorial do livro Arquitetas Negras vol.1, vencedor do prêmio IAB-SP na categoria Publicações de Arquitetura, em 2019. Como se não bastasse, a arquiteta acumula o cargo de vice-presidente do IAB-SP na atual gestão e é sócia-fundadora do escritório Brandão de Matos, desenvolvendo projetos e consultorias desde 2014. Conversamos com a polivalente Gabriela de Matos!
A busca por uma formação mais humanista e inclusiva tornou-se um objetivo mais claro para a arquiteta após a conclusão de sua graduação, na prestigiada faculdade particular da capital mineira. Foi o exemplo de pessoas que passou a conviver nos anos iniciais como recém-formada, em grupos voltados a valorização da cultura negra, que, talvez indiretamente, tenha assimilado a necessidade de assumir a luta por igualdade racial como um propósito também profissional. Não que já não fosse consciente do racismo. Como ela mesma aponta, todo negro nasce sabendo o que é ser discriminado. Mas nesses grupos e em sua produção cultural encontrou uma oportunidade de exercitar a voz que não teve na graduação.
Foi quando percebeu o ambiente “embranquecido”, em suas palavras, em que estudava, ainda que não tivesse sofrido diretamente nenhum tipo de preconceito por parte dos colegas estudantes e dos professores. Esta parece ser uma questão fundamental nessa discussão: ao nos acostumarmos à ausência de diversidade social, passamos a não enxergar os mecanismos de exclusão que sustentam, algumas vezes não intencionalmente, os ambientes que frequentamos e a toda nossa formação.
A arquitetura, neste sentido, é considerada um campo profissional elitista e reprodutor de uma cultura de distinção, como se determinados perfis fossem mais habilitados a exercer a atividade do que outros. Tanto que Arquitetura e Urbanismo é um dos cursos com menor presença de negros, perdendo apenas para Medicina (fonte).
O que ocorre é que essa habilidade “natural” provém da valorização de um conhecimento intelectual pouco acessível a camadas sociais mais pobres ou culturalmente distantes das referências teóricas e projetuais que autorizam esse saber. Ou seja, a manutenção da cultura dominante sobre o fazer arquitetônico exclui, de partida, a contribuição e a produção plural de grupos sociais vulneráveis dentro da atual realidade urbana brasileira, o que significa menos espaços para negros, mulheres e classes sociais mais baixas.
Para saber mais sobre a história de vida e sobre o ponto de vista de Gabriela sobre estas questões, escute todo o episódio. Temáticas sérias e urgentes, mas trazidas com leveza e empatia neste bate-papo necessário. Até a próxima!
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Referências e Comentados no Episódio:
IAB Rede de Parcerias | https://iab.redeparcerias.com/
Livro: "Arquiteturas Contemporánes en Paraguay" - Goma Oficina | https://gomaoficina.com/projetos/arqpy/
Série: "Pretend it´s a city" | https://www.netflix.com/title/81078137
Banda Black Pumas | https://open.spotify.com/artist/6eU0jV2eEZ8XTM7EmlguK6?autoplay=true
Série: Zoey e sua fantástica playlist | https://globoplay.globo. | |||
12 Feb 2021 | Arquicast Tecnologia 004 – Casa Inteligente | 00:48:01 | |
Oferecimento: Positivo Casa Inteligente
O novo episódio da série Arquicast Tecnologia trata de um assunto que há pouco tempo estava apenas no reduto dos aficionados por tecnologia, ou mesmo nos corredores das instituições de pesquisa e desenvolvimento. As conhecidas “smart homes” ou “casas inteligentes” são, agora, uma realidade bastante acessível. É notório que com a popularização dos smartphones e a melhoria do acesso à internet – ainda que para as camadas mais privilegiadas - diversos gadgets surgiram na esteira da conectividade. A casa inteligente é aquela que melhor atenderá uma geração que já nasceu conectada e que passa mais tempo em casa.
Funcionalidades até então complexas ganharam novas formas de aplicação versáteis e bastante práticas. Segurança, sistemas de iluminação, conforto e comodidade agora estão literalmente na palma da mão, em um clique no seu celular! Para falar um pouco sobre essas novas possibilidades participam da conversa os arquitetos Lucas Shinyashiki e Franco Faust do SOLO Arquitetos, além de José Ricardo Tobias, responsável pela Positivo Casa Inteligente.
O conceito de Casa Inteligente vem de outro paradigma tecnológico da contemporaneidade, o da Internet das Coisas (IoT), que objetiva equipar utensílios da vida cotidiana para se conectarem à uma rede de comunicação. Pensar em uma casa inteligente, portanto, é pensar em soluções controladas digitalmente, através da internet, facilitando o dia a dia dos usuários.
Para o campo da arquitetura, o avanço tecnológico voltado à automação dos ambientes influenciou não apenas as possibilidades de especificação, mas também o próprio processo de projeto, muitas vezes simplificando procedimentos de execução.
Para saber mais sobre desenvolvimento de casas inteligentes e sobre os produtos mais recentes já disponíveis no mercado, escute aqui o episódio e acesse a página da campanha de iluminação da Positivo Casa Inteligente. Até a próxima!
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15 Feb 2021 | Arquicast Especial – UIA2021RIO EXPO (Ep03): Bora na Obra | 00:42:22 | |
Um dos grandes desafios para aqueles que ingressam no mercado de projetos de arquitetura é o pouco conhecimento de como esse mercado funciona. Além das dificuldades naturais de todo negócio em estágio inicial, há um sentimento de despreparo por parte dos arquitetos e arquitetas no que tange à realidade do canteiro de obra e todo o passo-a-passo que envolve tirar um projeto do papel e torná-lo concreto.
Pode parecer estranho para profissionais de outros campos, mas o fato é que arquitetura é uma atividade bastante complexa e a graduação apenas introduz o aluno neste universo, sendo necessária uma aprendizagem continuada para exercer a profissão nas suas diferentes frentes, de forma eficiente e ética. Mas calma, ninguém está sozinho!
Pensando nessa demanda e partindo da própria experiência em montar e sustentar um escritório é que o casal Rafaella e Alex Brasileiro idealizou o Bora na Obra, uma empresa de atividade plural, presente em diferentes plataformas, mas todas com o objetivo de facilitar o cotidiano de quem quer não só projetar, mas executar arquitetura!
Esse é mais um episódio especial que antecede o evento da UIA2021RIO. Comece desde já a participar desta grande comemoração da arquitetura e do design internacionais acessando e interagindo no site www.uia2020rioexpo.com e também no perfil do instagram do evento (@uia2021rioexpo)
Até a próxima!
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22 Feb 2021 | Arquicast 128 – Paisagismo e Arquitetura Paisagista | 00:43:31 | |
Atualmente, um dos campos mais promissores para quem trabalha com projetos é aquele que envolve o planejamento das áreas livres, naturais e urbanizadas, que fazem parte da paisagem das cidades. O frágil equilíbrio dos sistemas hídricos urbanos e as consequências sociais da crise climática mundial são exemplos em larga escala dos impactos que a ausência de uma consciência sobre a importância dos ecossistemas naturais tem para a qualidade de vida nas cidades. E é neste sentido que devemos olhar com atenção para o papel do Projeto Paisagístico e da Arquitetura Paisagista.
No episódio de hoje, convidamos dois profissionais com formações diferentes, mas complementares, para nos ajudarem a entender que o projeto da paisagem vai muito além da composição de jardins e pode, de fato, contribuir para um futuro urbano ambientalmente mais equilibrado e socialmente mais justo. Nossos convidados são a arquiteta e urbanista carioca Lucia Costa, doutora em Paisagismo pela University College, em Londres, e uma das fundadoras do Mestrado Profissional em Arquitetura Paisagista, no PROURB-UFRJ; e o arquiteto paisagista português Ricardo da Cruz e Sousa, mestre em Arquitetura Paisagista pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, e doutorando em Urbanismo pelo PROURB-UFRJ.
De uma forma geral, as disciplinas de Paisagismo e de Arquitetura Paisagista envolvem a concepção, elaboração e execução de intervenções na paisagem, através do projeto e do planejamento, em diferentes escalas e abordagens. A origem da profissão remete ao final do século XIX, quando, inspirado na tradição inglesa, Frederick Law Olmsted realiza nos Estados Unidos projetos de grandes parques públicos como solução para os problemas ambientais das cidades industriais. Mas, como Lúcia faz questão de frisar, o campo do projeto paisagístico sempre se mostrou bastante dinâmico, constituindo hoje um universo disciplinar diferente daquele de quando se formou. Neste sentido, novas temáticas e tecnologias vem ampliando a forma de se compreender e atuar sobre a paisagem, modificando inclusive o próprio conceito, o qual transita em distintos domínios disciplinares como arquitetura, geografia, engenharia, entre outros.
Embora sejam ambas disciplinas projetuais que tem a paisagem como objeto de estudo e intervenção, há diferenças na formação e no escopo profissional que cabe ao paisagista e ao arquiteto paisagista respectivamente. A formação em Paisagismo no Brasil está contemplada, desde os anos 30 aproximadamente, nas graduações de Arquitetura e Urbanismo, de Agronomia e em algumas Engenharias. Há um único curso específico de Paisagismo oferecido pela Escola de Belas Artes, na Universidade Federal do Rio de Janeiro desde os anos 70; além de um mestrado profissional pela mesma universidade.
As ênfases disciplinares variam de acordo com a graduação, mas, no que se refere à arquitetura, o Paisagismo teve grande influência das figuras de Roberto Burle Marx e Rosa Grena Kliass, os quais, em diferentes contextos e coerentes com seu tempo, trouxeram para a práxis do paisagismo a contribuição de interdisciplinaridades como a Botânica e a própria Arquitetura, no caso de Burle Marx; e a Geografia, Hidrologia e Climatologia, no que se refere à prática projetual de Rosa Kliass.
Já a Arquitetura Paisagista é um campo profissional não regulamentado no Brasil, não havendo uma graduação específica para este fim. Portugal é um país com tradição na disciplina e já conta com quase 80 anos de prática profissional. O curso, que é uma graduação separada da Arquitetura, tem em suas origens a influência da escola alemã Landshaft, orientada ao ordenamento territorial e às ciências agrárias; e foi incialmente implantado como uma especialização dentro da graduação em Engenharia Agrônoma.
Ao tornar-se um curso autônomo, a Arquitetura Paisagista manteve a ênfase disciplinar baseada nas ciências naturais, associando-as às técnicas e instrumentos das artes clássicas aplicadas ao projeto. Assim como o Paisagismo, | |||
01 Mar 2021 | Arquicast Especial – UIA2021RIO EXPO (Ep04): Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS) | 00:42:34 | |
“Só ficou elefante branco, não ficou nada de bom.”
(Luis Fernando Pereira)
Hoje é dia de mais um episódio especial, preparatório para a UIA2021RIO EXPO. Vamos falar sobre Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social, a ATHIS. Mais do que entrarmos nas suas questões legais, abordaremos o tema a partir das experiências de dois grupos que atuam nesse segmento, estamos falando do Coletivo Arquitetos da Favela e da empresa ATOS Colaborativos.
A lei de assistência técnica é um instrumento de planejamento e transformação legal que poderia aproximar a prática de arquitetura e urbanismo das pessoas e dos lugares onde sua ausência é mais sentida: nos bairros em territórios fragilizados. Dessa forma, auxiliaria no acesso à moradia digna e orientaria melhores práticas para que os recursos fossem utilizados de forma eficaz e precisa.
Sancionada em 2008, a lei federal 11.888 é resultado direto do trabalho de Clóvis Ilgenfritz da Silva, pioneiro na defesa da Assistência Técnica pública e gratuita para as habitações de interesse social. Seu trabalho foi fundamental para orientar o foco da discussão sobre moradia para uma população desassistida por décadas. Mas, para que a aplicação da lei seja de fato efetiva, são necessárias as regulamentações municipais, prevendo-a na dinâmica de planejamento orçamentário e urbano das cidades. Basicamente a ATHIS se apoia em três grandes iniciativas, que é o diagnóstico participativo, a importância da capacitação no canteiro de obras e as estratégias para a viabilização financeira das ações. É fundamental que esse debate se torne prioritário na esfera acadêmica, através de projetos de pesquisa e extensão, para que novos métodos sejam desenvolvidos e convertidos em uma visão atualizada dos problemas urbanos que tangem as estruturas do habitar.
A arquiteta Ana Paula Luz, fundadora e coordenadora da Atos Colaborativos, conta que iniciou seus trabalhos pela vontade de oferecer à sociedade um trabalho qualificado, mas que também pudesse ser devidamente remunerada pelo seu ofício. Para isso, elaborou oficinas com estudantes, criando mais uma fonte de recurso para as obras, além dos investimentos de apoiadores locais. Os valores arrecadados eram destinados diretamente para as reformas, que tinham um processo minucioso de escolha das famílias a serem atendidas.
Representando o Coletivo Arquitetos da Favela, participaram do episódio o arquiteto Eric Alves Gallo, também co-fundador do Urbanistas nas Ruas, e o aluno Luis Fernando Gomes Pereira, estudante de arquitetura e urbanismo na Santa Úrsula, Rio de Janeiro. Ambos nos apresentaram um olhar diferente do “olhar estrangeiro" quando o assunto é atuar nas favelas, Luis Fernando descreve seu aprendizado do ponto de vista do morador, filtrando e transformando sua breve experiência acadêmica pela sua vivência cotidiana, e nos revela a imensa satisfação em compartilhar isso com os demais alunos no ambiente de ensino.
Do outro lado, ficou evidente que para atuar em uma realidade que não é a sua, a escuta ativa se torna fundamental para a compreensão dos problemas, dos desejos e dos anseios de uma população sem acesso aos seus direitos básicos constitucionais. A construção de um olhar técnico renovado só é possível a partir da consolidação de novos processos de ensino e aprendizado em arquitetura no Brasil. As estruturas curriculares atuais, que foram sedimentadas pela cultura de um saber técnico secular, não devem ser descartadas em busca de uma nova ordem, claro, mas poderiam ser transmutadas por práticas advindas da colaboração, empatia e inovação. Eric Gallo enfatiza a necessidade de uma comunicação que alcance outros grupos, para além da “bolha” dos estudantes e profissionais já interessados em ATHIS.
Esse movimento exigirá a inserção de novos propósitos para a prática da assistência técnica, que talvez possam ser revelados pela potência econômica que é o mercado da construção que diariamente opera nessas localidades, | |||
08 Mar 2021 | Arquicast 129 – Entrevista: Nelson Kon | 01:16:20 | |
Nas palavras de Eduardo Costa e Sonia Milani, este arquiteto “se consolidou como fotógrafo de arquitetura e é, hoje, sem dúvida, um dos poucos que conseguem traduzir em imagens as palavras, desenhos e conceitos de arquitetos, em especial daqueles com quem comunga ideias”. O Arquicast desta semana, mais um da série de entrevistas, traz toda a experiência do arquiteto e fotógrafo Nelson Kon, num bate-papo de rara honestidade e acesso às vivências pessoais deste grande artista brasileiro. Arquiteto e também dedicado à fotografia, além de admirador do trabalho de Nelson, Manuel Sá nos acompanha na conversa e nos ajuda a compreender o que faz de Nelson Kon uma referência para diferentes gerações de arquitetos e fotógrafos em todo o mundo.
Formado na FAU USP em 1983, trouxe a discussão sobre a fotografia como linguagem já nos tempos de estudante. Profissional consagrado, suas fotos ajudam na construção da imagem de diversas revistas, sites especializados e perfis de grandes arquitetos, que confiam no seu apuro técnico e sensibilidade. Inclusive, livros emblemáticos da bibliografia de qualquer arquiteto brasileiro trazem nas capas das primeiras edições o olhar atencioso de Nelson, como, por exemplo, “Lições de Arquitetura”, de Herman Hertzberger e “Complexidade e Contradição em Arquitetura”, de Robert Venturi.
O ingresso na faculdade de arquitetura foi evento que aconteceu quase naturalmente para Nelson, pela influência da prática profissional de seu pai. O fotógrafo nos conta que não nutria um afeto especial pela arquitetura, sendo esse afeto construído ao longo do curso e dentro do laboratório de fotografia. O processo de revelar as fotos, ainda no modo analógico, com uma temporalidade própria, foi, em grande parte, responsável pelo seu encantamento com a fotografia e pelo grande tempo despendido na sala escura de revelação, superando em muito o tempo que como aluno dedicava às pranchetas das disciplinas de ateliê. Antes de se formar, Nelson já havia definido que iria trabalhar como fotógrafo de arquitetura.
Com uma visão crítica e consciente do papel da imagem na construção de narrativas dominantes em nosso campo, Nelson comenta sobre a evolução do ato de fotografar como um ato ideológico, opinativo, na medida em que se coloca a favor de alguma linguagem, destaca voluntariamente alguns atributos específicos de uma determinada visão do espaço e da arquitetura. Foi assim na bem-sucedida relação entre a fotografia e o Movimento Moderno, e é assim até hoje. Com uma franqueza marcante, Nelson questiona a responsabilidade dos registros arquitetônicos na consagração de obras e autores, assim como seu papel no resgate de arquitetos muitas vezes esquecidos pela historiografia oficial.
Dentre os muitos assuntos conversados, o artista compartilha com a gente sua visão sobre a profissão, seu conhecimento técnico, além de experiências pessoais, como a influência de seu trabalho como fotógrafo na apreciação e reconhecimento do legado de seu pai, o arquiteto João Kon. Fala ainda sobre as dificuldades e oportunidades em ter sido pioneiro num campo de atuação profissional que hoje se encontra consolidado, e sobre a sua reconhecida resistência às redes sociais como forma de divulgação de seu trabalho. Para saber mais, acesse nosso site e se prepare para vários minutos de muita informação e entretenimento! Até a próxima!
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Dicas do Episódio:
Filme: Visual Acoustics | THE MODERNISM OF JULIUS SHULMAN | https://juliusshulmanfilm.com/
Livro: "Looking at Architecture" Kidder Smith | Amazon | Amazon
Música: Mateus Aleluia | Spotify | Instagram
Evento: Fuckup Nights | site | Youtube
Vídeos de música: Louisiana Channel | site
Música: Spin Doctors | Pocket Full of Kryptonite | 30 anos! | Spotify
App: Divisão de contas | Splitwise
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15 Mar 2021 | Arquicast Especial – Atualizações sobre a UIA2021RIO | 00:33:08 | |
O Arquicast de hoje vai atualizar você sobre as novidades do maior evento internacional de arquitetura: o 27º Congresso Mundial de Arquitetos que acontecerá no Rio de Janeiro em julho deste ano. Programado inicialmente para ocorrer em 2020, o congresso teve de ser adiado em função da pandemia e muita coisa mudou de lá pra cá. Os desafios trazidos pelo distanciamento social e as limitações impostas pelos diferentes países forçaram a organização do evento a se reinventar. Vamos entender melhor como eles estão se preparando pra isso, e o que você precisa saber para participar, ainda que remotamente. Participa do episódio Elisabete França, coordenadora do Comitê Científico da UIA 2021 Rio.
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22 Mar 2021 | Arquicast 130 – Entrevista: Archademy | 00:51:08 | |
Para arquitetos e arquitetas que optam por ter seu próprio escritório de projeto, há a necessidade de desenvolver habilidades pouco exercitadas na graduação e pouco associadas à figura do profissional criativo e disciplinarmente focado no objeto a ser construído. O sucesso de uma decisão profissional como esta muitas vezes está mais relacionado à capacidade de encarar o escritório de arquitetura como uma empresa, traçando planos para seu crescimento, do que na genialidade com que soluciona problemas de projeto. Estamos falando exatamente daquele diferencial que ninguém te ensina na faculdade, mas que fará a diferença entre você viver bem de arquitetura, ou simplesmente pagar as contas do escritório.
A boa notícia é que alguns negócios da nossa área focaram exatamente em oferecer suporte logístico e complementação de conteúdo para ajudar os escritórios a prosperarem e para fazer do arquiteto autônomo um profissional mais completo e com independência financeira. É o caso da Archademy, aceleradora de negócios na área de arquitetura e design e que tem como sócios, curiosamente, o engenheiro Raphael Tristão e a advogada Anna Rafela. E são eles que conversam hoje com a gente!
Talvez por não serem da área de arquitetura tenham conseguido olhar para o mercado com um pragmatismo que costuma faltar aos recém ingressados no campo. Perceberam a possibilidade de investir em uma potencial demanda de escritórios de pequeno porte, voltados à projetos de interiores e reformas, com enorme capacidade de movimentação econômica na indústria da construção civil, mas prejudicados por uma desarticulação da própria cadeia produtiva, e também pela ausência de conhecimento voltado ao gerenciamento empresarial. E é neste sentido que a dupla estruturou a Archademy, gerando troca de experiências e criando oportunidades entre os diferentes atores deste complexo universo profissional.
Os sócios descrevem a estruturação do negócio a partir de três dimensões: estática, dinâmica e digital. A estática diz respeito à oferta do suporte físico de ambientes de trabalho e troca de experiências, e onde se consolida a logística de uma comunidade de arquitetos com acesso a serviços e oportunidades exclusivos. A dimensão dinâmica ganha forma através da promoção de eventos em diferentes cidades, em todo o país, e que já conta com um calendário anual de robusta programação e conteúdo. Naturalmente, a pandemia atual forçou modificações neste formato. E o terceiro pilar, o digital, se organiza através da plataforma online de educação, a qual traz cursos e palestras com nomes de referência na área.
Ficou curioso? Escute esse bate-papo inspirador e tenha uma nova visão sobre escritórios de arquitetura. Até a próxima!
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29 Mar 2021 | Arquicast Especial – UIA2021RIO EXPO (Ep05): BIM e o Mercado de Trabalho | 00:55:51 | |
Neste episódio especial, voltamos a falar sobre a tecnologia que vem mudando a rotina dos escritórios e a maneira de se pensar o projeto e a obra. Estamos falando do BIM, sigla usada para Building Information Model.
Mais do que um software, o BIM representa todo um conceito sobre como representar, modelar e gerenciar uma construção, levando em consideração diferentes dimensões e parâmetros de qualidade na concepção de um edifício e de seu posterior uso, como, por exemplo, o projeto arquitetônico, orçamento da obra, gerenciamento de processos, desempenho térmico e impacto ambiental dos materiais e de sua aplicação. O pensamento projetual através do BIM precisa ser implantado desde as ideias iniciais e é melhor empregado quando influencia toda a cadeia de tomadas de decisão que configura o projeto, incluindo análises pós-ocupação.
Mas, apesar da comprovada eficiência do sistema, sua implantação e adoção pelos escritórios de arquitetura, assim como por empresas que prestam serviços complementares ao desenvolvimento de projetos na construção civil, tem se mostrado gradual e, muitas vezes, sofre com certa resistência à mudanças nos hábitos de trabalho das equipes. Neste sentido, convidamos o arquiteto Luiz Augusto Contier, da Contier Arquitetura, para dividir sua experiência pioneira na implantação do BIM e no uso do Revit no Brasil. Além dele, nosso outro convidado, Ricardo Bianca, arquiteto e especialista Técnico da Autodesk para Arquitetura, Engenharia e Construção, nos ajuda a vislumbrar oportunidades e desafios de um mercado que tem no dinamismo tecnológico e na inovação duas de suas principais características.
Dentre os assuntos conversados, Contier traz em sua fala o ponto de vista de quem optou por uma mudança radical na sistemática de trabalho, definindo o BIM como processo central do desenvolvimento dos projetos de seu escritório há mais de uma década. Naquela época, não havia no mercado profissionais especialistas em BIM, como parece ser tendência atualmente. Pelo contrário, sua equipe precisou aprender na prática mesmo, o que fez do escritório uma referência no uso do BIM e dos diferenciais que ele permite imprimir em projetos complexos, quando é bem aproveitado.
Outra questão fundamental, a adoção da tecnologia implica um investimento por parte dos escritórios, nas licenças de uso de softwares compatíveis necessários à execução plena do sistema. O que não é novidade para os escritórios em geral, no uso de tecnologias mais tradicionais de desenho arquitetônico. Ainda assim, programas piratas não são incomuns e acabam afetando a forma como as empresas oferecem seus serviços aos escritórios e sua capacidade de inovação e melhoria dos produtos.
Muita informação, dicas de uso e tendências voltadas ao universo projetual do BIM estão a um clique de distância! Bom proveito e até a próxima!
Comece desde já a participar desta grande comemoração da arquitetura e do design internacionais acessando e interagindo no site www.uia2020rioexpo.com e também no perfil do instagram do evento (@uia2021rioexpo).
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05 Apr 2021 | Arquicast 131 – Pritzker 2021: Lacaton & Vassal | 01:30:49 | |
Chegou o momento de falar sobre a principal premiação da área de arquitetura, o Prêmio Pritzker 2021. Como é de costume, dedicamos um episódio inteiro para conversar, conhecer e refletir sobre os ganhadores, sobre o conjunto de sua obra e sobre a justificativa do júri. E abordamos a conversa através de uma visão sempre ampliada, ponderando também sobre a história da premiação e as possíveis agendas por trás de um conjunto, nem sempre coeso, dos antigos laureados. Quem nos ajuda nessa enriquecedora empreitada são os arquitetos Bruno Sarmento e Caio Dias.
Os premiados de 2021 são os franceses Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal, da Lacaton e Vassal. Josep Maria Montaner, crítico de arquitetura, descreve o trabalho da dupla como uma continuidade do racionalismo e princípios modernistas, já que permanecem fiéis aos aspectos sociais da modernidade pela sua posição ética e radical. Nas palavras do júri do Prêmio Pritzker, os arquitetos refletem o espírito democrático da arquitetura.
A premissa sociológica talvez seja a característica mais marcante do escritório, pois é dela que partem decisões iniciais definidoras de seus projetos. A observação profunda das dinâmicas existentes no contexto de cada projeto, contemplando as diversas dimensões de interação possíveis, como as culturais, econômicas, espaciais e materiais, é que permite aos arquitetos tomar partido pela não demolição, pela não construção, pelo reaproveitamento e pela abordagem cirúrgica no escopo de suas intervenções.
E justamente esse diferencial de sua obra, que faz da finalidade social e ambiental parâmetro fundamental e primeiro, em detrimento, inclusive, de intenções plásticas e estéticas, que se destoa dos demais laureados pela premiação, em anos anteriores.
Apesar do prêmio não ter por intenção a indicação de tendências, é razoável imaginarmos que há alguma mensagem por trás de seus resultados. Ainda mais ao pensarmos que, historicamente, o Pritzker é associado a valorização da arquitetura enquanto uma arte e que, por esse motivo, precisava de uma premiação que trouxesse a mesma visibilidade encontrada nos eventos de celebração dos demais segmentos artísticos, como as artes plásticas.
Uma arquitetura que, como nos relata Bruno Sarmento, é mais difícil de ser consumida enquanto imagem, precisa ser explorada sem superficialismos e sem preconceitos. E é um pouco esse exercício que fazemos nesse papo informal, mas bastante elucidativo.
Para saber mais a composição do júri, os bastidores da escolha e dos procedimentos de decisão, além de conhecer mais sobre essa abordagem tão peculiar, nos acompanhe neste episódio! Bom proveito e até a próxima!
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12 Apr 2021 | Arquicast Especial – Resultado da 1º Etapa do Concurso Senac BH | 00:41:43 | |
Estamos aqui para mais um episódio da série ARQUICAST ESPECIAL. Desta vez, para apresentarmos os resultados da primeira etapa do concurso de Arquitetura SENAC BH.
Com apoio e coordenação do Instituto dos Arquitetos do Brasil, o objetivo das propostas avaliadas era propor a requalificação do complexo de edifícios SENAC BH, estabelecendo um diálogo entre as unidades existentes e o entorno do Hipercentro de Belo Horizonte. Este episódio, diferente dos demais que fizemos, apresentará uma visão do processo em andamento, e será bem interessante para que vocês conheçam de forma mais abrangente como se dá a condução de um concurso de arquitetura e urbanismo no Brasil.
Participam hoje desse especial o júri e a coordenação do concurso, para que possamos conhecer a aplicação dos critérios de seleção, a opinião dos membros do júri, e também para que se possa apontar quais são as expectativas para a Etapa 2, fase final do concurso que se encerrará em maio desse ano.
Participam:
Cláudia Pires, representando a coordenação do concurso, e os jurados:
Francisco Spadoni;
Maria Edwirges Sobreira Leal;
Ivanil José da Costa Júnior;
Maurici Pizzi.
Escutem, divulguem para os colegas e claro, acompanhem o desenvolvimento do concurso! Até a próxima!
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Referências e Comentados no Episódio:
Concurso de Arquitetura Senac BH | SITE OFICIAL
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19 Apr 2021 | Arquicast 132 – Entrevista: Francisco Spadoni | 01:18:03 | |
A série Arquicast Entrevista tem por intenção tanto apresentar o trabalho de escritórios de arquitetura de diferentes partes do Brasil, quanto trazer à tona um olhar novo sobre arquitetos já consagrados, através de conversas leves sobre o cotidiano profissional, bastidores e curiosidades dos seus projetos e experiências pessoais que, de alguma maneira, ajudaram a formar suas visões de mundo. Temos tido a sorte e o privilégio de conversar com pessoas tão interessantes e apaixonadas pelo que fazem, ao ponto destes episódios estarem se caracterizando por uma maior duração, pela informalidade e pela promessa de novos encontros.
Foi nesse clima intimista e estimulante que conversamos com Francisco Spadoni, da Spadoni & Associados Arquitetura. Fundado em 1996, quando nosso convidado voltou de Paris após trabalhar com Kenzo Tange, o escritório é liderado por Spadoni e Tiago de Oliveira Andrade, e participa regularmente de concursos de arquitetura no Brasil e no exterior, obtendo êxito em diversos deles. Seus projetos caracterizam-se pelo enfrentamento dos problemas e complexidades em diversas escalas, sempre com um ponto de vista reflexivo e crítico.
Além da atuação na prática projetual, Spadoni traz a experiência como docente e pesquisador, atuando no Departamento de Projeto da FAU/USP e coordenando a Pós-Graduação em Projeto de Arquitetura. Também professor da Mackenzie em São Paulo, participou em diversas instituições nacionais e internacionais como conferencista ou professor convidado, como a IUAV Veneza, QAM Montreal, Politécnico de Milão, ESAP Portugal, FADU Buenos Aires e UDLAR Montevidéu.
Seu trabalho já foi reconhecido em diversos prêmios de arquitetura, como o Parque da Vitória, Brasil, em 2007; Porto Olímpico, Rio de Janeiro, em 2011; e Centro Cultural SESC em 2014, mesmo ano de seu projeto para o Centro Paula Souza recebe o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como Obra Referência do Ano. A Revista Monolito lançou uma edição especial, número #22, dedicada ao seu trabalho em 2014.
Spadoni compartilha com a gente sua experiência como estudante, o trabalho conjunto com seus colegas de graduação – todos nomes de referência na crítica e na produção arquitetônica nacional -, seus métodos de trabalho, sua dedicação aos concursos e muitas outras experiências pessoais, que, em conjunto, sensibilizam seu fazer arquitetônico e deixam claro sua paixão pela profissão, exercida nas diferentes frentes de trabalho ao alcance do arquiteto.
Conversa imperdível!
Bom proveito e até a próxima!
Dicas e comentados no episódio:
Concurso Habitação de Interesse Sustentável
Semana Aberta UIA2021
Livro: O deserto dos tártaros (Dino Buzzati) | Amazon
Filmes: Faroestes Irmãos Coen: matéria hypeness
Livro: Capitalismo e Colapso ambiental (Luiz Marques) | Editora Unicamp
Livro: 24/7 Caitalismo tardio e os fins do sonho (Jonathan Crary) | Ubu Editora | Amazon
Livro: Pós-História: Vinte Instantâneos e um Modo de Usar (Vilém Flusser) | Amazon
Série: The Walking Dead | Netflix
Livro: O mundo codificado (Vilém Flusser) | Estante Virtual
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26 Apr 2021 | Arquicast Especial – UIA2021RIO EXPO (Ep06): O Mercado de Luxo em Arquitetura | 00:40:12 | |
A arquitetura é uma área de atuação profissional conhecida pela pluralidade de conhecimentos que agrega e pela abrangência de seu campo de ação. Há oportunidades de trabalho em diferentes frentes - como a docência, o urbanismo e a construção civil – e há clientes potenciais de todos os extratos sociais e econômicos que compõe a nossa multifacetada sociedade. Pensando nisso, o Arquicast traz para a pauta um nicho profissional bastante peculiar: o mercado de projetos de alto padrão, também conhecido como mercado de luxo na arquitetura.
Muitas são as variáveis que ajudam a caracterizar um projeto como de alto padrão e a própria palavra “luxo” traz consigo uma gama de interpretações possíveis. Luxo para alguns pode não ser luxo para outros. E o que antes foi considerado luxuoso, hoje pode não ter o mesmo valor. A cultura muda e ajuda a definir novos padrões. Mas o que nossa cultura atual entende como mercado de luxo na arquitetura? Quais oportunidades esse mercado pode abrir para o arquiteto?
Convidamos dois profissionais que transitam neste universo exclusivo para compartilhar suas experiências, em suas respectivas áreas. A arquiteta Renata Zappellini, é uma catarinense com pós-graduações em institutos europeus renomados, com foco em design de interiores, arte e cenografia. Renata hoje trabalha com Arquitetura de Interiores, desenvolve um pioneiro negócio online e é uma referência quando o assunto envolve tendências para o mercado de Arquitetura! Junto com Renata, convidamos o comunicador e especialista em marketing pessoal, Adriano Tadeu Barbosa. Formado em Administração de Empresas, Adriano se especializou nos movimentos do mercado de luxo, com especial interesse por arquitetura e pelo setor imobiliário, conhecimento que compartilha em diferentes plataformas e em cursos e palestras por todo o Brasil.
Em termos gerais, em diferentes dicionários a palavra “luxo” remete a algo cuja qualidade de execução excede o mínimo necessário para sua utilidade. E, muitas vezes, tornar algo luxuoso pode ser visto como um ato de ostentação e futilidade. Mas nem sempre. Valores como conforto, bem-estar, exclusividade e excelência também estão associados ao conceito e podem, para a arquitetura, significar um incremento de qualidade ao desenvolvimento de projeto. Buscar a excelência na execução de projetos é também uma forma de valorização de um conjunto de profissionais altamente especializados no que fazem.
Neste sentido, o mercado de luxo é também um mercado focado na qualidade da experiência do usuário, na valorização do artesanal e no comprometimento com processos de produção conscientes e transparentes. Uma forma de fazer que pode significar um diferencial para o profissional e para seu cliente.
Há muito mais informação esperando por você. Escute o episódio para conhecer mais sobre as oportunidades de atuação no mercado de alto padrão de arquitetura, e o que este perfil de trabalho pode nos ensinar sobre relacionamentos interpessoais e excelência técnica! Até a próxima!
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